★ Capítulo 10 ★

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– Desculpe senhora, poderia falar com a Sônia?

– Bonnie? Ah, ela já está dormindo querida.

– Entendo.

Respondi desanimada.

– É algo que eu possa ajudar?

– Hum… talvez, poderia procurar um contato de um amigo e mandar para mim?

– Como ele se chama?

– Thomas, T-h-o-m-a-s.

Depois de dois minutos procurando ela disse:

– Achei um contato aqui "T namorado da Bonnie".

Eu ri e a mãe dela também.

– Minha filha virou cupido pelo que vejo.

– Pois é.

Ela me passou o número e agradeci. Logo em seguida liguei para Thomas.

– Alô, quem é?

– Bonnie.

– Boa noite, Bonnie. Já está sentindo minha falta?

Perguntou brincalhão.

– Acho que você me deve explicações.

– Sobre?

Se ele não queria falar, eu é que não abriria o jogo tão facilmente assim.

– Por que me deu uma máscara para depois me beijar?

– Acho que você sabe porquê.

– Pare de enrolar.

– Você precisa dormir e eu também.

Olhei para o relógio, mal eram 08:30 da noite.

– Não brinca.

Ironizei e ele riu.

– Estou falando sério, te vejo amanhã no super mercado.

– Thomas. Thomas? desligou? Ele vai ter que me explicar tudo isso direitinho.

Deitei em minha cama e pensei. Não sabia se consideraria aquilo bom ou ruim. Se ele sabe e me deu a máscara e me beijo… ahh… não é errado criar expectativas não é?! Se ele realmente sabe, significa que não tem medo de mim e se não fez alarde, talvez verdadeiramente goste de… mim. Mas e eu? Gosto dele? Até que ponto? Foi tão bom, me deliciei com a cena do beijo novamente, e não por ter sido um beijo, mas pela a atitude, a forma como respeitou meu espaço e meu tempo, tão… gentil. Abri os olhos com o pensamento que veio em seguida: Um teste? Sou um teste para ele? Será… ah chega Bonnie! Pare de pensar e durma. Dormi com um enorme peso sobre o corpo, mas dormi. Dada a hora de ir às compras, Thomas estava lá, no portão me oferecendo o capacete, aceitei sem tirar os olhos dele, subi na moto tendo dito apenas um "bom dia" em resposta a ele. No supermercado peguei um carrinho e andamos por diversas prateleiras, peguei primeiro objetos e produtos domésticos, para passar em seguida por produtos de hijiene pessoal.

– Estou esperando.

Eu disse, em meio ao silêncio. Ele que estava com sabonetes nas suas mãos ergueu os olhos para mim e subiu as sombrancelhas.

– Mongolóide.

Xinguei, baixinho.

– Ouvi isso.

– Tô nem aí.

Respondi e saí batendo os pés, já que havia pegado o que queria por ali, separei tudo numa cesta e fui em busca de café, arroz, açúcar e tudo mais. Ele me alcançou e riu, esperou que algumas pessoas se afastassem para se aproximar e dizer:

De Encontro Ao Passado Por Um Futuro Melhor.Onde histórias criam vida. Descubra agora