Vinte e Oito | Boca Grande

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Por Renata...

Eu queria ser tudo para ele. Levantei minhas pernas para que ele fosse mais fundo. Enrolei-as em volta da sua cintura, colocando meus tornozelos em suas costas.

Ele pegou o ritmo e se dobrou para me beijar. Ele me balançou mais rápido, seu suspiro vindo mais rápido, até que ele começou a mover meus quadris no colchão com cada impulso. Ele me segurou em seus braços e eu fiquei enrolada nele. Ele deu um grunhido e gozou dentro da camisinha velha.

Passamos toda a manhã de sábado na cama, nos alternando entre fazer amor, dormir e comer batata frita. Eu aprendi que a casa tinha porteiro e que ele providencia tudo; de toalhas á boias em forma de unicórnio. Arpendi que a casa tem cinco andares e fica a disposição das sobrinhas de Aaron quando elas querem dar uma festa longe de casa.

Aprendi que a ultima vez que Aaron dormiu nesta casa, foi com uma pegue-te que além da camiseta com o rosto dele estampado nela, lhe deu vinte pacotes de camisinha porque ele era um novinho insaciável.

Enquanto eu aprendia mais sobre Aaron e sua vida, eu tinha crises de riso. A vida dele é muito interessante e estranha às vezes.

— Você era um novinho tarado! — Afirmei após ouvir a história das camisinhas.

Aaron negou.

— Guloso — ele me corrige.

— Quanto mais te dão, mais tu queres. — Falo. — Quem foi essa mulher que te deu tanta camisinha? — Perguntei abrindo a gaveta para ver quantas caixas restou.

Vi umas cinco camisinhas soltas lá dentro.

— Quer mesmo saber? — Aaron perguntou se protegendo com um travesseiro.

— Eu não vou te bater.

— Era uma mexicana.

— Rum... Era? Ela morreu?

— Como sabe?

— Vixi! — Fiz o sinal da cruz. — Quantas minas tu enterrou?

Aaron sorriu. Meu cérebro não estava funcionando muito bem. Não quero ser a próxima a desaparecer.

— Ela se chamava April.

April! Já ouvi esse nome da boca da doutora Maluma. Quando estive internada, ela me contou histórias sobre ela e uma mexicana que se chamava April. Ela me contou que histórias de que esta mexicana era mãe do menino que Iggor a acusa de ter sequestrado.

— Hum... Do que ela morreu? — Pergunto.

Aaron faz uma longa pausa antes de me responder.

— Ela trabalhava pra Melina, era jovem, destrambelhada, bonita, sensível.

— E você fodeu muito!

— Quebramos alguns recordes.

— AARON! — Eu protesto.

— Recordes superados por nós! — Ele tem a melhor desculpa.

— Ela era criativa! — Falo pensando nos presentes que ela deu pra ele.

— Sim.

— Não sabe como ela morreu? — Insisto na pergunta.

Aaron faz outra pausa longa.

— Assassinada.

— Que loucura. Encontraram o culpado?

— É complicado de te dizer o que matou April.

— Então descomplica.

Sou curiosa com as histórias de Aaron.

— April trabalhava pra Melina, por uma razão que eu não sabia quando me envolvi com ela.

Segundas Intenções » AARON - Série Irmãos Cartier « (Vol. 1, 2 E 3) Onde histórias criam vida. Descubra agora