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━━ ADRIEN REALMENTE SABIAcozinhar e aquilo foi uma descoberta que surpreendeu Marinette. No fundo, ela achava que Adrien não sabia fazer muita coisa. Pensava que ele era do tipo que preferia viver rodeado por cozinheiras e governantas.
Mas era o contrário.
Na realidade, Adrien vivia em um apartamento um quanto mediano e sem todo o luxo que ele poderia ter. Era um local limpo com uma bela vista e parecia ser suficiente para ele. Ela se ofereceu para ajudá-lo com a comida, mas ele não aceitou.
Disse que ela era a convidada e ele iria a surpreender, algo que ele conseguiu.
A comida estava gostosa. Ela o assistiu cozinhar e achou fofo o modo que ele parecia concentrado enquanto temperava o almoço e tentava montar uma mesa bonita. Sim, Adrien Agreste era ainda mais fofo do que ela um dia imaginou.
Ela gostou daquilo.
— Sabe que não precisa me ajudar com a louça, não é?
Adrien murmurou. Marinette estava ao lado dele na cozinha, segurando um dos pano de prato. Ela riu, enxugando o prato que ele passou para ela antes de colocá-la junto aos outros no canto do balcão.
— Vou me sentir um tanto sem graça se eu não te ajudar em pelo menos alguma coisa. — Ela suspirou, enxugando um dos copos que ele entregou para ela. A Dupain-Cheng desviou o olhar para ele, sorrindo de maneira doce. — O almoço estava muito bom. Você cozinha bem.
O elogio dela foi suficiente para deixar Adrien com as bochechas coradas.
Normalmente, ele não cozinhava para todas as pessoas. Ele estava mais acostumado a cozinhar nos finais de semana quando não tinha vontade de sair em busca de um almoço e não queria encomendar algo pronto.
Aquele elogio realmente o pegou de surpresa, afinal Adrien não se considerava um cozinheiro tão bom assim.
Ele abriu um pequeno sorriso, tímido, enquanto passava os pratos na água.
— Obrigado, eu.... aprendi o necessário. — Ele deu de ombros. — Uma droga a lava-louças estar com defeito. Poderíamos ter usado ela....
— Bem, às vezes nem tudo é tão prático assim.
Riram.
— É mesmo. Eu nem tinha reparado. Eu sempre viajo por causa de desfiles e ensaios, normalmente como em restaurante ou na empresa do meu pai. Cozinho bem.... às vezes mesmo. — O loiro suspirou. A encarou com um sorrisinho um tanto envergonhado.. — Acho que sou um péssimo dono de casa.
— Sua casa é bem arrumada para um péssimo dono de casa. Não se diminua assim. — A mestiça se encostou contra a pia quando terminaram a louça. Adrien lavou a mão antes de enxugá-la em um dos panos de prato. — Mora sozinho faz tempo?
— Desde que completei vinte anos. — Adrien suspirou. — Não tanto tempo assim, mas.... o suficiente para aprender truques e assistir vários vídeos de DIY.
— Algum deu certo?
— A maioria não, mas relevemos isso.
Trocaram um olhar e um sorriso. Acabaram se encarando.
E, devagar, se aproximaram.
Eles perceberam aonde aquela aproximação vagarosa levaria. Percebeu o que fariam. Sentiram os corações acelerados, mas não tinham vontade de desviar ou mudar a trajetória que pareciam criar naquele momento.
Foi com aquela lentidão que os lábios deles se tocaram, encostando-se com timidez. Eles se separaram com rapidez, mas então voltaram a se olhar. Marinette e ele sentiram a mesma coisa. Era uma necessidade por mais, para saciar o que aquele pequeno beijo não havia conseguido saciar.
Por isso, eles voltaram a se aproximar. Trocaram um beijo gostoso, intenso. Algo que pareciam necessitar. Se separaram quando necessário e logo em seguida voltaram a se beijar.
Quando pararam, Marinette voltou a se encostar na bancada. Adrien e ela desviaram o olhar, um tanto sorridentes.
Ela riu.
— Isso.... isso foi bom.
Adrien murmurou, Marinette assentiu.
— Realmente....
Trocaram outra risadinha. Estavam tímidos. Não estavam acostumados a beijos tão repentinos. Agora, também não sabiam bem o que dizer. Tinha algo que poderiam dizer naquele momento?!
Eles não faziam ideia!
— Você.... tem aula à tarde?
Adrien perguntou. Marinette meneou a cabeça.
— Não, eu 'tô livre. Por que?
— Quer sair? Digo.... tomar um sorvete ou.... ir ao cinema. Também podemos só conversar.
Marinette riu.
— Olha.... um sorvete seria uma boa sobremesa. Podemos ir conversando durante o caminho, também....
Ela murmurou, escorregando a mão novamente apoiada no balcão até ela se encostar na do Agreste. Sorriu um tanto sem jeito quando ele puxou a própria mão somente para colocá-la sobre a dela, apertando com delicadeza após entrelaçar os dedos aos dela.
