Capítulo 6-Guerra interna

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Dina

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Dina

Era real. Aslam estava morto, e não havia nada que ninguém podia fazer.

Eu, Susana e Lúcia nos abraçamos, foi um longo abraço. Um abraço dolorido, Lu estava aos prantos, e Susana estava se segurando para não fazer o mesmo.

Eu estava em choque, por isso não chorei. É muito difícil para mim aceitar que alguém se foi, a ficha demora muito para cair, e muita das vezes ela não cai.

Um exemplo disso? Meus pais.

— Eu preciso ir... — Falei.

Sai correndo do local. Eu não aguentaria um minuto a mais naquele lugar. Se Aslam havia morrido, a guerra estava prestes a começar. E provavelmente todos nós iriamos morrer.

Fui até o acampamento as pressas, o sol ainda não havia nascido. Cheguei no local de treinamento e peguei uma espada para treinar. Eu tinha que estar pronta para lutar, se não eu iria ser o alvo mais fácil de todos nós.

Comecei a treinar alguns movimentos que vi Pedro fazer. Nada estava dando certo, eu não conseguia nem pegar a espada direito. Aquilo definitivamente não era para mim.

Pequei o arco e flecha e atirei. Quase que eu acerto Philip, o cavalo.

— Assim você vai acabar matando seus companheiros, Dina. — Disse ele.

— Me desculpe, eu não sei o que fazer. Não sou boa em nenhuma destas coisas, eu não fui feita para lutar, em um dia eu não consigo aprender tudo isso... Eu... Eu não sei mais o que fazer. — As lágrimas começaram a cair dos meus olhos. Me sentei no chão e entrelacei as mãos em meu cabelo.

— Não fale isso... Você com certeza deve ter algum dom de luta... Já tentou espada?

— Já.

— Arco e flecha definitivamente não é... Hm... Luta física?

— Eu não consigo nem dar uma estrelinha...

— Pois bem... Cavalgar?

— Isso pode ser útil? — Tentei limpar minhas lágrimas e me recompor.

— Ora, mas é claro! Isso é uma ótima forma de defesa!

Aquela ideia me parecia boba de mais, porém eu não tinha nada a perder.

— Bem... Eu posso tentar... Você iria comigo para a guerra?

— Infelizmente não, estarei com Edmundo. Aslam me pediu para cuidar dele... Mas eu acho que sei de um cavalo que pode lhe ajudar... Venha.

Segui-o até um estábulo onde haviam vários cavalos lindos, um mais bonito que o outro.

— Olá Cardoso! Sabe se algum de nós está sem um dono para a guerra?

— Hm... Apenas Anid...

— Oh, sinto muito Dina... Anid é uma égua muito nova, não está pronta para a guerra... Além de ser extremamente sensível a qualquer tipo de armadura para cavalos.

Guerra de Ilusões- Pedro PevensieOnde histórias criam vida. Descubra agora