Quarto

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Ele não esperava por aquilo, por aquela mulher em sua frente.

Tom Riddle, estava em silencio, em completo silêncio enquanto observava cada mínimo traço da garota em questão.

Era pequena, tudo nela era proporcionalmente pequeno perto dele, seu rosto, sua estatura e suas mãos ele nem sequer citaria, era como se ela fosse uma boneca.

Cabelos pretos e lisos, olhos verdes...eram de uma tonalidade diferente de verde, era escuro na cor e tão brilhante que os faziam parecer irreais em suas piscadas continuas, sua boca era pequena e volumosa, como um pequeno coração quase formado, as maçãs do rosto eram salientes e altas, o rosto em si era pequeno e sua pele o lembrava a porcelana mais branca que o seu jogo chinês de dois séculos atrás.

E ainda havia o corpo dela, que por Merlin, era terrivelmente uniforme, seus seios pareciam grandes, de uma forma em que caberiam perfeitamente nas mãos do homem, sua cintura era fina, seu corpo era divino e o lembrava uma ampulheta, principalmente seus quadris, eram avantajados e ele tinha a certeza de que uma bunda redondinha se escondia por debaixo daquela calça jeans.

Era belíssima, como se a mulher tivesse sido esculpida à mão pelo artesão mais dedicado e detalhista.

- Não vai dizer nada, Riddle? - Malfoy o questiona sorrindo em escárnio, era uma verdadeira situação engraçada, Tom Marvolo Riddle estava sem palavras enquanto observava uma garota que nem sequer tinha tamanho de gente.

- Senhor - a pequena garota de olhos brilhantes o chama de volta ao mundo real e Riddle se afasta na mesma constância.

- Me deixe só, com a senhorita Potter - foi tudo o que ele dissera para o platinado que acompanhava a interação com o olhar.

O Malfoy sorria abertamente enquanto acenava com a cabeça, se retirando do cômodo rindo baixo ao se afastar...ela era realmente bonita, mas, à reação do Riddle, era como se ele encontrasse a órbita em que seu mundo girava.

Dentro do quarto, o Riddle se senta em uma poltrona em frente à cama onde a morena estava, a observando com atenção, Hope naturalmente arruma sua postura na cama, ela agia como uma dama, sem sequer notar, quando se arrumou na cama, ela estava com uma pose ereta e bonita, Riddle confessaria que ela aparentemente ficava cada vez mais bela conforme ele a visualizava mais.

- Hope Lílian Potter, 18 anos e uma simples estudante de pedagogia, me dê um motivo para não matá-la - Tom a questiona apoiando seu rosto em sua mão, como se estivesse entediado com a situação.

- Hm - ela batia sutilmente seu dedo indicador na pontinha de seu pequeno e delicado nariz, como quem pensava muito sobre o assunto em questão - eu tenho que cuidar dos meus filhotinhos, eles são tudo pra mim, tenho boletos pra pagar, tenho a minha faculdade pra terminar, o sol para ver, a chuva para sentir e as fragrâncias para perfumar...na verdade, existem muitos motivos para manter uma pessoa viva, são tantas coisas incríveis para ver - Hope sorria abertamente ao se deitar na cama apoiando seu rosto nas duas mãos e balançando suas pernas esbeltas e brancas, do qual uma delas, guardava uma pequena pulseira no tornozelo.

Tom de certa forma, não esperava por uma resposta tão...singela, aquela garota não aparentava sequer cogitar em pisar em uma formiga, quem dirá, agir de forma sorrateira para obter benefício de algo.

- Como conseguiu entrar no meu galpão? O que estava fazendo alí naquela hora? - Riddle pergunta analisando o sorriso que nascia lentamente nos lábios da boneca em sua frente.

- Ora, senhor bobinho, pela porta da frente - a garota ri brevemente com aquilo - eu passo por alí todos os dias, é o único caminho próximo da minha casinha, os outros são longos e perigosos...eu...não sou malvada, senhor - a morena afirma com seriedade, piscando seus grandes olhos verdes para ele.

- Como posso acreditar nisso, Potter? Estava protagonizando o seu crime - O homem cruza os braços, ressaltando seus músculos grandes e as tatuagens que neles escondiam por debaixo do tecido da camisa social.

- Não, não senhor, eu...posso jurar de dedinho - ela estende seu dedo menor para o moreno, seus olhos piscavam sem parar e ele arqueia sua sobrancelha os aquilo.

- Isso não é um juramento real, Potter - o homem afirma balançando sua cabeça negativamente.

- Ora mas é claro que é, o meu dedinho pode cair se eu estiver mentindo - a morena parecia magoada e Riddle bufa com aquela cena, não era possível.

- Que seja - o Riddle revira seus olhos ao estender seu dedo mindinho para perto do dedo da mulher.

Hope segura o dedinho dele com o seu, seus dedos se unem como imãs, era diferente, a sensação que ambos sentiram foi diferente de muita coisa da qual eles já haviam sentido, era como se eles fossem eletrocutados.

- Estou esperando seu dedo cair - Riddle se afasta a soltando, seu corpo oscila, seu corpo não queria se afastar do dela.

- Não vai cair, senhor bobinho, eu estou falando a verdade - a morena sorria para ele enquanto se sentava na cama.

- Você vai passar a noite aqui e meus companheiros irão te acompanhar na próxima semana, quero ter a certeza de que não é uma impostora - o homem se levanta da poltrona, tocando o relógio antigo que havia em uma mesa no canto da cama.

- Oh...eu tenho a opção de escolha, senhor? - a vozinha melodiosa o questiona enquanto engatinhava na cama para ficar próxima do homem grande e bonito.

- Não, você não tem, pulguinha - o homem se volta para a garota que tinha feições magoadas em seu rosto.

- Eu não sou pulguinha, senhor bobinho - ela responde petulante.

- Você é uma pulguinha cheia de energia que não para de saltitar por aí - ele dizia enquanto se aproximava dela com as mãos nos bolsos da sua calça social e olhando para baixo.

- Não quero mais conversa com você - ela se cobre até a cabeça enquanto o homem permite que um riso escape pelos seus lábios, a morena retira seu rosto da coberta, inesperadamente, mostrando a língua para o homem, que se sente ofendido com tamanha grosseria.

- Você merecia umas palmadas, sabia? - Riddle murmurava enquanto sua mente o torturava com as imagens criadas com ele dando palmadas naquela bunda grande.

Tom fecha a porta ao se retirar do quarto, ele enfim solta o ar em que nem sequer sabia que estava prendendo, só então ele notara que o cômodo estava enfestado pelo cheiro de mel e baunilha, era doce e ele nunca sentira nada igual, era o cheiro dela...Don Riddle, estava se encantando por uma mulher com metade do seu tamanho e com ideias nada normais na cabeça.

Like a Little Baby - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora