Capítulo 18 - Uma noite de fúria

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🚨🚨AVISO DE VIOLÊNCIA E ABUSO NESTE CAPÍTULO🚨🚨

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Com grande euforia, Wei viu o carro que o levaria ao hospital parado diante do anexo. Xue Yang ao volante e Xingchen do lado de fora esperando por ele. Mas ao se aproximar do carro algo lhe chamou a atenção. Alguns metros à frente, Lan Zhan descia as escadarias da mansão com Wen Ning ao seu lado. Sério e de cabeça baixa ele parecia estar com o pensamento muito longe dali.

Wei congelou e permaneceu olhando fixamente para o maior. Até que por alguns breves segundos, seus olhares se cruzaram. Ele sentiu um choque percorrer seu corpo. Despertou daquele transe ao ver Lan Zhan virar seu rosto e entrar no carro. Ele foi literalmente desprezado.

Ele não queria dar importância ao fato. Se Lan Zhan o ignorou e não o procurou mais, foi porque perdera o interesse. Certamente ele logo seria mandado embora, tal pensamento não ajudava em nada. Pelo contrário, só o deixou mais confuso e apreensivo.

Procurou se focar em seu itinerário. Como era cedo, antes de ir para o hospital daria uma volta sem rumo pelas ruas da cidade. Ele não desistira de procurar por seu irmão, nunca faria uma coisa dessas.

Infelizmente, a busca por Cheng só lhe deixou frustrado. Em compensação, reencontrar sua mãe mesmo que tenha se passado apenas um dia, lhe aqueceu o coração. As enfermeiras contratadas para cuidarem da paciente realmente eram excelentes profissionais, educadas e atenciosas. Após matar as saudades, Wei notou um arranjo de orquídeas muito bonito sobre a mesa.

"Que lindas flores, Niáng!"

"Oh, hái zi, foi seu patrão que enviou."

"Que homem mais atencioso! Estou ansiosa para a Niáng conhecê-lo" Yanli falou entusiasmada.

Estampando uma careta ele foi até o arranjo e leu o cartão.

"Meus mais sinceros votos de melhoras. Lan Zhan."

Sua vontade era de amassar e engolir o cartão, tamanha era a raiva que sentia. Mas de que forma explicaria sua atitude tempestuosa para elas? Como aquele homem podia ser tão cínico? Sem dúvidas, Wei jamais conhecera ninguém como o ele. Em menos de 24h foi lhe mostrado um mundo que ele sequer imaginou existir. A sensação que tinha era de se agarrar desesperadamente a um frágil galho, enquanto um tsunami tentava lhe engolir. Este desastre natural tinha nome e sobrenome... Lan Zhan!

Mais um dia chegou ao fim e seu contratante não apareceu. Era alta madrugada quando Wei ouviu barulho de carro. Pulou da cama e olhou discretamente pela janela do quarto. Pôde ver Vicenzo e Wen Ning auxiliando Lan Zhan a subir as escadarias, ele cambaleava e falava alto coisas que Wei não conseguia entender.

O maior tentou ir em direção ao anexo, várias vezes, mas os amigos lhe impediram. Foi uma luta fazê-lo entrar na mansão. Suspirando tristonho, Wei voltou para cama. O restante da noite foi agitado com sonhos desconexos e angustiantes.

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A quinta-feira amanheceu cinzenta. Wei estava a mesa do café quando Wen Ning chegou ao anexo.

"Bom dia, Wei Ying!"

"Bom dia!"

"Dormiu bem?" perguntou o assistente notando suas olheiras.

"Na verdade, não dormi nada bem. Também o fato do seu patrão chegar de madrugada fazendo escarcéu não ajudou em nada. Ele sempre age assim?"

"Infelizmente ele bebe bastante. Piora quando ele está bravo ou triste com algo."

Nos braços da maldadeOnde histórias criam vida. Descubra agora