Capítulo 7-Pinturas rupestres

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Depois de longos minutos caminhando por uma floresta gigante — eu cheguei a pensar que estávamos andando em círculos, porque parecia não acabar nunca — nos deparamos com uma vista de encher os olhos

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Depois de longos minutos caminhando por uma floresta gigante — eu cheguei a pensar que estávamos andando em círculos, porque parecia não acabar nunca — nos deparamos com uma vista de encher os olhos.

Avistamos uma montanha que parecia ter uma entrada. Algumas criaturas acenaram para nós de longe e fizeram um sinal para que os acompanhassem.

— Olha, Dina, isso é loucura demais. — Saulo parou ao meu lado, olhando para um ponto fixo da montanha.

Não pude deixar de soltar uma risada, eu o entendia, mas para mim foi mais fácil de aceitar tudo isso. Afinal, eu sempre tive uma imaginação fértil.

— Acredite, eu sei. — falei dando um tapinha em seus ombros. Porém logo pude sentir outra mão nos meus.

— Vamos, Dina? — Pedro apareceu do meu lado de uma forma meio assustadora. — Dessa vez eu nao vou deixar que seja excluída, você vai entrar conosco, ao meu lado.

Eu tinha certeza que minhas bochechas pareciam um tomate naquele momento, mas eu não me importava, eu gostava daquilo.

— Obrigada. — eu falei e ele assentiu, corando mais ainda.

E ele não tirou os braços de mim por um segundo, nós atravessamos o campo e logo tudo parecia mais claro. Aquela montanha era o esconderijo das criaturas, como uma central da nova Nárnia.

Quando estávamos entrando, inúmeros centauros levantaram a espada para nós, fazendo uma especie de túnel para passarmos. Entrelacei meus dedos com os de Pedro, que ainda estavam no meu ombro esquerdo. Pude sentir algumas borboletas em meu estômago.

Porém, ao contrario do campo verde encantador, dentro da montanha a sensação era outra. O lugar era escuro, preenchido por velas que deixavam o ambiente mais quente, os centauros trabalhavam na confecção de armaduras.

— Pode não ser o que esperavam, mas é defensável. — Caspian leu a mente de todos nós.

Pedro

Mais á frente na montanha, as paredes eram cobertas por  desenhos. Pareciam... nós.

— Que lugar é esse? — Lucia falou abaixando suas sobrancelhas.

— Vocês não sabem? — Caspian nos julgou com o seu olhar. Aquele cara me irritava.

Ele pegou uma tocha e passou a liderar o caminho, não pude evitar de revirar os olhos. Olhei para Dina. Nós estávamos há muito tempo de mãos dadas, meu braço no ombro dela e sua mão na minha, nenhum de nós nem sequer questionou alguma coisa. Nós simplesmente estávamos juntos, e aquilo parecia certo, confortável.

Mas, ao contrario de alguns segundos atrás, ela olhava para as paredes como se estivesse procurando algo, seus olhos passavam rapidamente pelo lugar.

— Dina, está tudo bem? — falei, diminuindo nosso ritmo e deixando os outros passarem na nossa frente.

— Ah? Ah! Tudo sim. — ela saiu de seu grande e voltou a me olhar.

Assenti com a cabeça e voltamos a andar, a nossa pausa nos fez ficar por último, o caminho agora não estava tão claro como antes.

— Pedro — ela suspirou. — Como vocês voltaram para cá?

Olhei em seus olhos escuros e percebi que não havíamos falado sobre nada disso, tudo era uma incógnita.

— Foi tudo muito rápido. Nós estávamos na estação de trem, voltando para casa. Mas o trem começou a correr rápido de mais, e depois... Bem, simplesmente aconteceu. A praia surgiu.

Ela tentava decifrar minhas expressões.

— Entendi. No meu caso foi diferente. Eu atendi a campainha para Saulo, ele é o antigo morador da minha casa nova. — agora estava explicado de onde ele veio, e então me veio à cabeça de quando ela falou que nao conhecia Saulo, era verdade. — Ele ia pegar as últimas caixas de mudança no quarto dele, que agora é o meu. Mas, quando nós entramos lá, tudo começou a voar e girar, e ai eu cheguei aqui. — ela eu uma pausa. — Mas, antes disso, eu havia encontrado algo muito estranho no quarto, um compartimento secreto com algumas folhas rasgadas, elas pareciam terem sido retiradas de algum livro. E nelas haviam desenhos exatamente como esses das paredes, mas eles contavam a minha historia, Pedro. Eles falavam sobre mim.

Eu escutava suas palavras atentamente, mas aquilo nao fazia sentido, não a parte dos desenhos.

— Mas como eles pararam lá? — perguntei.

— É isso! Eu não sei! Não faço a menor ideia de como aquilo estava ali e o porquê daquela história ser minha. Bom, pelo menos era idêntica.

— Mas... até qual parte a historia ia?

Seu corpo pareceu congelar por um segundo, ela tirou sua mão da minha e se pôs em minha frente. Eu comecei a criar hipóteses do que poderia ser, o que a deixaria tão assustada assim?

— Até... A minha coroação.

➺ oi, gente!! (fingindo naturalidade como se eu não tivesse sumido por meses, desculpa)

➺ espero que tenham gostado do capítulo, eu tô tentando focar mais nos sentimentos deles, eu acho que tá mais que na hora né

➺ que o dia de vocês seja incrível!!

- doca

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⏰ Última atualização: Jul 22, 2022 ⏰

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Guerra de Ilusões- Pedro PevensieOnde histórias criam vida. Descubra agora