The Night We Met

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Era uma noite agradável de outono quando Magnus Bane caminhava pela cidade, buscando um sentido para sua vida eterna. Ele já havia conhecido tantos lugares que nem se lembrava mais. Já tinha lido todos os livros que você possa imaginar. Tinha visto tantos rostos que era até difícil lembrar de todos. Entretanto, ele se sentia vazio, perdido, solitário. Era como se sua vida não valesse nada, como se estivesse faltando algo, ou alguém. Magnus soltou um suspiro frustrado e continuou caminhando. Era sempre a mesma coisa. "Magnus me leve para tal lugar", " Magnus me ajude com um coração partido", "Magnus me dê isso", "Magnus me dê àquilo." Claro que ele gostava de ajudar as pessoas, ficava feliz fazendo isso. Mas sentia falta de ter alguém para conversar, alguém com quem contar. Alguém que realmente se importasse com ele, não alguém que só lembrasse dele por conveniência. Estava tão perdido em pensamentos enquanto virava o beco da shady street que nem sequer reparou no demônio que estava à espreita. Voltou em si quando ouviu alguém gritando.

- Cuidado! - a pessoa disse, fazendo Magnus se virar atordoado e bem a tempo de desviar de uma flecha que vinha cortando o ar. Magnus caiu no chão enlameado resmungando por ter sujado seu casaco novo. Ouviu um grunhido horrendo e só então notou o demônio se contorcendo com a flecha cravada em seu peito e se desintegrando no ar em seguida.

- Puta merda! - ele disse espantado. Ouviu passos e logo um rapaz alto, musculoso, tatuado e muito bonito parou em sua frente.

- Você está bem?! - perguntou o rapaz com um tom de voz preocupado enquanto estendia a mão para ajudar Magnus a se levantar. Magnus aceitou a ajuda sem pestanejar.

- Sim, estou bem. - disse prontamente o feiticeiro. - Não graças a você, é claro.

- É assim que me agradece por salvar sua vida? - questionou o rapaz. Magnus o encarou, seus olhos de gato finalmente brilhando na meia luz do beco.

- Como se eu não pudesse me defender sozinho, caçador de sombras. - retrucou Magnus.

- Então você é Magnus Bane ? - o caçador de sombras parecia curioso.

- O Primeiro e único. - respondeu Magnus, a voz carregada de deboche.

- Eu sou Alexander Lightwood, mas todos me chamam de Alec. - disse o rapaz estendendo a mão para um aperto de mãos. Magnus hesitou por alguns segundos, mas acabou aceitando. Quando sua mão encontrou a mão de Alec, ele sentiu algo diferente. Era como se os planetas se alinhassem, como se o sol e a lua se encontrassem, como se o tempo parasse, e por um momento, ele se perguntou se Alec também havia sentido o mesmo. - Foi bom te conhecer Magnus, agora se não se importa, tenho mais demônios para caçar. - disse Alec se desvencilhando do aperto de Magnus.

- Espere! - Magnus gritou, fazendo com que Alec se virasse para o encarar.

- Fique mais atento. - advertiu Alec. - Embora tenha ouvido maravilhas sobre você, se continuar a andar no mundo da lua como estava à dez minutos, vai acabar se machucando feio. - disse Alec e se esgueirou correndo escuridão adentro, deixando um Magnus atônito para trás.

Por que ele estava se sentindo daquele jeito? O que Alexander Lightwood tinha de tão especial para o deixar atordoado como estava agora ? Como que por apenas uma fração de segundos, ele havia se sentido vivo, completo e feliz, como não tinha se sentido a vida toda ? O que tinha acabado de acontecer ? Quem realmente era Alexander Lightwood, e porque ele causava esse efeito em Magnus ? Mas o mais importante, será que ele o encontraria de novo ? Se sim, quando e onde ?

Magnus suspirou pela milésima vez aquela noite e seguiu seu caminho, até a casa de uma amiga. Todas aquelas perguntas ainda rondavam a cabeça de Magnus quando Cordélia enfim abriu a porta. Um sorriso largo surgiu em seu rosto ao ver Magnus e ela o puxou para um abraço apertado.

Se Eu Não Posso Ter Amor, Eu Quero PoderOnde histórias criam vida. Descubra agora