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— Ah, faça-me o favor. — Dazai revirou os olhos e cruzou os braços. — Não faça esse teatrinho.

— Você me decepcionou, Chuuya. — Fyodor agora possuía uma feição chateada, abaixando o olhar.

— Dazai, quem é esse cara? — Questionou Tachihara, encarando fixamente Dostoyevsky. O ruivo posicionou sua mão próxima à sua cintura, onde ali descansava uma faca que ele escondia por precaução.

— Um babaca que finge ser amiguinho, mas eu sei que está bem longe disso.

— Fico triste que pense assim de mim, Osamu. — Colocou uma mão no coração, demonstrando uma expressão desapontada.

— Não te dei permissão pra me chamar assim.

— Fiquei sabendo que hoje é seu aniversário, meus parabéns! — Mudou de assunto, ignorando-o.

Dazai riu desacreditado. Como ele conseguia ser tão desaforado?

— Ora, vamos comemorar!

O moreno foi até onde havia um pequeno pano com um refrigerante e copos sobre ele. Tanizaki e Atsushi saíram de perto de Fyodor e puseram-se ao lado dos outros. Fyodor colocou um pouco do líquido em um copo de plástico, o levantando à visão dos demais.

— Celebremos esta bela data. — Proferiu entregando o copo a Osamu.

O garoto franziu o cenho, mas pegou o copo.

— Eu não vou tomar isso.

— Ei, eu não quero ficar brigando... por favor. — Suplicou. Por um momento, Dazai perdeu sua postura e achou que Fyodor estivesse sendo sincero. — Eu entendo que você sinta ciúmes de mim com Chuuya, mas não pense que sou uma má pessoa ou que quero fazer mal a vocês.

Dazai revirou os olhos e decidiu tomar um gole da bebida, só para ver o que ia acontecer.

Ele arqueou uma sombrancelha após ver que estava totalmente bem.

Dostoyevsky rodeou por Dazai e Chuuya, os observando.

O coração de Dazai quase saltou pela garganta quando ouviu Chuuya grunhir e viu que Fyodor havia lhe fincado uma faca por trás.

— CHUUYA! — Osamu cambaleou e sua visão ficou turva, um enjôo se instalando dentro de si.

Ele sempre soube. Dazai sempre soube que Fyodor não era de confiança, mas o ruivo o ignorou e as consequências vieram.

— Você colocou alegria na bebida dele?! — Gritou Atsushi, desesperado.

Dazai e Chuuya estavam no chão. Por sorte, o ruivo ainda estava vivo, mas respirava com certa dificuldade. Quanto à Osamu, ele tampava sua boca tentando conter a ânsia e sentia-se desesperado por sua visão estar cada vez mais turva.

Tanizaki correu preocupado até o moreno, abaixando a cabeça dele na tentativa de amenizar a tontura.

Tachihara pegou sua faca que havia escondido na cintura e partiu rapidamente para cima de Fyodor, mas em um movimento ainda mais rápido, o maior segurou o pulso do ruivo e desferiu diversos socos em seu abdômen e face.

Atsushi aproveitou a deixa e segurou o pescoço de Dostoyevsky por trás, o enforcando. Infelizmente, os outros estavam debilitados, então ele teria que se virar sozinho. Entretanto, o garoto não era muito bom de briga, então não foi muito difícil para Fyodor imobilizá-lo e, ao dar uma pancada na sua nuca, desmaiá-lo.

Tanizaki preferiu nem se arriscar.

— S-Seu filho da puta... — Murmurou Chuuya com dificuldade por conta do ferimento.

ROTA 96 | SOUKOKUOnde histórias criam vida. Descubra agora