Capítulo 7

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Acordo com o barulho irritante do liquidificador.

Tento voltar para o sono mas esse barulho do inferno não para nunca, levanto de mal humor e vou até a cozinha.

Ao chegar vejo o Pitbull usando o liquidificador.

— Que barulheira do inferno — digo com uma cara de estressada.

Ele desliga o liquidificador assim que me vê entrando na cozinha.

— Bom dia para você também, a bela adormecida finalmente acordou — ele fala com um sorrisinho no rosto.

— Piada com meu nome a essa hora da manhã, sério? — falo revirando os olhos — Sabia que é falta de educação acordar as visitas cedo com barulho de liquidificador?

— Mano, tu já viu as horas? Cê já dormiu demais, já tá tarde pra caralho. E eu estou sendo extremamente gentil fazendo o café da manhã para as visitas folgadas. Agora senta essa sua bunda bonita aí e para de reclamar — ele fala enquanto continua preparando as coisas para o café da manhã.

Reviro os olhos e me sento, observo enquanto ele se movimenta pela cozinha.

— Cadê as meninas? — pergunto.

— Elas foram na padaria, temos a casa só para nós — ele diz e dá um meio sorriso.

Ele tira a camisa e apoia os braços no balcão de uma forma que o valoriza ainda mais.

Não vou negar que essa cena mexeu comigo.

Pigarreio para recuperar minha voz.

— Hum... é mesmo necessário ficar sem camisa? — falo tentando não demonstrar o quanto isso está me afetando.

— Sim, é extremamente necessário, deveria me agradecer por te proporcionar uma visão tão bonita logo de manhã — ele diz.

Bufo, levemente irritada por ele estar dificultando as coisas para mim, fica muito difícil resistir a ele desse jeito, e acho que ele tem noção disso.

Ele começa a se aproximar de mim lentamente, me levanto percebendo que o mais sensato agora seria ir para o quarto e esperar as meninas chegarem, se eu não sair daqui agora vou cometer um grande erro. Me preparo para sair, mas ele é mais rápido, ele para em frente a porta e balança a cabeça de um lado para o outro.

— Hoje você não vai fugir — ele diz.

— Já te disse que não estou interessada — minto.

— Continue dizendo isso para si mesma, quem sabe você começa a acreditar. — ele fala — Você sabe que você me quer tanto quanto eu te quero, e em algum momento você vai parar de reprimir esse desejo, estarei esperando.

— Espere sentado, pois isso não vai acontecer — digo.

— O que acha de uma aposta, anjo? Se você for a primeira a ceder e me beijar, você me deve um encontro — ele diz.
Penso por alguns instantes sobre essa aposta, e decido que vou ganhar para que ele aceite que não vamos ter nada.

— Tudo bem, mas se você ceder primeiro e me beijar, você vai ter que admitir que não vai rolar nada entre a gente, e vai parar de dar em cima de mim — falo determinada.

— Fechado? — ele diz e estende a mão.

— Fechado, se prepare para perder — digo e aperto sua mão.

Nesse momento as meninas chegam com as coisas que elas foram comprar, nos sentamos na mesa novamente e fingimos que não aconteceu nada.

— Bom dia gente! Desculpe ter que te deixar com o chato do meu irmão — Lisa diz e me dá um beijo na bochecha.

A nova moradora do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora