Capítulo 18

876 118 21
                                    

—Hélê, acho que você não ouviu bem a briga.... — diz o outro feérico.

O feérico me olha e diz:

—Explique o que aconteceu.

Espero que eles acreditem.

— Sou Aislin, trabalho neste bar — aponto na direção—fui até a mesa de Lucien— respiro um pouco, estou nervosa —e quando cheguei perto da mesa percebi que ela estava forçando Lucien a fazer coisas que ele não queria e acho que ela fez algo com ele porque ele não estava conseguindo falar, pedi para ela soltar ele e ela não soltou— Hélê se levantou e continuou me observando— e como ela se recusou a sair... decidi tirar ela com as minhas mãos... e começamos a brigar e... eu só queria ajudar ele— droga, estou chorando! — ele precisava de ajuda e se eu não ajudasse ninguém iria ajudar e.... —Hélê está me abraçando e estou chorando, chorando porque gostaria de ter evitado tudo, chorando porque sei como Lucien se sentiu, chorando porque o mundo é cruel e faz questão de destruir e massacrar quem se atreve a ser bom.

—Tudo bem querida, não precisa se culpar, você fez o que pode—Passa as mãos pelos meus cabelos assanhados. —olhe aqui— levanto minha cabeça e suas mãos macias e largas tiram as lágrimas do meu rosto.

— Edurne, leve a desgraçada para a curandeira e depois para a prisão, vou ajudar Lucien.

—Me leve até Lucien, Aislin.

Vou ao lado dela até o bar e assim que chego na porta Taven aparece me olhando furioso e dizendo:

—Sua irresponsável, estou sozinho no bar, o que aconteceu com você, vou demiti-lá agora mesmo!

—Vá ajudar Lucien, eu falo com ele. —Diz Hélê, então vou, deixo ela explicando.

Lucien está com o rosto deitado sobre a mesa...

Me aproximo, ele está chorando....

— Lucien, sou eu, Aislin, vai ficar tudo bem agora.

Ele me olha e não diz nada... continuo falando:

—Posso ajudar em algo? —ele pensa e pensa e finalmente diz, com um tom baixo:

—Minha.. calça... ela.. tirou o sinto e—ele se senta mais reto— não consigo colocar...

Desgraçada, desgraçada.....

— Vou colocar para você, tudo bem? —ele concorda com a cabeça.

Me sento ao seu lado, que situação complicada...

Tento ao máximo não tocá-lo, pego o cinto marrom e o coloco como deveria estar.

Lucien está mais abatido que o normal, seu cabelos se misturando com lágrimas, acho que vou amarrá-los

—Posso amarrar o seu cabelo?

Ele confirma com a cabeça.

Pego um elástico vermelho que costumo usar no meu cabelo e cuidadosamente pego suas mechas ruivas e as coloco para trás, o cabelo de lucien exala um cheiro de jasmim, muito macio, prontinho, o coque está feito.

Saio de perto de Lucien e me sento do outro lado da mesa.

Ele me olha e sorri, um riso baixo.. mas um riso.

Então com dificuldade diz:

—Você... está horrível.

— Obrigada senhor Lucien, infelizmente para ter esse visual o senhor só conseguiria brigando pela primeira vez sem ter ideia do que fazer, infelizmente acredito que o senhor já brigou muitas vezes.

Corte de Imaginação e LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora