Capítulo 17 - Segundas Explicações

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DANTE


Brooks ri baixinho e eu faço uma careta em sua direção. Annelise me olha com as sobrancelhas levantadas e pigarreio antes de me explicar

- Cara – fecho a boca de novo quando Graham aparece em frente à porta – Juro para você, mas acho que um cara se ofereceu para mim

Annelise ofega uma risada e cobre distraidamente as orelhas de Luke que ainda continua me olhando parecendo curioso

- Graham... – Brooks começa rindo e Graham continua alheio

- É sério, ele veio até mim e falou baixinho perguntando se eu estava a fim

- Era de drogas – Annelise fala e ele a olha surpreso – Ele estava lhe oferecendo drogas

Graham pisca e arregala os olhos

- Caramba, que maluquice, se eu soubesse tinha aceitado

- Graham! – eu e Brooks gritamos e ele sorri inocente

- Estou brincando é claro – ele diz e se vira para Annelise estendendo a mão – A proposito meu nome é Graham

- Annelise – ela diz sorrindo e reviro os olhos quando Graham beija o dorso de sua mão piscando um olho. Annelise ri e se afasta se aproximando de mim

- Não ligue para ele, a gente já tentou concerta-lo, mas não teve jeito – Brooks comenta apertando sua mão

- Eu não estou quebrado – Graham fala fingindo estar magoado, depois se vira para Luke com um sorriso – E aí carinha? Vamos me ajudar a levar suas coisas? Eu te dou uma carona

Luke olha para a mãe que me olha fazendo uma pergunta silenciosa. Algo dentro de mim se aquece quando ela faz isso e eu aceno com um sorriso pequeno

- Pode ir – ela diz e Luke sorri animado pulando nas costas de Graham que pega suas mochilas e começa a descer com Luke pendurado feito um macaquinho – Obrigada

Olho surpreso para Annelise e vejo com o canto do olho Brooks ir atrás dos dois com as caixas

- Pelo que? – pergunto e ela suspira

- Por tudo eu acho – ela diz e levanta um ombro. Estreito os olhos e me aproximo vendo como ela inspira brevemente

- Não precisa me agradecer e temos que começar a... – Paro sem saber como falar isso, mas ela entende porque sorri

- A ser noivos?

- É, isso – eu confirmo e ela morde o lábio inferior, depois de um segundo ela estende a mão para mim

- Que tal começarmos com amigos?

Sorrio e pego sua mão apertando de leve

- Amigos então Annelise

- Se formos amigos você precisa começar a me chamar de Liz – ela diz divertida e eu aceito.

Porque eu estou aceitando qualquer coisa que nos possa colocar em algo equilibrado e seguro.

E ser amigos era seguro.... Não era?

- Liz então – falo e ela assente mais relaxada

- Agora vamos lá colocar essas caixas e....

- Cacete – levanto as sobrancelhas surpreso e vejo a careta de Liz

- Antonella! – Liz diz em uma reprimenda e vejo a cabeça de Antonella aparecer, ela faz uma careta e vem até nós

- Desculpe, mas cadê aquela sua cola? – ela pergunta e Liz franze a testa

- Que cola? A de sapato?

- Sim, ela mesmo

- Porque? O que você já fez? – Liz pergunta colocando as mãos no quadril. Olho divertido as duas mulheres

- Eu quebrei a porcaria do abajur florido de Wendy, preciso consertá-lo

- Não vai conseguir isso com uma cola para sapato tia – Liz suspira – Eu usei para colar a sola do meu sapato e não para concertar coisas da casa

- Bom, você nunca saberá se não tentar – Antonella resmunga em resposta e eu olho com a testa franzida para Liz, para o que ela falou antes – Me mostre onde está e eu faço minha magica

Liz revira os olhos, mas aponta para onde está a cola e alguns segundos depois Antonella já se enfiou dentro do quarto trancando-se junto com uma cola para sapato

- Desculpe, eu juro para você que elas foram diagnosticadas como normais – Liz diz e eu dou risada fazendo com que ela sorria em resposta

╠♥╣

Com os dois carros meio cheios e as novas moradoras dentro do carro, nos nós separamos. Wendy, Liz e Luke comigo. Antonella e Grazi com Graham e Brooks.

Liz termina de fechar a porta depois de Antonella e Grazi entrarem e elas acenam se despedindo. Aceno para Graham e ele sai sorrindo enquanto vai em direção à minha casa.

- Prontas? – eu pergunto e Liz acena, Wendy entra atrás e eu pego a mão de Luke colocando-o ao lado dela, passo o cinto colocando de forma um pouco apertada e ele sorri para mim daquele jeito que crianças sempre fazem.

De forma verdadeira e simples

Liz entra no banco da frente e eu fecho a porta indo para o banco de motorista, dirijo devagar e vinte minutos depois paramos em frente a casa. Vejo Liz inclinar a cabeça e logo em seguida um sorriso brota em sua boca.

- O que foi? – pergunto curioso e ela aponta para a casa de dois andares de cor branca com tons claros

- Essa é a sua casa?

- Sim – eu falo e estreito os olhos – Porque?

- Porque foi bem ali que eu achei o relógio – Liz aponta para duas casas ao lado da minha e eu me inclino para frente

- Você disse que tinha achado de frente a uma loja

- Disse – ela afirma e desce do carro. A sigo e praguejo vendo uma placa sinalizando uma pequena loja de bijuterias. Liz estala a língua balançando a cabeça de forma divertida – Isso é um tantinho constrangedor

- Muito engraçado – eu falo e ela ri me chamando atenção

- Está tudo bem grandalhão – ela bate em meu ombro casualmente e eu me viro para ela

- Desculpe – simplesmente falo e ela entende porque inclina a cabeça sorrindo

- Está perdoado

A Mentira PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora