CAPÍTULO 22 - FORJA

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Max sentiu um pequeno incômodo no ombro, de repente sua serpen apareceu e o mordeu no mesmo local do símbolo e voltou para a sombra, arregalando os olhos, ele percebeu que algo estava errado e rapidamente correu para o seu quarto.

Amon não conseguiu chamá-lo de volta para perguntar o que aconteceu, Lize olhou para ele e indagou. -Inclinando-se para mais perto -O que deu nele?

-Não sei, depois vou falar com ele. -Pegou um pedaço de pão recheado com geleia de frutas vermelhas e começou a comer.

Quando Max chegou em seu quarto, foi até o espelho, retirou sua camisa e viu um símbolo com sangue em seu ombro que ia sumindo aos poucos e a marca de mordida de seu elemental.

-Elementala deitu, invocou seu elemental. A pequena serpen apareceu, ela se arrastava de um lado para o outro e olhava para seu mago como se quisesse lhe dizer algo, ou se explicar, porém como seu nível é baixo, ela não pode se comunicar por telepatia.

Max esticou seu braço para ela e a chamou. -Idris, venha aqui. - Um sorriso cruzou seu rosto – A pequena serpen rastejou e se enrolou em seu braço. -Obrigado pela mordida, doeu viu. - Fez uma careta. -O elemental sibilou baixando a cabeça.

Ele a recompensou com magia e ela voltou para sua sombra, vestiu uma nova camisa e foi até o refeitório encontrar os amigos.

Cintia avista Max e avisa a Amon. -Olha, seu amigo está voltando. -Ela aponta na direção de Max. -Ótimo, estou curioso – Ele se virou fazendo sinal para seu amigo vir mais rápido.

Inclinando a cabeça para o lado, Amon pergunta. -Cara, por que você saiu correndo agora pouco?

-Magia de sangue.

Monica cobriu a boca com a mão ao ouvir e Cintia o olhou atordoada. Lize quebrou o silêncio. -Isso não é magia proibida? Quem fez isso?

-Foi a Dóris, quando ela veio falar comigo, aquela estúpida tocou em mim e depois  lançou o feitiço, só não sei qual era a intenção da magia, mas era magia de sangue. -Ele respirou fundo.

Amon entrou na conversa e perguntou. -Como você se livrou da magia?

-Meu elemental, foi tão rápido que se eu não tivesse sentido a mordida, eu não teria percebido que ele apareceu. -Sorriu satisfeito. -Pelo que notei, a mordida da minha serpen quebrou a magia dela, vou me informar mais na biblioteca ou com um professor.

-Sua serpen é demais, cara! Não chamei meu Silfo ainda, mas mantenho ele alimentado, claro. -Piscou um olho para os amigos.

Os jovens magos conversaram mais um pouco e foram para o dormitório, eles tiveram o restante da noite tranquila e aguardavam pelo próximo dia.

Na manhã seguinte, os alunos receberam a notícia que iriam para as forjas da Gym, mesmo não sabendo onde ficam, estavam animados. Eles se reunirão no pátio e encontrarão seu professor. Os jovens magos caminhavam para o pátio quando ouviram um estrondo e começaram a correr para ver o que estava acontecendo lá fora. Raios amarelos serpenteavam do céu e desciam até um homem que estava de costas para a porta da escola, com as mãos levantadas e a cabeça inclinada para trás, ele estava vestido com roupas leves e claras.

Os alunos não ousaram se aproximar, até que os raios pararam e o homem virou-se para a porta da Gym e os chamou com as mãos. Ezin colocou as mãos no bolso e inclinou um pouco a cabeça para o lado enquanto esperava que os alunos viessem até ele.

Ezin se apresentou. -Bom dia, alunos! Sou o professor Ezin e gostaria de levá-los até a forja, trabalharemos na construção de um espelho mágico. -Ele sorriu, colocou uma mão no peito e inclinou-se para frente brevemente.

Os alunos permaneceram em silêncio, apenas assentiam com a cabeça olhando para o professor sem retirar a vista.

Ezin virou-se novamente e os chamou. -Sigam-me.

Os alunos e o professor caminharam apenas uns cinco minutos, pois a forja fica ao lado da escola, ao chegarem, eles observaram o lugar que não possuía portas, tinha uma chaminé e grandes janelas laterais, era espaçoso e dentro havia uma enorme mesa de madeira no centro com uma variedade de ferramentas, pedras, cristais e metais em cima, o piso era de madeira escura, as paredes de pedras e cristais claros com ferramentas e espelhos pendurados e um forno feito de barro no canto da parede.

Ezin pediu que os alunos se aproximassem da mesa e começou a aula. -Jovens, para fazer um espelho mágico precisaremos de ferro, cobre e obsidiana. -Primeiro, derretemos o ferro e o cobre, para depois despejar sobre a fôrma e levar ao forno para secar, em seguida, derretemos a obsidiana e unimos no espaço que sobrou e entoamos a magia, Ispilu magiko bat sortzeko, e o espelho está pronto. Agora vamos praticar, sei que pegaram alguns materiais na caverna com o Alev.

Max e Amon reviraram os olhos quando ouviram o nome de Alev. Os alunos começaram a trabalhar na produção de seus espelhos, o que durou quase o dia todo, quando já estava anoitecendo, Ezin dispensou os jovens magos e retornaram ao dormitório.

Dóris estava sentada no sofá com as pernas cruzadas esperando por eles.


MAGIA

Elementala deitu: Magia de convocação, ela convoca o elemental com quem o mago tem um contrato.

Ispilu magiko bat sortzeko: Magia de criação do espelho mágico. 

FAATH: Uma história elementalOnde histórias criam vida. Descubra agora