Capítulo 113

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- Brenda Narrando -

Acordei de madrugada com o Marcelo resmungando de dor e até pensei que eu tinha esquecido do remédio mas não era isso.

- Tá doendo? - perguntei preocupada

- Tá incomodando - reclamou fechando os olhos

- Faltam 10 minutos pro remédio, vou te dar logo - falei me levantando

- Ta bom - falou se sentando

Dei o remédio pra ele e quando a dor aliviou ele conseguiu dormir. Acordei cedinho, arrumei umas coisas e fiquei esperando o Marcelo.

- Tá na hora de acordar, vida - falei beijando o rosto dele

- Esses remédios me dão maior sono - falou se sentando na cama

- Mas é pro seu bem - falei sorrindo fraco, odiava ver ele nessa situação - Agora escova os dentes que vamos tomar café no jardim

- Por que? - perguntou sem entender e eu ajudei ele a levantar

- O médico disse que você precisa de ar puro - falei indo com ele pro banheiro - Toma um banho rápido e depois me grita pra te ajudar a descer

- Enfermeira particular? - perguntou um tanto malicioso

- Já tá bom, né, Marcelo? - perguntei dando uma risada fraca

- Pra você sempre - falou dando de ombros

- Nem assim você muda - falei e ele riu baixo

Finalmente o Marcelo estava recuperado, minha sogra foi ontem pra casa e o meninos estão voltando a rotina aos poucos. Não deixei ele voltar ao trabalho ainda o que deixou ele meio chateado comigo mas não posso fazer nada. Assim que entrei em casa fui atrás dele e achei o mesmo no jardim.

- Não posso mais ficar no jardim? - perguntou me olhando

- Trouxe pra você - falei colocando a caixa que estava um pouco pesada na mesa e ignorando a fala anterior dele

- Que isso? - perguntou sem entender

- Abre que você vai saber - falei me sentando de frente pra ele

- Não é nenhuma palhaçada não, né? - perguntou incerto

- Abre logo essa porra, Marcelo - falei rindo

- Ignorante - falou rindo e começou a abrir - Cheiro de bolo

- Por que é um bolo - falei dando de ombros e quando ele terminou de tirar da caixa foi impagável a cara dele

- Isso significa o que? - perguntou olhando nos meus olhos

- O que você acha que significa? - perguntei sustentando o olhar

- Eu vou ser pai - falou alternando o olhar entre mim e o bolo

- Você vai ser pai - confirmei sorrindo

- Puta que pariu - falou me abraçando e alisou minha barriga - Era isso que você queria me contar, né? - perguntou me dando vários selinhos

- Mais ou menos - falei alisando o rosto dele e comecei a contar

- Mas está tudo bem? - perguntou sério me olhando de cima a baixo

- Está tudo ótimo - confirmei - A sensação foi horrível, pensei que tinha perdido mas quando eu me acalmei o médico explicou que tinha sido só um sangramento

- Você passou por isso sozinha? - falou limpando meu rosto

- Eu contei pra minha avó, você não estava bem e saber que carregava um pedacinho seu me animou um pouco - falei e ele sorriu

- Agora eu tô aqui e não vou deixar nada acontecer com vocês - falou firme - Me assusta ser pai nessa idade mas eu vou ser o melhor que eu conseguir. Eu tô feliz demais

- Eu sei que vai - falei beijando ele mas logo interrompi o beijo - Agora vamos comer o bolo que eu tô salivando

- Gulosa - falou rindo

- Grávida, vida - corrigi rindo

- Bolo que a Brenda deu -

- Bolo que a Brenda deu -

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