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20/06/1991
09:45AM

Os olhos de Chuuya abriam-se aos poucos, se acostumando com a iluminação forte do sol que refletia em seu rosto. O ruivo encarou Dazai, que dormia serenamente à sua frente.

As mãos de Dazai descansavam ao lado do corpo. Sua respiração estava calma e sua boca estava entreaberta, puxando e soltando o ar de forma calma, silenciosamente.

Chuuya deixou escapar um pequeno sorriso.

O ruivo se espreguiçou e respirou fundo, encarando o teto, pensativo.

Eles haviam desviado totalmente o caminho para a fronteira e agora não faziam ideia de onde estavam. Será que estavam muito longe? Será que haviam aumentado o número de policiais tanto na fronteira quanto na estrada? Era impossível saber.

A única certeza que os adolescentes tinham, era que precisavam continuar seus caminhos.

Chuuya estava com medo de encontrar Fyodor novamente pela estrada, tinha medo que ele pudesse fazer algo a mais à si e seus amigos.

A porta do quarto é aberta, revelando Yosano, que segurava uma prancheta. Ela sorriu gentil ao avistar o ruivo já acordado.

— Acordem, vocês tem continuar o caminho de vocês. — A mais velha dava pequenos empurrões nos garotos que ainda dormiam.

— Por incrível que pareça, esse sofá está muito confortável. Não saio daqui tão cedo. — Tachihara murmurou embolado, se revirando no sofá que estava em frente a janela e ficando de barriga para baixo.

Chuuya sentiu seu coração palpitar quando sentiu algo gélido tocar sua mão. Era a mão de Dazai.

O moreno ainda não havia acordado, apenas se revirou e se aconchegou mais na cama em que estava.

Ficou estático por alguns segundos, até que notou a presença de Yosano atrás de si.

— Está tudo bem?

— S-Sim! Está sim. — O menor retirou sua mão dali rapidamente e sorriu amarelo. Akiko apenas arqueou uma sombrancelha.

— Dazai, acorda. — A médica deu pequenos empurrões do corpo do moreno, que ia abrindo os olhos aos pouquinhos.

Dazai se acostumou com a luz e com o ambiente, em seguida encarou Chuuya.

— Nossa você é muito feio quando acorda. — Para quebrar um pouco do clima, Osamu fez uma pequena piada.

— Vai se foder. — O ruivo revirou os olhos e se levantou, indo até Tachihara – que ainda dormia – e pulando sentado em cima dele.

— Ai! Idiota, por que fez isso?! — O garoto deu um pequeno gemido de dor.

— É pra você acordar, anda. — Chuuya saiu de cima de Michizou, que deu a língua para seu irmão que estava prestes a chorar de rir.

— Vou medir sua temperatura. Pelo que parece, você já está melhor, então vou pegar uma ficha lá embaixo para você assinar e te dar alta, ok? — Proferiu Yosano, colocando um termômetro debaixo do braço de Osamu. O moreno assentiu.

— Será que estamos muito longe da fronteira? — Indagou Tachihara se revirando no sofá e ficando de barriga para cima, respirando fundo e apoiando a cabeça nas mãos.

— Eu espero que não, não aguento mais tudo isso... — Respondeu Junichirou, passando as mãos pelo rosto.

— Ainda falta um bom caminho, mas não estão tão longe assim. Fiquem tranquilos. — Garantiu a médica, deixando os adolescentes um pouco mais aliviados.

ROTA 96 | SOUKOKUOnde histórias criam vida. Descubra agora