todas as vezes que te escrevi • klaroline

7 de fevereiro de 2020

Querido Klaus,

  Rebekah me ligou hoje, falamos um pouco sobre a nova vida de casada dela. Ela me contou também que você comprou uma nova casa no centro da cidade, soube também que você virou um sucesso no mundo das artes de Nova Orleans. Estou tão feliz por você, tão feliz. Queria poder estar compartilhando esse momento com você, queria poder ver sua felicidade de perto e de te dizer todos os dias que você é maravilhoso e que eu estou orgulhosa.
  Pensei que a dor da saudade fosse diminuir com o tempo que eu aprendesse a conviver com ela, mas não diminuiu e já faz um ano. Talvez ela nunca vá embora, talvez eu sempre vá carregar esse buraco no peito e talvez eu sempre vou sentir essa fisgada no coração quando pensar em nós. Você é a minha saudade mais dolorosa e também a mais bonita. Queria tanto que você soubesse disso.
  As vezes chego a achar que não te amo mais, que talvez eu só ame as nossas memórias. Mas o que dizer desse frio na barriga sempre que lembro dos seus votos de casamento? O que dizer do coração acelerado quando lembro dos nossos momentos íntimos? O que falar sobre a respiração ofegante quando lembro dos seus beijos? Como explico esse anseio dentro de mim quando lembro do seu abraço e do seu carinho? Eu sei que ainda amo você, não há outra explicação. Se não amasse você, não sentiria tanto sua falta. Será que um dia vou deixar de ama-lo tanto?

Com amor, Caroline.