Jogo minha bolsa em um canto, começo a correr e digo em tom provocativo:
— Se eu conseguir pegar a galinha é porque realmente você tem medo!
Lucien começa a correr, ele é mais rápido, desgraçado.
A galinha correu para o fim da rua.
Estamos correndo para a mesma direção.
Já estou sem ar, que ódio!
Lucien para de correr e diz sem cansaço em sua voz:
—Ela entrou na floresta.
— Então vamos pega-la— digo ofegante e me aproximando.
— É só uma galinha, não vale a pena perder tempo.
— Você ganhou ela de presente, claro que vale a pena.
Lucien me encara, cola a mão na cintura, se apoia em um dos pés e me diz:
—Tudo bem, mas acho melhor você ficar e se sentar com a velhinha.
— Ficar?
—Sim, você não aguenta correr igualmente a senhora que me deu a galinha, para evitar mais problemas, fique lá com ela.
Como ele ousa?
— Eu vou, se quiser fique, não estou cansada— respiro e inspiro— só respirando mais....
Lucien faz um gesto de silêncio e começa a andar cautelosamente.
Me viro com cuidado e a galinha está de costas, ciscando folhas perto de uma enorme área lamacenta ao lado da rua.
Começo a andar perto de Lucien, se ele não pegar, eu pego.
Ele se aproxima, calmo e como uma raposa atrás da presa.
A lama parece mole, mas estou com cuidado.
Lucien rapidamente coloca as mãos na galinha, que tenta se soltar novamente com bicadas mas desta vez ele está atento.
Lucien diz:
— Vou quebrar logo o pescoço dela para que não tente mais fugir.— Levando a mão ao pescoço da galinha.
Imediatamente grito:
— Não!— Tento correr e acho que pisei em algum buraco que me faz cair deitada sobre a lama.... Não acredito!.... agora ele tem motivos para zombar!
Lucien me olha e cai na gargalhada, um sorriso diferente, lindo e estranho, com dentes brancos como a neve do inverno.
—Pare de rir— digo irritada.
— Não— diz entre risos— espere, vou deixar a galinha na casa da senhora e volto para ajudá-la.
E simplesmente sai sorridente com a galinha entre os braços.
Por que ele sempre faz isso?
Preciso me levantar, não vou esperar por ninguém!
Me sento, empurro o chão com as mãos e falho na tentativa de me levantar.
Agora estou aqui, suja de lama, passando vergonha e ainda mais! esperando um feérico burro para me ajudar...
Paciência.
— Está gostando?— diz Lucien encarando o meu estado com um sorriso largo.
— Sim, claro, amo ficar sobre a lama— Bato com as mãos na lama— quer experimentar?
— Não, aproveite.
— Me tire logo daqui!
— Só se pedir por favor.— diz sério.
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Corte de Imaginação e Luz
FanfictionAisha, leitora que ama Acotar e principalmente Lucien, o personagem que conquistou seu coração, recebe uma visita inesperada que lhe faz uma oferta irrecusável, conhecer Lucien e o universo literário que ela é apaixonada, a proposta contém um desafi...