Capítulo 33

157 35 14
                                    

Peguei minha bolsinha com dinheiro celular e saí rindo das graças dele, ele falou que não ia me deixar dirigir porque já estava tarde, perguntei tarde pra que, ele respondeu

- Pra aproveitar seu dia, você comeu?

- Tá com fome? Deixa pra lá, não vai dar tempo mesmo. Eu comi, isso que importa!

Fomos andando cada vez mais longe, ele já tinha pego a habilitação, me levou pra outra cidade em uma exposição de carros antigos, fiquei muito animada eu amava aquilo tudo, super entretida nem lembrei de querer comer, ele correu comprar coisas pra mim, disse que íamos almoçar em um restaurante no shopping, falei surpresa

- Eu nunca fui a um shopping!

Ele respondeu irônico

- É, eu sei. Por isso vou te levar hoje!

- Quero que seja um dia especial, dezoito anos é importante, né?!

Falei que estar com ele era importante, ele disse brincando

- É mesmo, não é qualquer uma que tem a sorte de ficar com alguém como eu.

Durante o passeio todo ficamos próximos de mãos dadas, nos beijamos, ele tirou muitas fotos minhas, em todos os carros que gostei, fiquei encantada com um em especial, falei que um dia ia ter um daquele, azul com bancos de couro, ele gostava mais de carros modernos e eu carros antigos, ficou me chamando de pré histórica, foi incrível nosso passeio, depois no shopping ele me mostrou as opções de onde podíamos comer, falei que estava perdida, ele perguntou se eu confiava nele, dei um beijinho

- É lógico que sim. Eu confio a minha vida a você!

- Vai aprontar comigo né?

Ele disse que não, sugeriu que a gente fosse comer onde ele mais gostava, almoçamos em uma batataria, depois fomos no cinema ver um filme de comédia, eu nunca tinha ido e ele tinha ido mais com o Júlio na cidade da avó deles, rimos muito o filme todo, ele não me deixou pagar nada, achei que íamos embora, ele disse que faltava uma coisa, o meu presente, que era pra eu escolher nas lojas, uma roupa um sapato, falei curiosa

- De onde você tá tirando tanto dinheiro? Não é do carro não né?

Ele respondeu irônico

- E de onde mais seria? Vai, vamos escolher seu presente!

Falei que não queria, porque o nosso dia já tinha valido muito pra mim, fiquei me sentindo mal porque a meses ele estava economizando pra comprar seu carro, ele insistiu muito ficou fazendo brincadeira, vendo que eu não ia querer gastar mais nada, falou o valor que tinha guardado e disse que não era pra eu me preocupar, porque ele ia voltar trabalhar certinho e dinheiro era feito pra gastar de qualquer forma.

Ele acabou ficando chateado porque eu não queria escolher nada, entrou em uma loja caríssima, disse que ia escolher sozinho então, acabei comprando uma pulseira com um trevo da sorte, quando ele pagou e eu coloquei, falei para a atendente que queria um colar que vi lá, também com um trevo, comprei e dei pra ele de presente, ele colocou na mesma hora, mesmo reclamando porque gastei, ele gostou do presente.

Fomos embora, ele parou o carro assim que chegamos na cidade, disse que era pra eu aproveitar porque logo só iríamos andar no carro dele e não no do Célio, enquanto eu dirigia ele ficou disperso mexendo no celular trocando muitas mensagens, fiquei desconfiada senti um pressentimento ruim, perguntei com quem ele estava falando, ele respondeu guardando o celular rápido

- Meu pai, ele quer saber se a gente vai sair ou ficar em casa, acho que vamos sair né?

- Por favor?! Ontem você já me deu um bolo!

Paraíso Sombrio ( CONCLUÍDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora