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— Quem está aí? — Perguntou Osamu, após finalmente tomar coragem.

— Por que vocês estão no armário? — Uma voz feminina se pronunciou.

— Nós ficamos presos aqui. Por favor, consegue nos tirar daqui? — Solicitou Chuuya.

Nada mais fora ouvido. No entanto, tempo depois o estalo do cadeado sendo quebrado deixou os meninos muito aliviados.

Avistaram a garota que os ajudaram. Ela segurava um alicate enorme e observava Dazai e Chuuya se jogarem no chão, cansados de ficarem tanto tempo em pé parados naquele armário estreito.

— Qual é seu nome, anjo da guarda? — Falou Chuuya, alongando suas pernas.

— Izumi Kyouka. — Respondeu sem expressão.

— Quantos anos você tem, Kyouka? Parece bem novinha. — Indagou Dazai, repetindo os movimentos de Chuuya.

— Quatorze. — Respondeu a menina. Dazai se perguntava se ela estava no modo automático.

— De verdade, muito obrigado por nos salvar. Pensávamos que iríamos morrer ali dentro. — Comentou Nakahara.

— Não exagera, Chuuya. — Falou Dazai e Chuuya apenas o olhou boquiaberto. Osamu estava tão calmo assim?

— Estão indo para a fronteira? — Questionou Kyouka.

— Sim, você também? — Respondeu Nakahara, se levantando junto de Dazai.

A menina afirmou com a cabeça enquanto guardava seu alicate na mochila.

— Podem me levar até lá? — Kyouka pediu fazendo uma leve reverência.

Dazai hesitou um pouco. Será que seria seguro três adolescentes fugindo para a fronteira, sendo dois deles procurados pela polícia?

— Chuuya, tem certeza? — Questionou Dazai, incerto.

— Mas é claro! Não vamos deixar na mão alguém que acabou de nos tirar de um armário trancado. Nós vamos te ajudar sim. — Falou Chuuya, sorrindo para a menina ao dizer a última frase.

— Obrigada. — Sorriu em agradecimento.

— Bom, então vamos. — Dazai foi para fora da cafeteria, Chuuya e Kyouka vindo atrás de si.

— E o Fyodor? — Perguntou o Nakahara, olhando para os lados.

— Deve ter fugido, provavelmente. — Dazai só faltava ajoelhar em agradecimento pelo sumiço de Dostoyevsky.

Durante todo o percurso, Kyouka e Chuuya foram conversando. Dazai estava na frente deles tentando se lembrar do caminho para a fronteira.

Depois de muito tempo caminhando — por sorte, todos ainda estavam firmes e fortes —, os adolescentes chegaram em um parque. Seus olhos brilharam e contemplaram aquele lindo lugar rodeado de brinquedos e luzes coloridas.

— Nós vamos?! — Perguntou Kyouka, animada.

— Ah, com certeza. — Dazai foi o primeiro a correr até a entrada do parque.

Havia uma enorme faixa que dizia "IMPERDÍVEL!! TODOS OS BRINQUEDOS DE GRAÇA SOMENTE HOJE! (COMEMORAÇÃO DO ANIVERSÁRIO DO PRESIDENTE)", e Dazai, Kyouka e Chuuya agradeceram imensamente por poderem se divertir sem ter que gastar nenhum centavo.

Contudo, havia um pequeno problema.

— Esperem aí, para entrar é necessário alegria. Se vocês estiverem sem, podem pegar estas aqui. — Disse um guarda que vestia um macacão azul e óculos escuros. Ele apontou para uma caixa que havia várias e várias pílulas da alegria.

ROTA 96 | SOUKOKUOnde histórias criam vida. Descubra agora