✨Dhampir✨

6 3 0
                                    


Ouvi os gritos e de imediato corri em direção ao lugar de onde vinha o pedido de socorro, aquela cena era tudo menos normal, meu pai estava sobre uma mulher loira, ela gritava desesperadamente, de início pensei que ele pudesse estar a ajudando, mas não, era ele o agressor, havia sangue em suas mãos, em sua roupa, e o pior, havia sangue em sua boca…

– Ai cassete! Porque há tantos mosquitos por aqui?!

Sou Ally Smith, não tenho o sobrenome do meu pai, ao menos essa graça me foi concedida, moro sozinha em um pequeno apartamento mais afastado do centro da cidade. Nem sempre morei aqui, mas fui obrigada a estar onde estou, na verdade fugi da casa dos meus pais depois de ter presenciado a morte de meu pai, foi a minha mãe quem o matou, não tenho um pingo de raiva ou tristeza por isso ter acontecido. Em todos os romances que encontro na velha biblioteca da escola, vampiros costumam ser mais gentis, ou no mínimo educados, isso meu pai (Héctor) não era. Não sei o que mamãe viu naquele vampiro desgraçado dos infernos. Vampiro? É isso mesmo, eu era filha de uma humana desorientada e de um vampiro mal caráter. Dhampir, é isso que sou, uma híbrida. O assassinato do meu pai não foi exatamente o motivo pelo qual saí, vampiros morrem vítimas de assassinato por diversas vezes, isso é normal. Minha mãe (Jenna), assinou um contrato para que pudesse pagar todas as dívidas que o maldito do Héctor deixou, porém, o acordo foi feito com gente da mesma laia do defunto, se ela não conseguir pagar essa porcaria até o prazo, EU serei posse exclusiva desse chupador de sangue, há! Mas nem morta! Só descobri da existência do contrato no dia em que Héctor morreu, Jenna lhe deu algo para beber, que o deixou inconsciente, teve tempo suficiente para colocá-lo dentro de um caixão,(antes disso ela simplesmente o deformou, foi horrível, ela usou um único pedaço de madeira, era uma tábua grossa e não muito grande, ele ficou irreconhecível) e depois ateou fogo nele, só as cinzas restaram. A parte em que ele queimou e blablabla, soube pois ela mesma me contou, com tanta calma que pensei estar tendo um simples pesadelo, mas não, como ele foi, ela também se tornou, um monstro. Fugi de Scormen com algumas peças de roupas e pouco alimento, me estabeleci em Lagos há somente três anos atrás, sei que o prazo do contrato infernal acabará no mês seguinte, e não sei como vou escapar se descobrirem onde estou. Chego na escola, o caminho é razoavelmente perto, logo tiro os fones que estava usando e me sento no lugar de sempre. Não tenho amigas, meu olhar as assusta, sei disso. As vezes olho ao redor e chego a admirar a ignorância, queria eu ser um humano comum, não uma híbrida fugitiva. A aula é entediante como sempre, este é meu último ano aqui, minha imortalidade não ajuda muito, mas qualquer sinal de estranheza e eu dou fora daqui. Trabalho pintando quadros, pode parecer gozado, afinal na mente da maior parte dos adolescentes, os vampiros são seres sedutores e sanguessugas, ok, eles estão certos, mas nem sempre, claro eu também não sou 100% vampira, e não bebo sangue humano, diariamente consumo uma pequena porção de sangue animal, mas é bem pouco mesmo, ou eu morreria desidratada, se para os humanos água é preciosa, para mim sangue é vida. Apesar da imortalidade, não posso ler mentes e não tenho um trisco só de agilidade, pois não bebo sangue suficiente para ter energia para tudo isso, e nem quero, só desejo uma vida normal. É uma pena não poder me livrar da imortalidade também. Após o período de ensino acabar, volto para casa com passos lentos. No caminho há dois babacas, um é gordo e usa um boné para trás, o outro é… sei lá, só sei que se eles se aproximarem mais um pouco vão acabar dentro de um caixão como o Héctor!

– E aí fofinha?

Diz o cara de boné, tento desviar dos dois mas eles continuam me seguindo.

– Para um pouquinho pra gente bater um papo.

Emenda o outro desconhecido. Continuo andando, nessas horas até que eu queria ter velocidade. Eles me alcançam, uma mão nada carinhosa aperta meu braço e eu paro de andar, antes que eu possa dar um soco naquele desgraçado, outro alguém dá por mim. O rapaz que acompanhava o gordo correu, mas logo foi atingido com uma voadora surreal desse desconhecido que me ajudou com o primeiro. O cara que me livrou dessas duas merdas ( não que eu não pudesse me livrar deles, gosto de fazer um charme sabe… pra só então ir pra cima com tudo) os deixou inconsciente, e rapidamente veio até mim, me puxando pela estrada até ficarmos distantes do local.

– Quem é você?

E aí galera? Fiz questão de começar no clímax! Pode isso Brasil?? Nessa história, estou tentando de toda forma espantar os momentos de tédio e bloquear momentos desnecessários o máximo possível. Se gostarem desse primeiro capítulo, me ajudem com a estrelinha, receber o retorno de vocês é importante! Aberta à dicas. ✨

DhampirOnde histórias criam vida. Descubra agora