—Hélê, acho que você não ouviu bem a briga.... — diz o outro feérico.
O feérico me olha e diz:
—Explique o que aconteceu.
Espero que eles acreditem.
— Sou Aislin, trabalho neste bar — aponto na direção—fui até a mesa de Lucien— respiro um pouco, estou nervosa —e quando cheguei perto da mesa percebi que ela estava forçando Lucien a fazer coisas que ele não queria e acho que ela fez algo com ele porque ele não estava conseguindo falar, pedi para ela soltar ele e ela não soltou— Hélê se levantou e continuou me observando— e como ela se recusou a sair... decidi tirar ela com as minhas mãos... e começamos a brigar e... eu só queria ajudar ele— droga, estou chorando! — ele precisava de ajuda e se eu não ajudasse ninguém iria ajudar e.... —Hélê está me abraçando e estou chorando, chorando porque gostaria de ter evitado tudo, chorando porque sei como Lucien se sentiu, chorando porque o mundo é cruel e faz questão de destruir e massacrar quem se atreve a ser bom.
—Tudo bem querida, não precisa se culpar, você fez o que pode—Passa as mãos pelos meus cabelos assanhados. —olhe aqui— levanto minha cabeça e suas mãos macias e largas tiram as lágrimas do meu rosto.
— Edurne, leve a desgraçada para a curandeira e depois para a prisão, vou ajudar Lucien.
—Me leve até Lucien, Aislin.
Vou ao lado dela até o bar e assim que chego na porta Taven aparece me olhando furioso e dizendo:
—Sua irresponsável, estou sozinho no bar, o que aconteceu com você, vou demiti-lá agora mesmo!
—Vá ajudar Lucien, eu falo com ele. —Diz Hélê, então vou, deixo ela explicando.
Lucien está com o rosto deitado sobre a mesa...
Me aproximo, ele está chorando....
— Lucien, sou eu, Aislin, vai ficar tudo bem agora.
Ele me olha e não diz nada... continuo falando:
—Posso ajudar em algo? —ele pensa e pensa e finalmente diz, com um tom baixo:
—Minha.. calça... ela.. tirou o sinto e—ele se senta mais reto— não consigo colocar...
Desgraçada, desgraçada.....
— Vou colocar para você, tudo bem? —ele concorda com a cabeça.
Me sento ao seu lado, que situação complicada...
Tento ao máximo não tocá-lo, pego o cinto marrom e o coloco como deveria estar.
Lucien está mais abatido que o normal, seu cabelos se misturando com lágrimas, acho que vou amarrá-los
—Posso amarrar o seu cabelo?
Ele confirma com a cabeça.
Pego um elástico vermelho que costumo usar no meu cabelo e cuidadosamente pego suas mechas ruivas e as coloco para trás, o cabelo de lucien exala um cheiro de jasmim, muito macio, prontinho, o coque está feito.
Saio de perto de Lucien e me sento do outro lado da mesa.
Ele me olha e sorri, um riso baixo.. mas um riso.
Então com dificuldade diz:
—Você... está horrível.
— Obrigada senhor Lucien, infelizmente para ter esse visual o senhor só conseguiria brigando pela primeira vez sem ter ideia do que fazer, infelizmente acredito que o senhor já brigou muitas vezes.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Corte de Imaginação e Luz
FanfictionAisha, leitora que ama Acotar e principalmente Lucien, o personagem que conquistou seu coração, recebe uma visita inesperada que lhe faz uma oferta irrecusável, conhecer Lucien e o universo literário que ela é apaixonada, a proposta contém um desafi...