House of sweets - Un petit nid. -Tradução PT- BR.

21

“... Hiro-kun, isso parece salgado.”

Rio arregalou os olhos através da mesa de trabalho enquanto Kase sacudia sal no bife de Hamburgo que ele tinha feito para o almoço do pessoal. O almoço já era tarde, e Rio estava comendo uma rosquinha para seu lanche depois da escola. 

“Mas ficou mais leve por um tempo”, disse Chise, parecendo preocupada. 

Agi deu uma olhada de lado para Kase, mas não disse nada. 

Kase devolveu o saleiro e deu uma mordida na comida. Ele tinha batido todo aquele sal, mas mal sentiu o gosto de nada. Parecia borracha seca e sem gosto. Kase sentiu que ultimamente suas papilas gustativas estavam piores do que antes.

Quando Kase pensava nisso, ficava cada vez mais deprimido, então ele tentava não pensar no que o causava. Enquanto ele comia a borracha, uma voz gritou: “Ei,” e o verdureiro entrou segurando uma caixa de papelão.

“Aqui estão os vegetais que você pediu. Eu também trouxe algumas maçãs boas, então eu trouxe uma para você experimentar. ”

O vendedor entregou uma maçã um pouco pequena e Chise disse: “Vamos ver, vamos ver”, e cortou-a ao meio. 

“Oh, tem uma acidez doce e agradável. É quase outono, então talvez possamos fazer uma torta de maçã. O que você acha, Agi-san? ”

Chise levou o pedaço de maçã à boca de Agi e Agi o comeu. 

"Sim, é bom", Agi assentiu.

Chise disse ao vendedor que queria 10 maçãs e assinou o recibo de venda. 

Kase desviou o olhar da cena que era semelhante a um casal de idosos. Ele engoliu com água o bife de Hamburgo que parecia borracha e pediu licença para sair da cozinha.

Ele saiu pela porta dos fundos para o jardim, onde se agachou sob a sombra da murta de crepe que havia perdido todas as suas flores e olhou atordoado para a vista à sua frente. Ultimamente, ele vinha passando suas férias aqui sozinho. Ele não queria ver Agi e Chise juntas na cozinha.

Não que eles agissem diferente de antes. Eles apenas realizaram seu trabalho normalmente, mas Kase foi quem mudou. Quando Agi gritou: Bom trabalho hoje , ele deu um tapinha no ombro de Chise. Contou piadas e a fez rir. Eram apenas pequenas coisas assim, mas elas enviaram suas emoções em uma espiral, e Kase não aguentava mais.

Ele não deveria ter escutado eles.

Ele ficou todo estranho por causa disso. Agi não contou a Kase o que Mutou havia dito, então Kase também não poderia perguntar a ele como foi. Ele não achava que isso aconteceria, mas se por acaso Agi se casasse com Chise, Agi provavelmente entraria em um mundo que Kase não poderia alcançar.

Quando Kase pensava nisso, ficava tão ansioso que não conseguia se conter. Ele então se agarrava a Agi, mas então dizia a si mesmo que não deveria fazer isso e se afastava dele. Mas quando Kase se afastou, ficou ansioso e ele voltaria para o lado de Agi novamente. A cada iteração, sua ansiedade aumentava cada vez mais. As mudanças frequentes na atitude de Kase também deixaram Agi confuso.

As folhas da murta de crepe farfalharam no alto enquanto Kase se agachava com a cabeça apoiada nos joelhos. Ele odiava o som disso. Isso o fez se lembrar daquele sonho. De si mesmo como uma criança que comia uma casa inteira de doces, com as mãos e o rosto manchados de chocolate e glacê. De Chise e Rio que foram jogados na lareira. Da floresta que só fazia barulho de folhas farfalhando.

“Hiroaki.”

A voz suave e baixa se misturou ao farfalhar das folhas. No limite de sua visão, enquanto abaixava a cabeça, Kase podia ver as pontas dos sapatos pretos. Ele ergueu lentamente a cabeça e, contra as folhas verdes no céu, Agi olhou para Kase.