✨Dhampir✨

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Ally Smith

Acordei sonolenta, mas em pouco tempo me levantei, pensei um pouco sobre a noite anterior e notei: Meu coração se meteu em algum lugar sem me dar aviso prévio, e não sei como vou tirá-lo seja lá de onde for. Depois de um longo banho, peguei um vestido azul ciano justo, que ia até os joelhos sem detalhes alarmantes, calcei uma sapatilha preta que havia ali também, prendi o cabelo em um coque bagunçado, eram 09:00 horas da manhã, desci devagar pelas escadas, na sala havia uma mesa redonda e comprida, todos estavam comendo, ao que parece, o pai deles ainda não se faz presente.

– Bom dia minha querida!

Me cumprimentou minha "sogrinha".

– Bom dia.

Respondi educadamente.

– Sente-se aqui.
– Sente-se aqui.

Disseram os irmãos em uníssono. Pisquei atônita, Lexia riu para quebrar o clima tenso que se alojou no ambiente. Então eu disse:

– Vou comer na cozinha, com licença.

Com isso saí, Thara me serviu um verdadeiro banquete. Quando estava bebendo meu suco de graviola, Lexia entrou e sentou ao meu lado.

– Pode nos dar licença Thara?
– Claro senhora, se precisar de algo…

Então saiu, olhei para Lexia com as sombrancelhas erguidas.

– Quero te deixar a par do baile, só isso.
– Que baile?
– Haverá um baile a máscaras no dia do aniversário das minhas crianças.

Ri com isso "minhas crianças".

– Eles comemoram o aniversário no mesmo dia?

Perguntei.

– Completam ano no mesmo dia. Eles não são gêmeos, só foi coincidência eu tê-los no mesmo dia e no mesmo mês, porém, em anos diferentes.
– Quantos anos eles tem?
– Muitos anos querida.
– Hum. Quando será o baile?
– Mês que vem. Você não irá mais a escola, não necessita, então poderá se preparar e como os jovens dizem, curtir mais o seu tempo.
– Como assim não preciso da escola?
– Não se preocupe, aqui está seu diploma.

Ela me entrega e começo a sentir que ter vindo parar aqui pode ter valido a pena.

– O que há entre você e Carter?

Ela perguntou, diretamente.

– Já colocaram uma porta no meu quarto?

Desconversei.

– Aquela porta era uma relíquia, você se importa de dormir em outro só por enquanto?
– Por mim tudo bem, desde que haja porta.
– Pode terminar sua refeição, vou indo.
– Obrigada.

Ela sorriu e saiu. Me enfurnei dentro da biblioteca o dia inteiro, Thara deixou minhas refeições onde eu estava, era realmente muito prestativa, mas não acredito que só há ela de empregada nesse casarão, provavelmente não reparei nos outros. Eram 10:17 da noite quando recordei de que dormiria em outro quarto, e a bendita da minha "sogrinha" não me disse qual era. Estava bocejando demais, quando encontrasse o quarto me jogaria na cama e dormiria como os mortos, como costumo fazer. Ri com o pensamento. Bati em uma porta, imaginei ser de Lexia, já que era maior que as outras. Ela abriu.

– Precisa de algo querida?

Mesmo que não fosse completamente verdadeira, estava começando a gostar da atitude dela de me chamar por "querida", minha mãe só foi amorosa comigo quando eu era criança e ainda assim, ela pouco me dava atenção.

– Qual o meu quarto temporário?
– Qualquer um que quiser, dica: esse quarto a minha esquerda.

Ela disse maliciosamente. Ok, para aquele quarto eu não iria! Quando ela fechou a porta fui em direção ao quarto que estava à direita, bati, não havia ninguém então entrei.

– Minha nossa!

Exclamei e me virei de costas. Carter estava só de toalha.

– O que está fazendo aqui?

      Carter Gaspar

Ela ficou tão surpresa ao me ver de toalha, tive que me segurar para não rir. Ela me respondeu nervosa, uma palavra atropelando a outra.

– Queria um quarto com porta sua mãe me disse que podia escolher qualquer um me indicou o do lado mas desconfiada entrei nesse bati ninguém veio pensei estar desocupado desculpe entrei e invadi sua privacidade!

Rindo eu disse:

– Calma Ally, está tudo bem, inclusive, pode dormir aqui se quiser.
– Hum…
– A minha cama é enorme, mas posso dormir no chão se você preferir.
– Só se vista primeiro.

Percebi que ela não falaria comigo até que eu me vestisse, então foi o que fiz.

– Tem muitos outros quartos, não vou te incomodar.
– Ally, você não me incomoda. Fique.
– Se eu te chutar dormindo, a culpa é sua.

Ela sorriu! Aquele sorriso meio indeciso e cheio de charme! Ela disse que trocaria de roupa no seu quarto e viria logo. Quando voltou, usava um vestido fino de alça, cor de pele, que deixava seus braços não muito pálidos a mostra, ele estava pouco acima do joelho e era solto.

– Tenho cara de espelho?

Ela ironizou, com as mãos na cintura. Parei a minha "análise" quando vi uma cicatriz, um "X" fino e claro pouco abaixo da clavícula esquerda, mas muito bem feito. Ela deu de ombros e falou:

– Sou híbrida, certos arranhões ficam para sempre, não se curam mesmo com o tempo.
– Ally, Isso não é um arranhão, sei disso

Quem a teria marcado? Ela passou por mim e foi direto para cama.

– Quero dormir, desculpe.

Ela se cobriu e fechou os olhos, deitei ao lado dela sentindo seu aroma, seu cheiro tão puro, suave e inebriante.

Eeeeeita nós! O que significa o "X" na pele de Ally? Próximo capítulo vocês conhecerão mais um pouco do que ela sofreu.

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