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02/06/1991
00:13

— Ele está morto? — Perguntou Tachihara, apreensivo.

Dazai estava imóvel. Flashs de lembranças invadiram sua mente, mas desapareceram ao ouvir a voz de Chuuya.

— Tá tudo bem? Você conhece ele?

Dazai apenas negou com a cabeça e foi até o corpo, checando o pulso.

— Ele está vivo.

Todos ali se assustaram quando o desconhecido puxou o ar com força, como se tivesse ficado sem ar por muito tempo.

— O que... O q-que vocês estão fazendo aqui? — Disse com dificuldade.

— Ei, calma, não vamos lhe fazer mal. Pode nos dizer quem fez isso com você? Ou, por que você está aqui? — Indagou Tanizaki, se aproximando do estranho.

— N-Não... Não. Sumam daqui, por favor, ele vai pegar vocês também! — O rapaz tremia muito, sua voz expressava medo.

— Espera, qual seu nome? — Perguntou Tachihara, se abaixando ao lado do desconhecido.

— A... Akutagawa. — Respondeu com a voz fraca. Ele estava ficando desacordado novamente.

O barulho da porta de entrada sendo aberta de repente assustou os meninos.

— Se escondam! — Osamu sussurrou se escondendo debaixo da cama, Chuuya estava ao seu lado. Por sorte, o lençol da cama era bem grande, então, quem quer que seja não os veria ali.

Tachihara e Tanizaki se esconderam dentro de um enorme guarda roupa que tinha no canto próximo a janela; que continha a visão bloqueada por pedaços de madeira.

Alguém adentrou o quarto em que estavam, e o barulho de algo sendo arrastado deixou os adolescentes apavorados.

Chuuya sentiu algo tocar sua nuca, de princípio ele pensou que fosse Dazai, mas sentiu seu coração disparar ao tocar e ver que era sangue.

Dazai percebeu que Chuuya estava prestes a gritar ou simplesmente surtar, então tratou de tampar rapidamente a boca do menino, o impedindo de fazer algo que prejudique e acabe matando todos.

Depois de alguns minutos, quando perceberam que a pessoa havia ido embora, todos saíram de seus esconderijos. Ainda estavam em choque pelo que aconteceu.

— O que acabou de acontecer? — Falou Tachihara, respirando fundo.

— Levaram o Akutagawa. — Tanizaki sentiu seu coração apertar.

— Se ele não estava morto, agora está. — Comentou Tachihara, que reclamou em seguida pela cotovelada dada por seu irmão.

— Chuuya... Você está bem? — Indagou Tanizaki, preocupado pela feição estática de Nakahara, que sequer piscava.

— Vamos embora. — Proferiu Dazai, por fim saindo dali segurando na mão de Chuuya.

Todos saíram da casa sem dizer nada. Dazai continuou seguindo reto pela estrada, segurando a mão de Nakahara que permanecia em estado de choque. Os irmãos os seguiam logo atrás.

ROTA 96 | SOUKOKUOnde histórias criam vida. Descubra agora