Capítulo 36

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"Primeiramente deixo aqui as minhas desculpas, não sou boa com descrição de luta, prometo que dei o meu melhor..relevem...é a minha primeira história"



Os lençóis estavam gelados, absorveram o frio da noite e o dos meus ossos.

Preciso ter calma, não posso me desesperar.

Só está escuro.

Apenas escuridão, o ambiente é o mesmo, está tudo bem.

Eu não sou mais uma criança assustada, sou?

Não, claro que não.

Tateio pelo chão em busca da espada... preciso dela agora, assim vou me sentir segura até o amanhecer.

O metal gélido da lâmina toca meus dedos e unhas trêmulos.

Pronto não estou sozinha, seguro o cabo com força.

Cada gota arrepia a minha pele, gotas bem pesadas, uma tempestade enorme...

o céu parece estar chorando, está triste e tenebroso, até mesmo o ar parece pesado.

jamais presenciei uma tempestade como esta.

Meu sangue congelou quando um frio arrepiante e penetrante passou.

E fruto da minha imaginação.. é fruto da minha imaginação

Forcei o rosto até ficar inexpressivo e meu corpo se tornou rocha.

Até mesmo os bosques cheirosos da primavera pareceram se encolher, murchar e congelar.

E não é o efeito da chuva...

Uma coisa fria sussurrou, circundando. Eu não conseguia ver nada por causa da tempestade e da noite escura sem estrelas e lua, mas conseguia sentir. E, bem no fundo da mente, uma voz antiga, podre e oca sussurrou:

— Ah sim... consigo sentir na sua pele o cheiro de meus ancestrais...o cheiro dos que me formaram....

Fico de pé com a espada na mão...Viro para um lado e outro em busca da voz assustadora... ela continua friamente:

— ah sim... esse é meu propósito... como os meus ancestrais...devo dilacerar você..lentamente, arrancarei sua pele com minhas garras enquanto seus gritos me enviam uma melodia...

Meu ar faltou...algo quente e molhado desce pela calça ... .minha urina.

Vou ser morta por uma fera como meus familiares.

Preciso correr... mas não estou vendo nada... só vejo a escuridão...

Uma rocha grande... me lembro que tinha uma aqui.. se eu me encostar nela e ficar na defensiva... talvez tenha sorte... a sorte que nunca tive em toda a minha vida inútil.

Meus pés estão mais pesados...lama..água..urina...

O frio da besta ainda está aqui...vou ignorá-la.

Arrasto os pés tocando pedra e rodando caso algo me ataque...estava aqui a rocha enorme... estava..

A espada toca algo duro...achei

Corro e com força me jogo na pedra...acho que machuquei o meu nariz...

Pelas costas a criatura não vai me atacar...

Pegadas em minha direção...

— Urina— a criatura diz rindo— está com muito medo... gosto de presas assim...

— Por favor— digo soluçando e com a espada na frente— eu...eu não quero incomodar..só estou de passagem... por favor não me machuque...por favor.

Corte de Imaginação e LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora