CAPÍTULO 13 - REUNIÃO

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Itzala desfez a barreira mágica e aguardou a ajuda chegar, ela estava cansada por usar a magia elemental, mas não queria demonstrar, continuou orientando os jovens Max e Yegor que deixaram os alunos machucados perto de algumas lápides no centro da clareira.

Um dos jovens aspirantes, estava nervoso porque seu plano não saiu como esperado, ele conseguiu apenas uns Adax, por isso não causou o estrago que lhe foi pedido, mas decidiu se preocupar com isso depois e juntou-se aos outros aspirantes.

***

Amon se aproximou de Lize e Cintia que estavam sentadas na grama seca da clareira. — Porque a professora não usou essa magia antes? — Ele sentou-se junto delas.

Cintia olhou para Amon e o respondeu. — Como professora, ela quis nos ensinar a agir em um combate real.

Ele não tinha mais nada para falar, acenou com a cabeça e ficou observando o cemitério com as meninas, esperando a ajuda chegar.

Após alguns minutos, a equipe médica chegou ao local. A equipe consiste em quatro magos da água que se especializaram na magia de cura, os usuários podem curar aqueles que estão feridos ou doentes, regenerando tecidos do corpo, órgãos e algumas fraturas.

— Senhora! — A equipe cumprimentou a professora e perguntaram sobre a situação. — Qual é a quantidade de feridos?

— Apenas dez alunos. — Ela sinalizou com os olhos para onde estavam os aspirantes.

Como os jovens magos não estavam à beira da morte, os médicos que utilizam as grandes águias como transporte, por serem rápidas e fortes levaram os alunos feridos para elas com a ajuda de Max e Yegor e voltaram para a academia, deixando Itzala e os outros jovens aspirantes para trás.

Com olhos suplicantes, Monica questiona a professora. — Porque não nos levaram também? — Eu também quero ir na grande águia.

— Você pode andar e nem está tão cansada assim, a equipe mágica de médicos não precisa se incomodar com pessoas que estão aparentemente bem. — Ela respondeu e viu o brilho da aluna sumindo. — Sem se importar muito, ela chama os aspirantes. — Vamos voltar, aspirantes. — Virando-se para ter a atenção dos jovens e em seguida saiu liderando os alunos remanescentes de volta a academia.

Ao voltar para a Gym, os jovens aspirantes foram para seus dormitórios para que pudessem descansar e os professores foram chamados à sala do diretor.

— De novo? Ele não cansa de nos incomodar com essas reuniões? Perguntou Dimitri para Aria que estava pouco interessada em ouvir suas reclamações.

Aria o puxou pelo braço e o advertiu. — Vamos logo, ou você quer que o diretor te castigue novamente? — Ela revira os olhos para ele, fato que virou um costume em suas conversas.

Dimitri decidiu deixar-se ser arrastado por Aria, ele ainda tem pesadelos com o castigo que recebera de Enki ano passado por faltar as reuniões, o professor foi enviado para a zona sombria da cidade de Aether e tem calafrios só de lembrar.

Todos chegaram à sala do diretor e foram guiados por ele para a sala de reuniões que era espaçosa, com janelas de vidro que iam do chão ao teto e por isso é bem iluminada e continha em seu centro uma mesa redonda feita de azeviche, uma pedra fossilizada na cor cinza com acabamento em pedras de turmalina negra, acompanhada com oito cadeiras do mesmo material.

Enki fez um sinal com as mãos para que os professores tomassem seus lugares à mesa. — Sejam bem-vindos, queridos professores! — Chamei vocês aqui, porque a professora Itzala nos contará sobre o ocorrido com os alunos em sua aula de campo hoje, vamos ouvi-la, — Ele assentiu com a cabeça dando a Itzala a vez de falar.

— Pois, bem, não serei enfadonha. Mas antes, quero relatar outro problema, uma aluna escavou uma criança em decomposição na clareira cemitério. — Compartilhou com os demais.

Todos se espantaram, porém o diretor decidiu investigar depois e continuaram a reunião sobre o incidente na aula de campo.

Itzala começou a relatar. — Hoje nossos alunos foram atacados por uma manada de Adax com marcas negras, porém esses animais não estavam totalmente ligados a marca, o que facilitou para nós, porém, algo estranho aconteceu, antes de iniciar a aula, eu ergui uma barreira com condições claras para a segurança dos aspirantes, esses animais não tinham como entrar, o que me levou a deduzir que a invocação foi realizada de dentro da barreira e eu não senti nenhuma magia ou intenção assassina.

Com a voz elevada, o professor Alev indaga. — Não me diga que foi um aluno, como seria possível descobrir? — Ele sentiu-se ansioso com essa possibilidade.

O diretor exalava tranquilidade. — Não se preocupem com o fato de termos um ou mais espiões da Aloky em nossa escola. — Ele cruzou os braços e piscou para os professores.

Ezin esperava uma explicação. — Diretor Enki, o que lhe faz estar tão tranquilo com essa situação?

Com um ar misterioso ele respondeu. — Vocês saberão quando for a hora. — Por enquanto, continuem treinando os jovens magos, porque está chegando o período do torneio da esfera celeste e não quero passar vergonha. — Ele exibiu uma cara de paisagem e finalizou a reunião mandando os professores de volta a suas atividades.

Enquanto os professores estavam em reunião os alunos que se machucaram estavam retornando a seus dormitórios e outros estavam remoendo o que aconteceu.

Eles se reuniram na sala compartilhada como de costume e Cintia comentou preocupada. — Vocês viram aquela marca naqueles animais? Me fez lembrar da aula com a professora Aria e o puncta.

— Verdade, mas eles eram mais fraquinhos, disse Monica, acenando a cabeça.

Com a voz suave Lize participa da conversa. — Tínhamos decidido deixar esse caso da marca negra para lá, porque não conseguimos mais informações, e ela aparece de novo. — Ela inclina a cabeça para trás e se encosta no sofá.

Amon que ouvia atentamente, olha ao redor e fala. — E vamos fazer novamente, acredito que é perigoso nos envolvermos com isso por enquanto, nosso treinamento começou agora, nem magias de ataque nós temos, a não ser a que a professora Itzala nos ensinou. — Ele observa as reações de seus amigos. 

FAATH: Uma história elementalOnde histórias criam vida. Descubra agora