Abro os olhos e a claridade repentina me cega. Há luz entrando pela pequena janela do meu quarto. Olho para o lado e vejo que faltam quinze minutos para o despertador alarmar. Fico deitado na cama e olho para o teto. O branco do forro me faz lembrar do branco do meu sonho. Esse foi muito diferente. Completamente oposto aos anteriores, e não só isso. Dessa vez teve cores, muitas, e algumas delas se transformaram em quem menos eu esperava.
Lembro que antes de abrir os olhos, eu estava encarando a face de Any. Seu belo rosto estava em uma tela, pintada em cores vivas e frias, com toques suaves e também selvagens. A aquarela fora pintada por mim. Eu sei que foi, pois era a minha técnica. Entretanto, eu nunca a pintei. Nem passou pela minha cabeça pintá-la. Okay, talvez eu tenha pensado que ela poderia vim a ser a minha musa inspiradora, mas pintá-la? Não. Então, como ela foi parar no meu sonho e por quê?
Sinto que tem algo me espetando o braço, e vejo que é a ficha de Any. Agora me lembro, eu adormeci enquanto segurava esta folha e lia e relia todas as informações nela contida. Hoje, agora, conheço Any mais do que ela pensa. E não acabou por aqui, pois eu a quero conhecer muito mais. Eu preciso que ela saiba o quanto antes que é a minha escolhida.
O despertador agora toca, acordando quem já está acordado, mas que continua sonhando de olhos abertos. Desligo o barulho irritante, ao mesmo tempo que saio da cama e me dirijo para o banheiro. Hoje tenho tempo para um bom e demorado banho. É estranho, mas estou feliz. Enquanto me olho no espelho sobre a pia, vejo que há vida em meu rosto. Um ar de felicidade que há muito eu não vejo em mim mesmo.
A água está uma delícia. Nem quente, nem fria. Está perfeita! Com uma esponja, limpo o meu corpo saboreando a sensação da espuma do sabonete líquido. Diferente de ontem, sinto prazer em me tocar, mas é um prazer diferente. É um prazer sem medo de fazer algo de errado.
Eu penso nela enquanto minhas mãos sobem e descem pelos músculos de meu braço. Inspiro e respiro fundo ao passar a esponja sobre os meus peitos fortes, descendo pelo abdômen, seguindo o que chamo de "meu caminho da felicidade". Mas eu não quero que isso acabe, então limpo minhas pernas, devagar, apreciando a imagem de Any em minha mente, sorrindo para mim. Eu já não suporto esperar. Meu membro há muito ganhou vida e lateja a cada flash de Gabrielly; seus olhos, cabelo, boca... seus seios. Coloco minha mão sobre meu sexo e o acaricio, fazendo minha boca abrir em um pequeno "o" de prazer. Sem esponja, me pego apoiando na parede do banheiro quando aumento o movimento e a pressão sobre o meu membro. Minha mente é muito criativa, mas não posso imaginar muito de Any. Rever as lembranças que tenho dela são mais do que suficiente para explodir em prazer. Um grande "O" se forma em minha boca quando libero tudo que tenho debaixo da água que ainda sai pelo chuveiro ligado.
Eu me escuto dizendo:
- Oh, Any! Mais, mais, mais.
Minha mão vai e volta várias vezes, e agora me encontro sem ar. Porra! Acabo de me masturbar no banheiro enquanto penso em Any. E quer saber? Foi um dos melhores orgasmos. Se apenas a imagem de Any foi capaz de me dar tamanho prazer, imagino que tê-la realmente em meus braços seria a coisa mais incrível. Nem consigo encontrar palavras que possam expressar tal acontecimento. Mas eu só posso pensar apenas. Longe de mim a ideia de Any e eu juntos. Isso simplesmente não pode e não irá acontecer.
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pinturas intimas; noany
FanfictionRude e frio, Noah Urrea é professor de História da Arte e, como todo amante do universo artístico, também é pintor. Mas há muito que ele não pinta um quadro, pelo menos não como ele gostaria. Falta-lhe inspiração, assim como a vontade de mudar a sua...