Capítulo 31 - Juro, eu não sabia!

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Qin Yuè encontrou Soo-min no corredor, ela carregava uma bandeja com uma xícara de chá. Sua feição era a própria calmaria em pessoa.

"Pare de gritar menino, não sou surda!"

"Tia, ajuda! O Wei está chorando. O Patrão! Ai meu Deus, o patrão..."

"Calma, meu querido! Tudo vai se resolver. Vá tomar um leite morno, deixei servido na mesa da copa. Depois, direto para seu quarto" ela falou com voz calma, mas com autoridade.

Assim como Wei, Qī Yuè mudou-se para a mansão deixando a ala dos empregados. Era tratado pelo casal como se fosse um filho.

Qin Yuè permaneceu calado e fazendo bico saiu em direção ao andar inferior. Contrariar a tia Soo-min estava fora de cogitação.

Calmamente, ela continuou seu caminho até o quarto de Lan Zhan. Bateu levemente e entrou. Encontrou Wei afundado entre os travesseiros soluçando.

"Meu menino, olha aqui para essa velha. Trouxe um chá calmante. Vamos, sente-se. Precisamos conversar."

Lentamente, Wei sentou-se na cama com as costas escoradas entre os travesseiros. Seus olhos estavam vermelhos e inchados. Não falou uma única palavra até tomar todo o chá, apenas suspiros profundos eram dados a todo momento.

"Criança, você precisa ser forte a partir de agora. Te falei que os tios de Lan Zhan são pessoas do mal. Eles já sabem da sua existência e farão de tudo para tentar separá-los."

"Por quê? Eles nem me conhecem. Estou disposto a conversar, tenho certeza que ao me ouvirem mudarão de opinião."

"Oh, quanta pureza de coração você tem. Quero que pare e pense no que vou te dizer. Toda maldade e crueldade que conheceste nas mãos de Lan Zhan, não se comparam a que eles possuem" ela parou e analisou o terror que transparecia no olhar do garoto. "Não quero te assustar, e sim que você consiga entender a gravidade da situação. Não seja ingênuo, seja esperto!"

"Não quer me assustar? Jura? Então o que farei contra pessoas tão poderosas?"

"Primeiro ouça o que meu menino tem a lhe dizer. Ele é tão vitima quanto você, posso te garantir! Zhan chegou, deixarei vocês conversarem. Depois nós continuamos. Tomarei algumas providências, não se preocupe" ela falou dando uma piscadinha. Beijou o topo da cabeça de Wei e saiu calmamente do quarto.

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Lan Zhan entrou na mansão apressado derrubando o que tinha pela frente. Acreditando que ninguém ali soubesse o que acontecera.

Qin Yuè que estava a caminho de seu quarto parou no patamar da escadaria ao ver o patrão subindo apressado.

Assim que notou o semblante sério do menino seu coração errou uma batida, e o que ouviu a seguir acabaram de vez com suas esperanças.

"Muito bonito, hein. Que decepção, patrão! Me deve um celular!" Qin falou com cara de bravo, mostrando a tela quebrada e saindo sem esperar pela resposta.

Não tinha mais jeito, Wei Ying já descobrira. Mesmo com receio continuou seu caminho, não poderia perder tudo o que lutou tanto para conquistar. Viver sem ele não era mais opcional.

Encontrou Soo-min saindo do quarto. Ela abriu os braços para ele que se refugiou naquele carinho.

"O que eu faço?"

"Conte a verdade, somente a verdade... O amor que os une é maior que você imagina. Agora entre ele precisa dos teus cuidados."

Sem questionar, Zhan obedeceu. Encontrou Wei sentado na cama, com o rosto inchado pelo choro e os olhos avermelhados. Assim que o pequeno pôs os olhos nele, suas lágrimas voltaram a rolar.

Nos braços da maldadeOnde histórias criam vida. Descubra agora