Margô e Yao chegaram no pronto-socorro em tempo record. Encontraram Wei sentado na sala de espera. Espanto e perplexidade definiam o que os dois sentiram ao ver o estado do amigo. Ela respirou fundo tentando segurar o choro, precisava ser forte.
"Meu deus! Quem fez isso com você?" ela tentava encontrar uma forma de ajudá-lo a levantar-se.
"Posso ficar na sua casa hoje?" a voz dele era fraca.
"Claro meu bem! Avisaremos seus pais, eles devem estar preocupados."
"Por enquanto não conte nada, por favor!"
Doía ver seu amigo naquele estado. Ela concordou com seu pedido e apenas tranquilizou a família sem nada comentar. A caminho de casa compraram os medicamentos receitados, só então Wei encontrou o dinheiro em sua carteira. Ele tinha certeza que se houvesse alguma quantia não passaria de trocados. Não falou nada, aquele fato era apenas mais um entre tantos ocorridos naquele dia.
Devidamente acomodado no quarto de Meng Yao, ele contou tudo o que acontecera aos dois irmãos.
"Precisamos ir à polícia denunciá-lo. Esse homem é perigoso. E se ele tentar te matar novamente?" Margô estava revoltada.
Wei quis rir, mas a dor o impediu de continuar. Segurou a mão da amiga e lhe contou como o delegado reagiu diante do comentário que ele fez sobre Lan Zhan.
"Ninguém irá acreditar. Não temos o que fazer, minha única chance é que ele tenha ficado satisfeito com o que fez."
"Compreendo meu amigo. Passamos por situação semelhante ao pedirmos ajuda da polícia para lhe encontrar. Todavia, é revoltante esta realidade." Yao estava indignado.
"A impunidade não tem limites para acobertar crimes de quem tem muito dinheiro. É frustrante, mas também é um incentivo para seguirmos em frente. Eu não vou me entregar, encontrarei alguma solução!
Margô não podia deixar passar sem comentar um assunto muito delicado e assim ela o fez.
"Desculpa falar desta forma, todavia você foi muito imprudente se envolvendo com mulher comprometida. Não estou lhe reconhecendo."
"Mas eu não sabia que ela era noiva!" Wei falou com os olhos arregalados.
"Que bela bisca você foi arrumar! Onde foi parar a garota tímida e virtuosa que você tanto gabava?"
"Margô. Pelo amor de deus! Não é assim também. Ela foi apenas uma vítima da família."
"Pelo amor de deus, digo eu! Uma vítima por 2 anos? Uma vítima que flertou abertamente contigo por 3 meses? Que teve todas as oportunidades de contar a verdade? Quer saber, não digo mais nada." Ela suspirou desanimada pela lerdeza do amigo. "Agora vamos dormir, você precisa descansar e colocar essa cabeça no lugar."
Eles concordaram e Margô se retirou apagando a luz. Na penumbra do quarto, Wei olhava para o teto. Lágrimas escorriam no canto dos seus olhos. O que mais lhe doía era ter se enganado tanto. Acreditou que por mais que Lan Zhan o ameaçasse, no final não teria coragem de machucá-lo. Se entregando ao efeito dos analgésicos ele mergulhou num sono agitado.
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Lan Zhan parou nos portões de sua mansão e proibiu a entrada de qualquer um que não fosse empregado da propriedade. Os guardas não ousaram questionar, mas estranharam o estado do patrão e o fato dele ter voltado dirigindo sozinho sem escolta.
Não querendo encontrar ninguém o CEO foi direto para o anexo, trancando-se lá. Na tentativa desesperada de parar aquela dor que sentia, começou a beber feito um louco.
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Nos braços da maldade
FanfictionTodos temos segredos, aqueles que escondemos e também os que são escondidos de nós. Lan Zhan cresceu em meio a uma rede de mentiras. Se tornou a cópia fiel de seu tio Lan Qiren, um homem frio, cruel e com apenas um objetivo: o poder. Playlist da Fan...