Acordei de madrugada com o Marcelo resmungando de dor e até pensei que eu tinha esquecido do remédio mas não era isso.
- Tá doendo? - perguntei preocupada
- Tá incomodando - reclamou fechando os olhos
- Faltam 10 minutos pro remédio, vou te dar logo - falei me levantando
- Ta bom - falou se sentando
Dei o remédio pra ele e quando a dor aliviou ele conseguiu dormir. Acordei cedinho, arrumei umas coisas e fiquei esperando o Marcelo.
- Tá na hora de acordar, vida - falei beijando o rosto dele
- Esses remédios me dão maior sono - falou se sentando na cama
- Mas é pro seu bem - falei sorrindo fraco, odiava ver ele nessa situação - Agora escova os dentes que vamos tomar café no jardim
- Por que? - perguntou sem entender e eu ajudei ele a levantar
- O médico disse que você precisa de ar puro - falei indo com ele pro banheiro - Toma um banho rápido e depois me grita pra te ajudar a descer
- Enfermeira particular? - perguntou um tanto malicioso
- Já tá bom, né, Marcelo? - perguntei dando uma risada fraca
- Pra você sempre - falou dando de ombros
- Nem assim você muda - falei e ele riu baixo
Finalmente o Marcelo estava recuperado, minha sogra foi ontem pra casa e o meninos estão voltando a rotina aos poucos. Não deixei ele voltar ao trabalho ainda o que deixou ele meio chateado comigo mas não posso fazer nada. Assim que entrei em casa fui atrás dele e achei o mesmo no jardim.
- Não posso mais ficar no jardim? - perguntou me olhando
- Trouxe pra você - falei colocando a caixa que estava um pouco pesada na mesa e ignorando a fala anterior dele
- Que isso? - perguntou sem entender
- Abre que você vai saber - falei me sentando de frente pra ele
- Não é nenhuma palhaçada não, né? - perguntou incerto
- Abre logo essa porra, Marcelo - falei rindo
- Ignorante - falou rindo e começou a abrir - Cheiro de bolo
- Por que é um bolo - falei dando de ombros e quando ele terminou de tirar da caixa foi impagável a cara dele
- Isso significa o que? - perguntou olhando nos meus olhos
- O que você acha que significa? - perguntei sustentando o olhar
- Eu vou ser pai - falou alternando o olhar entre mim e o bolo
- Você vai ser pai - confirmei sorrindo
- Puta que pariu - falou me abraçando e alisou minha barriga - Era isso que você queria me contar, né? - perguntou me dando vários selinhos
- Mais ou menos - falei alisando o rosto dele e comecei a contar
- Mas está tudo bem? - perguntou sério me olhando de cima a baixo
- Está tudo ótimo - confirmei - A sensação foi horrível, pensei que tinha perdido mas quando eu me acalmei o médico explicou que tinha sido só um sangramento
- Você passou por isso sozinha? - falou limpando meu rosto
- Eu contei pra minha avó, você não estava bem e saber que carregava um pedacinho seu me animou um pouco - falei e ele sorriu
- Agora eu tô aqui e não vou deixar nada acontecer com vocês - falou firme - Me assusta ser pai nessa idade mas eu vou ser o melhor que eu conseguir. Eu tô feliz demais
- Eu sei que vai - falei beijando ele mas logo interrompi o beijo - Agora vamos comer o bolo que eu tô salivando
- Gulosa - falou rindo
- Grávida, vida - corrigi rindo
- Bolo que a Brenda deu -
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