Capítulo 66

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- Brenda Narrando -

Depois de mais algumas rodadas de sexo eu e o Marcelo enrolamos mais um pouco e decidimos ir pra casa.

- Trouxe a minha roupa? - perguntei olhando pra ele

- Claro que trouxe - falou me entregando uma sacola

- Comprei esse vestido só pra isso, depois você vai me dá esse dinheiro - falei me vestindo

- Até parece que não gostou - falou rindo

- Foi diferente - falei dando de ombros - Isso é bom pra você não dizer que não tenho coragem

- Nunca mais eu falo, amor - falou me dando um selinho demorado - Fiquei puto quando o outro carro parou pra você

- Eu estava me cagando de medo - falei rindo

- Jamais que eu ia deixar você lá sozinha - falou e eu sorri

- O cara queria fazer em grupo - falei rindo - Talvez se eu jogasse um valor alto da bom

- Para de graça - falou e eu ri

- E eu não daria pra ser prostituta - falei negando com a cabeça - Tem que ser totalmente submissa e nem goza

- Ué, mas o trabalho delas é satisfazer - falou como se fosse óbvio

- Não sei como eles conseguem sentir prazer, a maioria finge que gosta e eles se preocupam com o próprio gozo - falei indignada

- Não é prazer e sim pra se aliviar, mas tem homem que não liga se a mulher está ou não gostando - falou enquanto saíamos

- Ainda bem que você não é assim - falei aliviada

- Eu sinto um puta prazer em dar prazer - confessou me olhando​

- Por isso combinamos, porque eu amo dar prazer ao meu homem - falei sorrindo e beijei a bochecha dele

- Você nem é possessiva - falou debochado

- Pelo menos sou declarada - falei dando de ombros - Ou tá achando que eu esqueci dos ciúmes com o seu sobrinho?

- É diferente - falou e eu ri

- Muito diferente - falei revirando os olhos

Finalmente chegou meu dia de voltar pra faculdade, não aguentava mais ficar atoa em casa. O professor é tão bom que de cara passou logo um trabalho em dupla, o pessoal começou a escolher as duplas e senti me cutucarem.

- Ei, vamos fazer juntas - um menino falou e de cara percebi que era gay. Chega ser engraçado, eu chamo gay e sempre me dou bem com eles

- Vamos - falei sorrindo - Me chamo Brenda e você?

- Eduardo mas pode me chamar de Dudu - falou sorrindo - E aliás eu adorei seus cabelos

- Originais de fábrica - falei rindo e percebemos que a aula acabou

- Viado, você é linda - falou olhando pro meu corpo - Quero andar com você porque aí os boys que você não quiser eu pego

- Então vai pegar todos porque eu tenho namorado - falei e ele bateu palma animado

- Adorei - falou rindo - Só tenta andar menos bonita pra não me ofuscar

- Ih, impossível porque beleza aqui é lixo - falei e ele bateu no meu braço

- Olha a palhaçada, ridícula - falou rindo

- Tem compromisso? Por que se não podemos fazer o trabalho agora - sugeri e ele concordou

- Vamos nos livrar disso - falou e saímos

Fomos pra minha casa e minha avó adorou ele, acabamos o trabalho no inicio da noite e nos divertimos muito. Levei ele até a porta e quando estava quase entrando o Nandinho surgiu de algum lugar.

- Muito bonito pra você - falou cruzando os braços

- O que? - perguntei sem entender

- Andando com essa bichinha pão com ovo - falou como se fosse óbvio

- Qual o problema com o Dudu? - perguntei tentando entender

- Já chama pelo apelido? - perguntou em deboche - Daqui a pouco abandona a gente

- Você tá com ciúmes? - perguntei segurando a risada

- Claro que não, piranha - falou rápido

- Claro que está - afirmei

- Tô mesmo, a única bicha da sua vida e da Mayara tem que ser eu - confessou

- Sem motivos pra isso, piranha - abracei ele e sorri - Dorme aqui hoje

- Com muito doce? - perguntou me soltando

- Com muito doce - falei sorrindo

- Então aceito - falou entrando comigo

Eduardo Lisboa Neves, 23 anos, estudante de Psicologia.

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