O Irmão Ogro XVIII

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Meus olhos se encheram de lágrimas e vi que haviam no embrulho duas correntinhas. Ele continuou:

- Esse presente é pra nós dois. Quero partir pra algo mais sério e só depende de você. Carlinhos, bora morar aqui comigo como um casal, juntos. Enfrentando todas as merdas que vierem?

- É claro que eu quero Bruno. É o que mais quero agora.

Ele me cobriu de beijos e fomos nos encaminhando para a cozinha. A fome nos dominava e não tinha nada para comer, claro.

- E agora Carlinhos? O que a gente faz?

- Pede uma pizza uai, é o que dá pra fazer.

Bruno ligou e enquanto a pizza não chegava ficamos juntos. Ainda teve tempo do meu celular tocar por um número restrito:

- Alô?

- Carlos, onde você tá?

Era meu pai. Sua voz só me lembrava de tudo que eu havia ouvido há algumas semanas atrás, as humilhações, suas colocações ofensivas.

- Estou longe, por quê?

- Sua mãe está louca de preocupação e você diz que está longe? Tá esperando o que pra voltar pra casa, Carlos?

- Esperando você sair dela. Vai rolar?

É, eu estava bem irônico. Mas era isso que ele merecia.

- Olha como você fala comigo garoto. Você tem 48 horas pra voltar pra casa, antes que eu dê um jeito de te buscar onde quer que você esteja.

Que saco aquilo tudo. A campainha tocou e eu estava bem mais afim de comer a pizza né.

- Boa noite.

Desliguei o telefone. Bruno pagou a pizza e nos juntamos no sofá para comer. Nesses momentos o ogro voltava, não tinha como. Ele pegava a pizza com a mão, dobrava a fatia e mordia com uma violência que me dava medo. Não conseguia nem comer direito só prestando atenção na cena grotesca:

- Que foi? Vai deixar de comer pra ficar me olhando? Sou muito gato né?!

- É sim, mas eu tô olhando pro seu jeito exótico de comer.

Rimos juntos.

- Carlinhos, eu ainda não sou mestre de etiqueta né.

- É, você continua sendo um ogro. Meu irmão ogro.

- Todinho seu.

Nos beijamos e terminamos de comer rapidinho. Estava uma delícia. Não só a pizza como o momento. Dos sonhos!

- Carlinhos, gostou do presente?

Nós já usávamos as correntinhas e eu tinha amado o presente.

- Claro amor, adorei. São lindas e a iniciativa foi perfeita.

- Eu te amo Carlinhos, muito.

- Eu também Bruno. Te amo muito!

Nos beijamos novamente e o clima começava a esquentar. Sua boca caminhava pela minha, ia em direção ao meu pescoço. Sua língua brincava com meu corpo e eu delirava sentindo um prazer enorme. Em segundos já estávamos de cueca, nós dois. Aquilo era amor, de verdade. Sua boca chegava até minha bunda e nesse momento eu travei:

- Acho melhor a gente parar, Bruno.

- Não. A gente vai continuar e eu promete que vai se maravilhoso.

Decidi confiar, pois eu também queria. Me virei novamente e ele voltou a sua boca para onde estava. Eu sentia muito prazer com aquilo e ele sabia disso. Beijava, mordia e usava bem sua língua e boca. Aquilo estava maravilhoso.

O Irmão Ogro 1ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora