LIVRO 03 | Capítulo 19 - A paz e o prazer no pós-guerra

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E numa noite qualquer ela chegou, se aconchegou ao meu lado e ao fitar seus olhos, claramente pude ver que o que lhe faltava era amor, amor, total, na sua incondicionalidade

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E numa noite qualquer ela chegou, se aconchegou ao meu lado e ao fitar seus olhos, claramente pude ver que o que lhe faltava era amor, amor, total, na sua incondicionalidade. Se envolveu em meus braços, como num abraço que duraria para sempre e eu o aqueci por algum tempo os últimos anos, meses e acontecimentos que nos separaram para sempre.

O que parecia um "para sempre", mudou? O que posso entender é que Renata me pediu três meses e ao final dele, reapareceu como se nada tivesse acontecido. Poderia apenas um romance casual, daqueles amores que sempre vem e vão, mas este não era o nosso caso. Naquele instante olhei-o pela última vez e mais uma vez acariciei seu rosto, sabendo que aquele era o fim, que se por ventura algum dia voltássemos haveria tanta dor e mágoa.

Eu não pediria nada mais que carinho; mas então chegou a hora de me levantar e seguir para o trabalho. Assim, como a vi partir e se afastar procurando abrigo nos braços de outros, eu também deveria fazer o mesmo. Nunca mais a tocaria, porém, jamais poderei esquecê-la...

Como previsto, pela manhã ela desapareceu. Ao menos, me marcou com uma ultima memória prazerosa.

— Senhor... — Ângela bate na porta antes de entrar.

— Sim...

— Sua esposa saiu cedo.

— Ela é minha ex esposa, Ângela.

— Ex? Desculpe-me...

— Algo aconteceu?

— Ela saiu, mas já retornou. Preparou o café e... Eu pensei — minha ajudante olha diretamente para a cama bagunçada.

— Oi — Renata aponta a cabeça na porta e entra. — Bom dia, o sol já raiou!

Parece uma miragem. Ela vem vindo na minha direção com os olhos sorridentes, com uma camiseta branca e sandálias de salto. Engulo seco quando pula no meu colo e me abraça. Posso sentir pelo calor que passa do seu corpo para o meu que está nua por debaixo da camiseta.

— BOM DIA! — Renata grita e morde meu pescoço enfiando o dedo no meu ouvido.

— Bom dia — solto minha bolsa que levaria para o trabalho no chão e abraço essa estranha. — Você está bem?

— Unhum hum rum hum com sono. Ah... Mas não me coloca na cama. Estou cansada de ficar de quatro hum... — Ela boceja e puxa a camiseta para fora do seu corpo. — Quantos mls? — Pergunta-me apertando seus seios com as mãos. — Diz aê!

— Eu...

— Você.

— É seu rsrs...Faça o que quiser com eles.

— Rá malandro. Goxtei — ela diz em português com sotaque carioca. — Maixxs eu te autorizo fazer o que quiser com eles e com o resto todo. Então me diz, quantos mls.

Segundas Intenções » AARON - Série Irmãos Cartier « (Vol. 1, 2 E 3) Onde histórias criam vida. Descubra agora