Capítulo 16

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Encontrei com ela toda animada, descendo com um bolo de aniversário nas mãos

- Vamos logo ele já vai voltar!

Fiquei confusa voltei pra baixo e comecei tentar mexer no celular dele, enquanto todos se movimentavam para fazer uma surpresa, a Aysha se aproximou falou sobre aquilo, eu não dei atenção, ela falou surpresa

- Tá procurando oque aí?

- Esse celular é de quem eu tô pensando?

Fiquei quieta achei as mensagens, tinham várias conversas com meninas e pareciam " normais ", eu não queria cobrar dele algo que nunca tive direito, mais quando entrei nas conversas dele com a Pâmela, vi coisas que não gostei, fotos íntimas dela, conversas falando de sexo e pelo oque entendi já tinha acontecido entre eles, ele estava desabafando cheio de intimidade, falando sobre a mudança e a perda da mãe, fiquei impressionada sem nem piscar lendo tudo bem rápido, aquilo me doeu muito, eu nunca nem tinha me sentido daquele jeito antes, a Aysha falou me dando um sacode

- Rebeca não faz isso, eu não concordo com essa invasão de privacidade.

- Se rolou algo foi antes de acontecer com você!

- Não procura porque você vai achar, se magoar e não vale a pena. Rebeca?

O Neto estava descendo, gritaram surpresa começaram cantar parabéns, ele ficou super feliz comemorando com eles, naquela hora fiquei cega de raiva, derramei uma única lágrima e já enxuguei, a Aysha segurou no meu braço, falou que era pra eu respirar e ir no banheiro com ela, perguntei se ela sabia quantos anos eu tinha, ela respondeu confusa

- A idade do Neto. Sei lá?

- Eu sei que parece ruim, mas é normal que as pessoas fiquem.

- Vocês são muito amigos e eu entendo que dá ciúmes!

Eu estava olhando séria de longe ele muito próximo da Pâmela, fui me afastando

- Vou embora, devolve o celular dele por favor!

Fui saindo pelos fundos, ela correu até o Júlio entregou o celular do Neto sem falar nada e saiu correndo atrás de mim me gritando

- Espera, vou com você.

- Meu carro tá ali, anda logo!

- Vamos sair dessa festa horrível.

Corremos até o carro, quando ela saiu andando deu pra ver o Neto e o Júlio saindo na rua correndo atrás da gente, ela começou rir dirigindo cada vez mais rápido

- Ele não vai me alcançar, se tentar.

- E agora onde vamos?

Perguntei que carro era aquele, ela falou orgulhosa

- Nove pontos no braço, dias e noites andando de carona ou busão por castigo dos meus pais, menina você precisa de redes sociais viu?

- Esse carro é meu, eu bati correndo e ele estava no conserto a muito tempo.

- Mais o meu bebê voltou melhorado, econômico não, mais ele anda muito, se quiser te dou uma amostra.

Falei surpresa que era melhor não, saímos da estrada de terra, ela foi acelerando aumentando a velocidade

- Eu bati por bobeira, não precisa ter medo, sabia que dependendo de com quem você está tirando racha, se um dos dois bater, ninguém ganha.

Falei que não sabia, ela perguntou se podia andar mais, falei que sim, ela começou contar a história do carro dela, disse que já sabia pra onde íamos, mais que era um pouco longe e muito louco, sorri pensativa

Paraíso Sombrio ( CONCLUÍDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora