Capítulo 111

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- Brenda Narrando -

Dois dias tinham se passado e as coisas estavam na mesma, ele pelo menos foi pra UTI o que segundo os médicos é melhor. Ainda não fui em casa e mal me alimentei, fiz amizade com uma enfermeira e ela me ajuda a tomar banho aqui no hospital mesmo.

- Que tanto eu assino? - perguntei terminando de assinar mais documentos e entregando pro Felipe

- Lembra os papéis que o Macedo trouxe? - perguntou e eu confirmei - O controle de todas as empresas está na suas mãos, essa era a vontade do meu pai

- Ele é louco, né? - falei entregando e neguei com a cabeça - Não entendo nada e nem tenho cabeça pra entender agora

- Por enquanto não precisar tomar decisão importante, só dar andamento nas coisas que meu pai já tinha decidido - falou se sentando ao meu lado

- Ele poderia ter deixado isso pra vocês - falei e ele riu fraco

- Já estamos resolvendo um monte de coisas e ele fez certo em deixar nas suas mãos - falou me olhando

- Se você diz - falei dando de ombros - Mais alguma coisa?

- Sim, vai pra casa e descansa um pouco - falou e eu neguei rápido

- Não me pede isso, não posso deixar ele sozinho - falei e ele segurou minha mão

- Eu vou ficar com ele e o Rhuan está chegando daqui a pouco pra ficar com a gente. A Andressa e a Thaís eu mandei pra casa da minha avó mas você eu não posso porque é nossa mamãe - falou sorrindo fraco

- Então me obedeça e me deixa ficar - falei e ele negou com a cabeça

- De tarde você volta - falou sério - Meu pai concordaria comigo

- Jogo sujo, Felipe - falei me levantando

- É pro seu bem - falou e eu assenti

- Eu vou mas logo volto - falei olhando pra ele

- Eu sei - afirmou

Assim que eu cheguei em casa tomei um banho e me vesti com uma camisa do Marcelo, quando me deitei na cama abracei o travesseiro dele e não pude evitar de chorar quando senti o cheiro dele, chorei até cair no sono. Acordei com um barulho no quarto e dei de cara com a minha avó

- Vó - falei me sentando e abracei a mesma

- Achou mesmo que eu iria deixar você sozinha? - falou me abraçando - Fiz uma comida porque tô sabendo que você não tem se alimentado

- Não tô com fome - falei olhando a bandeja

- E eu perguntei? Trate de comer - falou séria - Se não comer não deixo voltar pro hospital

- Vou comer então - falei pegando a bandeja

Minha avó só deixou eu voltar pro hospital de noite, Felipe e Rhuan tiveram que ir resolver as coisas do Marcelo, eles estavam levando bem a sério essa vingança.

- Posso te contar uma coisa? - Cláudia perguntou se sentando ao meu lado, essa é a enfermeira que eu tinha feito amizade

- Pode - falei olhando pra ela

- Ele vai ser transferido pro quarto hoje - falou e eu fiquei mais interessada

- Sério? - perguntei sorrindo

- Sim, ele melhorou um pouco e não tem mais necessidade de UTI - falou explicando

- Mas ainda tá em coma, né? - perguntei pra entender

- Não sei quando eles vão tirar a medicação mas acho que não vai demorar - falou sorrindo

- Me alivia saber disso - falei sincera - Que foi? - perguntei quando percebi ela me olhando de cima a baixo

- Levanta, por favor - pediu e eu me levantei - Ai meu Deus

- Que foi? - perguntei assustada

- Você tá sangrando, tá branca igual um papel - falou com os olhos agarregalados - Tá menstruada?

- Não - falei ficando confusa

- Vem comigo - falou me puxando

Acabei seguindo ela e quando me vi estava em uma cama de hospital com um médico fazendo um ultrassom em mim.

- Sentiu algum sintoma? - Cláudia perguntou me olhando

- Só que minha menstruação ia descer, estava sentindo cólica - falei ficando nervosa

- Você não sabia que estava grávida? - o médico perguntou me entregando um papel

- Não - funguei e limpei minha barriga

- Não chora, por favor - Cláudia falou me abraçando

- Segunda vez que eu não percebo - solucei - Como você percebeu?

- Eu reparei quando você estava de costas, logo imaginei que estava grávida e os peitos pareciam inchados - falou me soltando

- Eu vou voltar pra lá - falei tentando me levantar mas fiquei tonta

- Não, vai ficar 24 horas em observação e tem que tomar alguns remédios - o médico falou sério

- Eu vou arrumar roupas pra você - Cláudia falou e eu assenti

- Não conta pra eles, por favor - falei baixo, e na hora as lágrimas começaram a rolar sem parar pelo meu rosto

- Pode deixar - falou saindo

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