CAPÍTULO 3 - ORGANIZAÇÃO ALOKY E A MARCA NEGRA

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Na cidade de Aether, uma força sinistra vinha crescendo e tomando forma sem chamar muita atenção, e por inúmeras razões, muitos seres mágicos e magos se uniram a ela, denominando-se Aloky. Cada novo adepto recebe uma marca negra, símbolo referente a magia elementar do mago que a recebe, funciona acelerando o fluxo de magia, os deixando mais fortes, seu objetivo ainda não está claro, mas sua vontade de instaurar o caos, sim.

O líder da organização escolheu a cidade do fogo para realizar sua primeira missão com impacto real sobre os cidadãos e demonstrar sua força para a comunidade mágica.

Lana, uma maga poderosa que assumiu a forma de uma criança, juntou-se a organização Aloky e sua missão neste momento, está em andamento na cidade de Djinn, seu alvo é a sala do prefeito da cidade, o livro dos encantamentos proibidos da sociedade do fogo.

***

Lize segurou a mão de Lana e juntas caminharam até a porta entreaberta da prefeitura, enquanto andavam, ela perguntou o que uma criança estava fazendo ali. — Como uma criança como você veio parar aqui? — Ela é tão fofa.

Parando frente a porta e com a voz embargada, evitando o contato visual com Lize, Lana fala: — A maga que você descreveu me trouxe aqui, mas ela está ferida lá dentro. — Ela aponta.

Quando chegaram perto de onde Helena estava caída, ela conseguiu ouvir as vozes que vinham de fora e o desespero a tomou, não acreditava que sua filha estava no mesmo ambiente que uma maga escurecida e ela ferida sem poder ajudá-la, mesclava esses pensamentos com os de matar Lize por tê-la desobedecido.

Mudando o tom de sua voz e demonstrando mais uma vez um sorriso medonho em seu rosto. — Helena está ali, como você pode ver. — A menina aponta para Helena que está caída.

No teto da recepção da prefeitura, havia uma claraboia redonda que ia de um canto a outro da sala, que trazia um pouco de luz para o ambiente.

Lize ficou confusa, e não conseguiu reagir a tempo de se afastar da maga escurecida. — Não pense em fugir minha querida, — Ela apertou a mão de Lize, torcendo-a, a fazendo gritar de dor.

Helena não conseguia se mover, mas ao ouvir o grito de dor de sua filha, ela se esforçou ao máximo e começou a se arrastar para perto dela, porém, Lana viu seus movimentos e foi ao seu encontro, soltando a mão de Lize, que cai sentada.

Lana se aproxima de Helena e pisa fortemente e repetidas vezes em suas costas. — Para onde pensa que vai, minha cara Helena?

Sentindo uma dor latejante em sua mão, Lize grita para atrair a atenção de Lana. — Pare com isso! — Lágrimas escorriam por seu rosto.

Rindo, Lana parou de pisar em Helena, que começou a tossir e a vomitar sangue, deixando Lize muito assustada com a visão.

Lana foi até a adolescente e puxou a mão a qual ela tinha torcido, ela torceu novamente, depositando um pouco mais de força e quebrou o braço dela, ação que levou a garota a gritar novamente. — Ela sussurrou. — Parece que você gosta de gritar, farei o meu melhor para atendê-la.

Helena não conseguia mais manter seus olhos abertos, os fechou perdendo a consciência.

Um encantamento foi pronunciado, Lana olhou em volta e não viu ninguém além de Lize e a desmaiada Helena, mas logo em seguida, sentiu seu corpo queimar e cortes aparecerem.

Sua moztu.

Lana gritou em agonia. — Ahhh! — Ela se jogou no chão e rolava de um lado para o outro, ela sentia seu corpo queimando e traços de fogo surgiram por seu corpo, cortes médios que a faziam sangrar. — Quem é? Quem ousa me atacar?

Neste mesmo momento, Lize se levantou e correu para perto de sua mãe, vendo a maga escurecida gritar para o nada, porém ela reconhecia essa magia.

Aidan apareceu ao lado de Helena e gritou. — Quem ousa, você pergunta? — Ele a pegou nos braços suavemente e entregou-a a um mago que o acompanhava.

Lize arregalou os olhos e sorriu — Papai!

Semicerrando os olhos ele olhou para ela. — Conversaremos depois, Lize. — Ele retornou sua atenção para o mago que estava ao seu lado. — Leve-as para a Angra,  ela cuidará delas e não volte aqui, te encontro depois. — Uma veia pulsava em seu pescoço, seus olhos transbordavam de uma fúria visível.

— Sim, senhor! Respondeu o mago, desaparecendo através da escuridão com Helena nos braços e Lize ao seu lado.

Lana não conseguia parar o sangramento causado pela magia de Aidan — Como é possível sua magia funcionar em mim?

Ele inclinou o pescoço para o lado e deu um meio sorriso, e sem respondê-la lançou outra magia. — Izpi garbia,

Respirando rapidamente, Lana arregalou os olhos assustada — De novo não! — Ela mudou sua voz, para um tom mais infantil buscando clemência.

De nada adiantou, logo um furo surgiu em sua perna, o sangue espirrou deixando-a aterrorizada com a dor que ele a fez sentir.

Em um tom sereno, Aidan começou a falar com ela. — Você pensa que pode me enganar, criatura medonha? — Ele caminhou devagar até ela. — Eu sei que a barreira mágica que você ergueu, impediu que  viessem ajudar Djinn.

Lana gritava caída no chão. — Não é possível, como descobriu? Quem é você?

— Não que eu seja obrigado a responder a uma criatura inferior como você, — Ele ergueu o queixo e se abaixou. — Mas para que saiba o seu lugar, lhe direi. — Eu sou Aidan, integrante do conselho mágico de magia da cidade de Djinn, detentor do fogo sagrado, o mago que vai matar você, — Ele enfatizou a última palavra.

Lana, ficou sem palavras e todo o seu corpo começou a tremer com a intensa aura mágica do mago a sua frente. Aos poucos, conseguiu pronunciar uma sentença. — Não... não se aproxime!

— Está com medo? — Ele passou a mão no cabelo, levando-o para trás. — Eu pude sentir a sua barreira, assim que cheguei à cidade, não sei porque você veio aqui, mas não deixarei que roube nada desse lugar, — Sem remorsos, ele começou a chutá-la com muita força.

Lana não conseguia se defender, começou a tossir e a vomitar sangue, então Aidan parou. Nesse momento, uma luz azul apareceu onde Lana estava — Aidan recuou um passo e fechou os olhos por causa da claridade. Ao abri-los, ela não estava mais lá.


NOTAS

Aloky: Organização, que reúne seres mágicos e magos enegrecidos/ escurecidos.

Marca negra: Símbolo de quem pertence ao Aloky, amplifica os poderes de seu detentor, tem a forma do elemento do mago a que pertence.

MAGIAS

Sua moztu: Magia de fogo – O alvo dessa magia sofre cortes de média profundidade por todo o corpo (antes dos cortes aparecerem, surgem traços de fogo, queimando a pele)

Izpi garbia: Magia de fogo – O alvo dessa magia, recebe pequenos furos no corpo (dependendo do lugar atacado)  

FAATH: Uma história elementalOnde histórias criam vida. Descubra agora