CAPÍTULO 21 - ELEMENTOS COMPLEMENTARES

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Os alunos estavam aproveitando o tempo que a professora deu, para conhecer mais os seus elementais. A tarde se aproximava, as nuvens começaram a cobrir o sol, trazendo mais sombra para o pátio, o vento circulava pelo ambiente e todos estavam sentados com os braços  sustentando o corpo, eles mantinham os olhos fechados e a cabeça inclinada para trás enquanto o vento soprava em seus rostos.

Aria chegou suavemente no pátio e olhou para os alunos.  — Ela bateu palmas.  — Vamos, queridos! A aula já vai começar.

Os alunos arregalaram os olhos, fazendo as mãos escorregarem e o corpo deles penderam para trás, caindo na grama. — Professora! — Alguns levavam a mão a cabeça sentindo uma pequena pontada.  — Já vamos, responderam.

Aria esperou todos se acomodarem na sala e começou a aula.  — Prestem atenção, pois aprenderemos sobre a dinâmica entre os elementos, aqueles que se opõem e os que são compatíveis em relação a magias fortes e fracas.  — Como vocês já sabem, não estamos limitados a usar apenas o nosso elemento de nascimento, porém, mesmo usando magias de outros elementos, ela não será cem por cento potente.  — Ela continuou. — Fez aparecer uma imagem no quadro.

— Fiquem atentos à imagem, queridos

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— Fiquem atentos à imagem, queridos.  — Ela apontou para o quadro.  — Os elementos básicos, conversam entre si, o fogo e a terra se opõem, ou seja, a magia é usada, porém sua eficiência será menor, isso também ocorre com os elementos ar e água. Por outro lado.  — Aria caminhou para o meio da sala e virou-se para a turma. — O fogo e o ar são compatíveis, assim como a terra e a água, as magias feitas serão melhores, mesmo não sendo o elemento de nascimento.

Amon levantou a mão e perguntou.  — Professora, e sobre o elemento raio?

— Bem, o elemento elétrico é de propriedade do éter, ele é canalizado quando o mago do raio uni seu espírito com o éter, porém, para quem não é um mago do raio, só será capaz de usar a magia por meio de conjuração mágica, sem muito poder, claro. — Compreendeu?

— Sim. — Amon pergunta novamente.  — Nós temos aula de controle das sombras, mas... e a magia do caos?

Após a pergunta, nenhum ruído foi ouvido até a professora quebrar o silêncio.  — Nós não usamos a magia do caos. — Ela estremeceu.  — Além de ser proibida é perigosa, o controle das sombras é diferente, temos regras e limites para usá-la, já a magia do caos é considerada magia negra, os usuários não seguem regras e ter a sensação de poder ilimitado  a torna temível, pois a sede de buscar sempre mais, de sentir-se poderoso, pode levar o mago a decair, então não a usamos, não voltem a esse assunto, ficou claro?

Os alunos assentiram balançando a cabeça para cima e para baixo sem dar uma palavra. 

Aria, mudou de assunto rapidamente.  — Vamos para uma demonstração.  — Convidou dois alunos para vir a frente, um do ar e outro da água.

Amon e Monica foram participar.

— Queridos alunos, fiquem de frente para a turma.  — Essa magia é chamada de hálito de ar, ela explicou. — Digam o seguinte: Aire arnasa.

Aire arnasa, ambos entoaram e um sopro de vento saiu de suas bocas, Amon produziu um vento mais forte do que Monica.

Aria comentou.  — Perceberam a diferença? Os dois usaram a mesma magia, porém, como Amon tem como elemento de nascimento o ar, a magia dele foi mais forte, se fosse o contrário, a magia de água de Monica seria bem mais forte que a utilizada por ele, essa é a relação entre os elementos que quis passar para vocês na aula de hoje, estão dispensados. — Ela sorriu e acenou, esperando que todos saíssem da sala, para ir embora.

Aria estava saindo da sala quando se deparou com Alev.  

— Professora, você poderia me repassar o horário das aulas? Perdi o meu. — Ele mantinha uma postura relaxada e sorria.

— Você esqueceu que o diretor só dar os horários pela manhã, professor? — Ela fechou a porta da sala.

Alev limpou a garganta.  — Ah, sim! Estou esquecido ultimamente. — Ele recuou alguns passos, olhou em volta e foi embora.

***

A noite chegou com um merecido descanso para os jovens aprendizes, os amigos estavam reunidos no refeitório para comer, eles conversavam sobre as aulas e como querem que o torneio chegue logo.

Dóris se aproxima do grupo.  — Olá, quanto tempo sem nos vermos.  — Tocou no ombro de Max. 

Ele olha para ela. — Olá, é faz mesmo. — Ele franziu a testa e mexeu os ombros.

— Ela permaneceu com a mão no ombro dele.  — Eu só queria dar um oi, somos amigos ainda, não é? — Os olhos estavam se enchendo de lágrimas. 

— De certa maneira, sim. — Ele desviou o olhar.

— Que bom, nós nos veremos mais então. — Abriu um sorriso para ele. — Ela apertou levemente a mão que estava no ombro e foi embora.

Amon a esperou se afastar da mesa e perguntou. — Ela não nos viu aqui com você, Max? — Mostrou um sorriso largo. 

Ele apontou para os amigos e para si. — Ela não gosta de vocês e nem de mim. — Inspirou profundamente.  — Estou bem com isso, mas... — Esfregou a nuca.  — Deixa pra lá, vamos comer.

***

Enquanto Dóris caminhava para encontrar seus amigos, ela fechou uma das mãos e apertou com força, causando um pequeno ferimento por causa do atrito entre sua unha e a pele, uma gota mínima de sangue escorregou pelo seu braço e caiu no chão. — Ela sorria, satisfeita.  — Pozoitsu,  sussurrou.  — Ao mesmo tempo que um símbolo brilhou suavemente no ombro de Max.


MAGIA

Aire arnasa: magia do ar, conhecida como hálito de ar, causa vento leve ou forte de acordo com o controle de magia do usuário.

Pozoitsu: magia de sangue (magia proibida), o usuário faz com que o alvo da magia seja envenenado com seu próprio sangue. 

FAATH: Uma história elementalOnde histórias criam vida. Descubra agora