Primeiro

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- Já basta, Malfoy - o homem alto e moreno dá o comando quando se cansara de ouvir os gritos agonizantes do homem do qual eles tentavam avidamente retirar alguma informação confidencial.

O homem sinaliza com a mão para que o platinado se retire do galpão, e assim ele o faz com um sorriso em seu rosto, sobrando no local, apenas o homem misterioso sentado em uma cadeira de forma ereta que demonstrava a sua grandeza e o outro...completamente ensanguentado em seu corpo.

- O que eu gostaria de fazer com você? - ele se pergunta em um tom de voz ameno e tranquilo, quase como se fosse um colega questionando sobre algo banal - cortar seus membros? Não, acredito que isso seria muita honra para você...arrancar sua cabeça? Não, sua família ainda ficaria orgulhosa...então, o que pode ser tão...imoral para um homem do alto escalão? Você sabe o que...e eu farei questão que todos saibam - o homem se limita a mover sua mão de uma forma tão rápida que os olhos do alvo mal conseguiram acompanhar o movimento.

Uma única bala foi capaz de silenciar o sub-chefe alemão para sempre.

O homem se encosta em sua cadeira, fechando os seus olhos por um momento, ele estava cansado naquele dia, ele estava há quase trinta horas sem dormir, o seu trabalho não o permitia se dar ao luxo do sono exacerbado.

- Don Riddle - a voz de Malfoy, seu sub-chefe, ecoa em seus ouvidos e o homem se levanta de seu lugar deixando o corpo sem vida no chão, onde provavelmente algum de seus subordinados o tirarão quando o verem alí.

Don Riddle, era assim que era reconhecido o homem dentro de sua família, não sua família sanguínea, mas, a sua maior família que eram os comensais da morte.

O homem de vinte e oito anos era o dono de toda Hogwarts, um país independente da Espanha, que tinha um presidente como líder, mesmo que todos soubessem que verdadeiramente não era ele quem governava.

Tom Riddle era o último herdeiro da sua famiglia, a responsabilidade era gritante e seu legado se transformou em algo gigantesco, ele não só ampliou seus negócios, como agora também governava em outros países.

Seu pai havia falecido à quinze anos e sua mãe no dia em que nascera, Riddle cresceu sozinho, sem uma família sanguínea, apenas ele e Maria, a governanta da casa, a mulher da qual ele chamava algumas poucas vezes de Madre, o que de fato ela era para ele.

O problema em que Riddle enfrentava para muitos dos seus companheiros da família, era a falta de uma companheira, sua senhora...Riddle nunca apareceu com uma senhora.

Mas, para Riddle, aquilo nada significava, ele não tinha problemas com aquilo, ele sabia que não era possível que alguém gostasse dele da forma como ele verdadeiramente é, ele sabe que a pessoa que fosse dividir a sua vida, teria que aceitar as torturas, as vestes ensangüentadas, as noites em claro, os surtos que ele tinha...nada compraria o preço de uma vida assim, nada.

O homem havia acabado de chegar em sua gigantesca residência, era a maior dentre muitas casas tradicionais espanholas, mesmo que ele tenha mudado grande parte da casa, sua casa era apenas onde ele descansava pelas horas em que lhe era permitido...o que de fato eram muito poucas.

- Maria - ele chama pela governanta assim que dá indícios de pisar na cozinha.

- Mi hijo - ela abraça o homem muito mais alto que ela, Tom tinha em média, 1,90 de altura, era uma altura considerada excelente no meio em que convivia, diziam que quanto mais alto o homem for, mais forte o seu poder será, o que era uma inverdade para Riddle...Napoleão e Hittler são à prova disso, mesmo que de forma completamente negativa - não pode entrar aqui, estou fazendo algo que você gosta muito - a mulher sorria ao não permiti-lo adentrar o local.

- Madre mia, como sabia que eu estava à caminho? - o homem a deixa um beijo em sua testa.

- Ora, liguei para o menino Malfoy, vocês estão desnutridos e pedi para a Ana fazer uma canja para ver se ele melhora um pouco - a mulher dizia afobada enquantos Riddle abria um sorriso para ela...sua mãe a conhecia como ninguém.

- Eu não acho que eu esteja desnutrido - O homem retruca ganhando um olhar de censura da mulher idosa.

- Claro que não acha, se mata na academia e tá cheio de músculos e tatuagens, mas, a sua mãe sabe o que é melhor pra você, criança - a mulher o repreende - agora vá tomar banho que você está fedendo - ela o dispensa com um aceno da mão.

Riddle precisava de um banho, logo ele estava sentado em sua banheira imensa de seu quarto, refletindo sobre as situações da sua vida...ele precisava ter sexo...sim, ele queria ter sexo e ainda sim...manter alguém ao seu lado mesmo que pelas aparências.

Pegando seu celular em sua mão, ele vai em busca de uma provável resolução, ele visitava sites do universo bdsm, mas, não...não era aquilo em que queria.

Ele se cansa e estava disposto a esquecer daquele assunto, se não fosse pela surpreendente imagem da silhueta da mulher que era professora...muito comum.

Tom estava disposto à ter um tipo relacionamento...ele só não sabia se ele teria as candidatas à altura daquele cargo, ele queria um corpo e ele teria um corpo e acima de tudo uma mente, uma pessoa pensante, ele detestava mulheres que não se davam o valor e agiam como malucas, simplesmente esse tipo de comportamento não cabia na vida em que ele levava.

O homem se levanta de sua banheira, estava pronto para comer o quer que fosse que sua mãe havia preparado para ele.

Ele estava decidido à ser um daddy, e ele encontraria a sua baby perfeita para o encaixe em sua vida.

O homem se senta em sua mesa grande com catorze lugares, sozinho, ele estava cansado de estar sempre sozinho em sua vida...mas, ele nunca assumiria aquilo para alguém, nunca.

Like a Little Baby - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora