Capítulo 15

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Acordo sentindo um braço ao meu redor, abro meus olhos e vejo que estou deitada no peito do Pitbull. Dormimos abraçados, e fazia tempo que eu não dormia tão bem.

Ele permanece lindo mesmo enquanto dorme, olhando assim nem parece que ele é o dono do morro e é procurado pela polícia.

— Tá aproveitando a visão, meu anjo? — ele diz e abre um sorriso sonolento.

Fico com vergonha por ter sido flagrada o observando, mas decido disfarçar.

— Me erra garoto — digo.

Tento me levantar, porém ele me segura e nos aproximamos ainda mais, seus olhos descem para os meus lábios e começamos a aproximar ainda mais nossos rostos.

— Eita, parece que a noite foi boa — Bela fala, surgindo do nada.

Nos afastamos rapidamente, tentando agir naturalmente.

— O que você tá fazendo aqui garota? — pergunto tentando mudar de assunto.

— Arruinou o clima — Pitbull resmunga com uma cara de irritado.

— Não estava rolando clima nenhum — protesto.

— Todos sabemos que isso é mentira, meu anjo — ele fala e dá uma peteleco fraco em meu nariz.

— Eu dormi aqui ontem, encontrei as meninas no bar— Bela diz, respondendo minha pergunta — vocês estavam tão bonitinhos quando chegamos, dormindo abraçadinhos.

Ouço um barulho que parece ser de algum cachorro chorando, sei que aqui não tem nenhum cachorro.

— Ouviram isso? — falo.

— Parece... algum cachorro — Bela diz.

Me levanto rapidamente e começo a procurar de onde vem o som, Pitbull vem atrás de mim e me ajuda a procurar.

Saio de dentro de casa e vou até o lado de fora do portão, vejo alguns vapores e cumprimento rapidamente, sem interromper minha busca.

Logo avisto um cachorro, ainda filhote, jogado em uma caixa, ele está chorando e parece assustado.

— Achei ele! — grito, para avisar o Pitbull.

Pego delicadamente o cachorro e coloco em meus braços, alguém deve ter abandonado ele, me pergunto como uma pessoa pode ter coragem de abandonar um animalzinho indefeso.

— Vai ficar tudo bem bebezinho, eu vou cuidar de você — digo e faço um carinho em sua cabeça.

Aos poucos ele vai se acalmando em meus braços, olho e vejo que é um macho, preciso pensar em um nome para ele.

Sempre fui apaixonada por animais, mas minha mãe nunca deixou eu ter um. Quando eu e Daniel fugimos e começamos a morar juntos, nós queríamos muito um animalzinho, mas infelizmente não tínhamos tempo para cuidar.

Agora eu finalmente posso ter um cachorro, quero fazer tudo direitinho para ele.

— Vou pensar em um nome para você ainda hoje — digo a ele.

— Parece que ele gostou de você — Pitbull diz assim que se aproxima de nós.

— Vou ficar com ele, sempre quis um cachorro — falo enquanto passo minha mão carinhosamente no cachorro.

— Vem, vamos tomar café da manhã — ele fala e entramos na casa.

Assim que chegamos na cozinha, vejo que todo mundo já está acordado.

— Bom dia — digo.

Todos respondem um "Bom dia" ao mesmo tempo, assim que as gêmeas me vêem elas correm em minha direção e me abraçam, elas abraçam minhas pernas já que é onde elas alcançam.

A nova moradora do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora