Diário do Impossível

Uma noite inesperada

Pov. Edward:
Eu estava em meu quarto ouvindo uma bela música enquanto lia uns livros de suspense, meu gênero favorito. Meu quarto é totalmente diferente dos convencionais, antigamente eu tinha uma cama nele por conta de Bella, hoje em dia não tenho cama mais, afinal não durmo.
A casa estava em total silêncio, estava sozinho pois todos estavam na floresta caçando alimentos. É uma paz tão grande não ter ninguém por perto, nem ter que ficar vigiando Isabella toda hora...ela dava muito trabalho!
Jungkook meu grande amigo de época, estava passando um tempo na nossa casa, ele já era amigo de Jasper, Alice e meu. Jungkook diferente de todos nós, come de tudo e bebe sim sangue humano. Eu e minha família somos um tipo de "vegetarianos", só bebemos sangue animal.
Sinto minha garganta seca e então percebo que tenho que deixar minha preguiça de lado, e ir na cozinha pegar um copo de sangue.
Deixo meu livro no lado do sofá que havia em quarto, e caminho para fora do mesmo. Ao chegar na escada vejo que havia alguém olhando de fora pra dentro. Não consigo ver exatamente quem era, até que escuto os pensamentos da tal pessoa e meu Deus, era Maria. Me aproximo da porta de entrada, uma enorme porta de vidro e logo a abro fingindo surpresa em ver Maria.
[...] Maria parecia surpresa com o meu convite, será que me precipitei? Acho que não, eu e Maria tivemos muita conexão desde do encontro que eu e ela tivemos oficialmente na casa de Jacob.

— Maria, se você não quiser tudo bem. — Digo a olhando atentamente.
— Não não, tá tudo bem. Eu quero sim! — Ao ouvir ela confirmar eu chega me assustei. Pensei que ela fosse dizer um belo "não".
— Fique a vontade! Eu estava indo na cozinha pegar algo para beber. — Dou espaço para a menor me acompanhar até a cozinha. Ela está muito fofa com esse casaco de pele falsa e pantufas de esquilos.
— Obrigada! Nossa Edward, sua casa é tão bonita. Sempre fiquei curiosa pra saber como ela era na verdade. — Ela diz com um sorriso meigo, um sorriso tão fofo.
— Muito obrigado. Pode vim aqui sempre que quiser! Você é amiga da Rosalie, ela nunca te chamou?
Abro o freezer da cozinha, pego um saquinho de sangue e despejo em um copo de vidro. Vejo a reação da Maria, ela estava quieta. Parecia não se importa com aquela cena, isso me deixou bem mais aliviado e a vontade.
— Ela já me chamou várias vezes, mas não gosto de invadir a intimidade de ninguém. — Diz ela com simplicidade na sua voz.
— Acredito que não incomode ninguém. Agora que sabe quem somos e parece não ter medo. Fica até melhor, os outros irão te adorar.
— Ah eu fico muito curiosa para falar com todos vocês. Só converso com Rosalie...e você! — Ela diz chamando minha atenção, que levanto logo o rosto a olhando. Seu olhar era doce, me deixava sem palavras.
— Eu fico feliz que eu seja um dos escolhidos, você é muito fofa e gentil.
— Sou? Ah muito obrigada. Eu gosto de tratar todos bem.
Me aproximo dela segurando o copo em minha mão e o levo até minha boca, logo dando um gole do líquido. Maria me olhava atentamente, parecia curiosa com alguma coisa...talvez seja o gosto do sangue? Não sei, talvez seja.
Ao beber todo sangue que havia no copo, deixo o copo na pia e me encosto no balcão a olhando.
— Sua boca tá suja... — Ela comenta meio sem graça vindo em minha direção, pega um paninho e limpa os cantos de minha boca. Ação que me deixa sem reação, a única coisa que eu conseguia fazer era observar seus movimentos. — Prontinho, está limpo agora.
— Obrigado! Você é muito detalhista...cuidadosa é a palavra certa. — Digo a olhando se afastar e lavar o paninho sujo. — Ei, deixa que eu faço isso!
— Não não, eu quero fazer algo. Por favor. — Ela pede enquanto lavava o paninho, e logo depois vejo ela lavar o copo que eu havia sujado.
Seguro sua mão para a impedir, que ideia idiota de fazer isso! Infelizmente pelo susto de minha ação, Maria acaba derrubando o copo no chão que se quebra instantâneamente. Um dos cacos de vidro do copo quebrado acaba atingindo seu pé que logo começa a derramar sangue.
— Maria! Meu Deus, me desculpe. Ah meu Deus eu sou um desastre.
Me abaixo tirando seu pé do chão com cuidado e retiro sua pantufa que nessa altura já estava cheia de sangue.
— Edward está tu... — A interrompo.
— Não está, olha o que eu fiz.
Me levanto a pegando no colo, estilo noiva, subo pro quarto rapidamente com ela. Coisa que não tinha muita dificuldade, já que uma das minhas qualidades era velocidade.
Ao chegar no quarto com Maria, a deixo no sofá já que não havia nada mais confortável que isso no cômodo. Ela me olhava como se nada estivesse acontecendo, mas eu sei que estava doendo muito, eu conseguia lê seus pensamentos.
Depois de alguns curativos, coloco seu pé no chão com cuidado. Ela me olha e sorri, por que tinha que ter um sorriso tão fofo?

— Não me olhe assim, eu te fiz mal.
— Edward! — Ela segura meu rosto me fazendo a olhar. Meu Deus eu estou ferrado. — Está tudo bem, ok? Você não me fez mal. Pare de colocar a culpa em você mesmo.
Mesmo que eu não quisesse acreditar, eu me conformei, a culpa foi minha, mas foi um acidente. Ela me acalmou? Isso é novo pra mim.
[...] Aquela estava sendo uma das melhores noites da minha existência. Maria me deixava relaxado, calmo e me tirava da defensiva sem dificuldades.
Fizemos muitas coisas divertidas. Falamos sobre livros, música, arte em geral! Ela sabia mais coisas do que aparentava dizer. Ela me contou coisas da atualidade que eu não fazia ideia. Ela me ensinou coisas de diversas áreas, e me deixou ensinar coisas sobre nós também. Que troca!

Enquanto isso...Pov. Lili:
Eu estava deitada no sofá da sala indo de um canal de tv pro outro, não tinha nada de interessante. Eu acabei acordando pra ir no banheiro e fiquei sem sono o resto da madrugada. Bella não estava em casa, algo estranho, liguei pra ela, mas nada da bonita me atender! Isso me deixava impaciente, mas o que posso fazer? Não tinha nem noção de onde ela poderia está!
Não iria adiantar nada eu ligar pro Charlie, ele estava ocupado em um turno no trabalho. Estava literalmente sozinha em casa, eu espero. Fico um pouco aliviada de está sozinha por algumas horas, Bella tinha uma energia muito negativa desde sempre, e piorou com o término dela com Edward. O Charlie não era uma pessoa ruim, ao contrário, se esforçava pra ser o mais agradável possível. Mas eu não era íntima dele, e ele mal ficava em casa por conta do seu trabalho na polícia.
Eu estava prestes a ir na cozinha para preparar uma bela pipoca, pois em breve iria começar a passar um dos meus filmes preferidos. Ao me levantar do sofá e caminhar até a cozinha escuto um barulho vindo do jardim, especificamente de trás da casa. Ao ouvir aquilo eu logo penso: "não vou sair nem que me pague, não sou um personagem de filme de terror". Logo ao acabar de pensar isso escuto o barulho se aproximando, e era barulho de passos.
Ao entender que poderia ser um bandido, um psicopata, um zumbi, um lobo, eu logo corro pra cozinha e pego uma faca pra me defender do que fosse. Alguns minutos depois escuto a porta se abrindo aos poucos, vejo a sombra de alguém se aproximando da porta da cozinha e fico aliviada ao ver quem era.

— Jasper! Você ainda me mata! — Digo irritada pelo susto que ele havia me dado.
— Eu que digo isso, abaixe essa faca por favor, senhorita. — Ele diz calmamente.
— O que você queria? Você chega assim, sem avisar nada. Detalhe muito importante, às 3 horas da manhã! — Digo enquanto guardava a faca.
— Deveria tá acostumada. Não percebeu que sou diferente dos outros caras?
— Sim, você é problemático!
— Não, sou diferente. Inclusive, vim aqui para conversarmos. É algo sobre mim.
— Certo, estou aqui pra te ouvir. Mas assim, às 3 horas da amanhã? Não podia esperar mais não?
— Vamos logo, daqui a pouco tenho que ir pra casa.
Ele segura minha mão me puxando até ele. Meu Deus seu toque era frio, parecia que ele estava morto.
— Jasper, v-você está frio feito gelo..
— Por favor Lilith, é importante pra mim que você saiba a verdade.
— Tá bom, calma. — Sigo ele até o lado de fora da casa e logo vejo algumas pessoas nos esperando na parte de trás da casa. — Jasper, quem são eles?
— Eles são a minha família Lilith, quero que os conheça. Esses são, Carlisle e Esme, Alice minha namorada, Rosalie e Emmett, e por último mas não menos importante, um amigo da família Jeon Jungkook.
— Prazer querida, seu nome é lindo! — Diz Carlisle sorridente.
— Sim, Lilith é um nome tão bonito. — Complementa Rosalie.
— Então, Lilith não é meu nome.
— Não? — Rosalie olha pra Jasper sem entender nada.
— Não, o nome dela é Lili, mas eu prefiro Lilith. E nem ousem em chama-la assim, só eu posso.
— Você tá descontraído demais..trocaram você com outra versão? Gente, tô sem entender nada! — Diz Emmett em um tom surpreso.
— Desse jeito Lilith vai achar que eu sou um completo chato! — Comenta Jasper abrindo um pequeno sorriso.
— Você não é chato, meu amor! — Alice abraça Jasper deixando um selar em seus lábios.
— Não? — Pergunta Rosalie que logo depois leva um tapinha em forma de brincadeira do seu namorado, Emmett.
— Deixando isso de lado, Lilith, eu te chamei aqui para te contar uma coisa. Acho que nessa altura da nossa amizade, você precisa saber a verdade sobre mim. — Jasper se solta dos braços de Alice e vem até mim.

[...]

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