Capítulo 3-Princesinha

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Pedro

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Pedro

Estávamos andando pelas colinas tentando entender onde estávamos. Haviam várias construções que pareciam ter sido destruídas há um bom tempo, as paredes estavam sendo dominadas pelas plantas.

Dina estava conversando alguma coisa com Tarso. Estava desconfiado de que eles já se conheciam, mas preferia me forçar a acreditar que ela tinha dito a verdade. Durante esse ano fora de Nárnia, eu pensava bastante em como era a nossa vida aqui, e mais ainda se Dina tivesse ficado lá. Edmundo me chamava de obcecado. Eu escrevia diversas cartas na esperança de que ela recebesse um dia, mas sempre jogava fora por achar meio ridículo.

Ela tinha mudado assim como todos nós aqui, estava mais alta. O cabelo ainda continuava gigante, e algumas coisas em seu rosto estavam meio diferentes, como se ela fosse uma . . . esquece, é estranho só de pensar. Resumindo: Ela conseguiu ficar ainda mais bonita.


— Quem será que vivia aqui? — Lúcia perguntou olhando para o mar.

— Éramos nós. — Susana olhava para um objeto em sua mão.

— Ei! É meu! Do jogo de xadrez . . . — Edmundo se aproximou chamando a nossa atenção pelo seu tom de voz.

— Que jogo de xadrez? — perguntei.

— Em Finchley eu nunca tive um xadrez de ouro puro, mas isso é meu! — ele pegou da mão dela.

— Espera, vocês moram em Finchley? — Dina pareceu feliz. — Eu também!

Todos nós nos entreolhamos, estranhando a situação.

— Então você mora na mesma cidade que a gente! Que máximo! — Lúcia pulou.

— Que coincidência. — falei e ela riu.

DINA ESTAVA NA MESMA CIDADE QUE A GENTE. Como eu fui um bobo, devia ter procurado por ela, devia ter batido na porta da vizinhança. Será que ela foi para a minha escola e eu não vi? Será que Saulo também mora lá e estuda comigo? Estranho, não me lembro de nenhum ruivo na escola.

Depois de três segundos em silêncio, Lu falou:

— Não acredito . . . — ela nos puxou para o centro de um chão rachado. — Estão vendo? Olhem só, imaginem muros, e colunas, alí. E um telhado de vidro.

Dina, que estava virada de frente para nós, deu um sorriso de orelha a orelha.

— Cair Paravel!

— Quem? — Saulo a interrompeu.

— Cair Paravel! O nosso reino! Ah, você não vai entender . . . Imagine um trono atrás de cada um deles, e uma coroa em suas cabeças.

— Está me dizendo que eles são . . . reis? — ele não pareceu acreditar.

— São! Filhos de Adão e Eva.

Guerra de Ilusões- Pedro PevensieOnde histórias criam vida. Descubra agora