Capítulo 26

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Ela gostou do caderno... depois de várias brigas por causa do nome ela não o larga mais...

Depois desse dia não consigo me lembrar o que fazia antes sem ser observar Lin sorrindo pelos cantos desenhando tudo o que pode para "deixar as coisas da vida dela marcadas".

Não acredito que ela teve a audácia de pedir para a curandeira — na nossa segunda visita— para desenhar as poltronas e várias ervas distintas.

Ela amaria conhecer o local para os artistas em Velaris... é o lugar perfeito para ela, Feyre teria uma outra amiga, ela e Feyre são uma das pessoas mais importantes da minha vida, não faço ideia de como isso aconteceu mas são e incrivelmente as duas de linhagem humana, as humanas estão roubando o meu carinho...

Mas claro, Feyre não tenho palavras para defini-la.

Lin também não, mas sem tem algo que percebo muito é que ela é incrível, aleatória e estressadinha...

Edurne interrompe meus pensamentos românticos e patéticos dizendo:

— Lucien, chegou uma carta direcionada ao grão-feérico .— me entrega um envelope amarelo...

A carta vem do endereço da casa de Lin.

Espero que ela termine logo o banho, não imagino o quanto ela vai ficar feliz.

A dona da pensão coloca sobre a mesa de madeira batatas assadas, coxas de frango assadas, verduras, molho picante e grãos de arroz cozidos extremamente soltos, toda a comida exala um cheiro extremamente gostoso capaz de fazer qualquer ser que já esteja satisfeito sentir fome apenas para experimentar o tempero.

Hélê e Lin estão vindo e rindo, hoje Lin está deslumbrante, não linda, não bonita, deslumbrante, uma trança lateral nos cabelos negros e um vestido rose esvoaçante , simplesmente deslumbrante...

Senta-se em minha frente e sorri dizendo:

— Boa noite rapazes— seu cheiro é bem mais gostoso que o de toda a comida, passaria horas sentindo ele, o frescor doce e calmo que não consigo identificar, os lábios mais rosados que o normal, não que eu tenha observado os lábios dela... amigos sabem a cor do lábios das amigas..

— Lucien?— pergunta Lin, o que ela quer saber?

— Sim?

— Boa noite? Está perdido em pensamentos? Você está bem?

— Melhor impossível, estou com fome...

— Eu estou faminta! e dessa vez você se controle e não tente roubar minha comida, ok?

— Estou às suas ordens, não vou tocar em nada, morta de fome— ela me mostra a língua, amo isso.

— Vocês dois ainda vão se matar por comida e eu não quero estar por perto quando isso acontecer— diz Hélê colocando suas lindas tranças para trás e atacando a comida.. todos fazem o mesmo.

Depois da comida e das conversas e histórias sem sentido de Edurne digo:

— Chegou algo para você Lin— tiro a carta do bolso e entrego.

— É da minha casa..— diz surpresa— vocês se importam se eu sair e levar Lucien comigo.

O casal faz sinal com a cabeça e saímos os dois.

Em frente a pensão olhando a chuva forte na noite escura Lin diz com lágrimas nos olhos:

— Eu estou nervosa, não parece real, desde a guerra não tive mais noticias da minha casa— ela olha para o envelope, respira fundo— Vou ler em voz alta: "Caro grão-feérico, não sabíamos que estávamos lhe incomodando, a guerra deixou todos loucos, entendemos que a proprietária quer a casa de volta e nao precisa recorrer aos Grãos-senhores, nos de 8 dias e vamos esvaziar a casa para que — Lin começa a chorar mais e respirar fundo— a dona retorne a sua casa— completa Lin em choros.

Corte de Imaginação e LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora