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Dazai acordou no meio da noite sentindo uma pressão em suas costas. Virou-se para ver o que era e se assustou ao ver um garoto dormindo ao seu lado.

Osamu gritou no mesmo instante, acordando o garoto que dormia ao seu lado, que consequentemente gritou também devido ao susto.

As pessoas em volta também se assustaram, alguns acharam que a polícia havia atacado. Quando viram que eram apenas dois adolescentes gritando porque dormiram juntos no mesmo papelão, mandaram os mesmos calarem a boca, pois queriam dormir.

— O que você pensa que está fazendo? — Perguntou Dazai levantando desesperado.

— O que você pensa que está fazendo? — Retrucou o desconhecido, dando ênfase ao se referir ao moreno. — Por que gritou desse jeito?

— Você me assustou. — Osamu colocou a mão no coração.

— Não precisava fazer esse escândalo, né. — O menino que aparentava ter a mesma idade de Dazai levantou batendo em sua roupa, tirando algumas sujeiras. Ambos os garotos abaixaram seu tom de voz para conversarem sem que o dono do lugar os expulsem.

— Por que você estava dormindo no meu papelão? — Perguntou Dazai, indignado.

— Como assim seu papelão? Não tinha seu nome escrito nele. — O menino cruzou os braços.

— Mas não sei se percebeu, o tamanho dele não é para duas pessoas. — Dazai imitou seu gesto e também cruzou os braços.

— Perguntei para uma moça onde eu podia dormir de graça, ela disse que o único lugar disponível era esse papelão ou a barraca de um tal de Fukuchi, e é óbvio que preferi o papelão. — Falou simplista.

Dazai observou o garoto enquanto ele falava. O desconhecido possuía madeixas ruivas, seu porte era magro e tinha estatura baixa. Ele também usava um chapéu que Dazai achou extremamente brega.

— Cara, você é um anão? — Dazai soltou.

— Hãn? É sério que você estava me analisando enquanto eu falava? — Perguntou indignado. Dazai afirmou com a cabeça. — Para sua informação eu tenho dezessete anos e tomo bastante leite, tá?!

— Certo, chibi. — Dazai respondeu por fim e passou a andar pelo acampamento, no intuito de colocar em prática o que tentou assim que chegou no lugar.

— Não me chama de chibi, cavala! — Falou seguindo Dazai.

Dazai apenas o ignorou e, por sorte do destino, encontrou um papel com alguns números embaixo de um trailer.

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O moreno sorriu vitorioso. Correu até o cadeado daquele depósito com o garoto ruivo vindo atrás de si. Aquele tinha que ser o papel com a senha daquele depósito.

— Por que está me seguindo? — Perguntou Dazai colocando a senha no cadeado.

— Estou curioso para ver o que vai aprontar. — Cruzou os braços encostando o corpo na parede.

O estalo do cadeado aberto foi ouvido e Dazai abriu a porta.

Haviam vassouras, sacos de lixo, produtos de limpeza e algumas notas de dinheiro em cima de uma caixa.

ROTA 96 | SOUKOKUOnde histórias criam vida. Descubra agora