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Quem é vivo sempre aparece, né!?

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Quem é vivo sempre aparece, né!?

Se estiverem a fim, desçam os dedos nos comentários e boa leitura!

︻デ═一

Capítulo 17

Pensou em dar meia volta inúmeras vezes, pensou em largar o amigo em uma calçada e voltar para o Inferno, quis desistir de tudo e se entregar também. O ponteiro do painel marcava cento e vinte quilômetros por hora em uma via de trinta e Hoseok se perguntou o porquê de acelerar tanto. Talvez o corpo estivesse tentando se adaptar à velocidade da mente.

Outro suspiro choroso surgiu no banco de trás, pelo retrovisor, Hoseok visualizou o caçula na mesma posição em que havia sido posto e levava a mão errante até o peito. A essa altura, era impossível encontrar palavras encorajadoras. Hobi mal sabia se o garoto conseguia o ouvir.

Mais alguns metros e teria que tomar sua decisão. O hospital já estava à vista, algumas luzes do grande prédio estavam apagadas e não havia sinal de soldados na entrada. Deu meia volta e parou o carro em uma distância segura, com a chave no contato, apenas puxou o freio de mão. Teria que ser ágil apesar de não ter certeza do que faria.

Saltou do veículo e abriu a porta traseira para pegar o amigo, ao puxá-lo, Jungkook urrou de dor e seu corpo se retraía, implorando para ficar como estava.

— Vamos lá, Jungkook — Hobi disse, em outra tentativa. Não soube distinguir se o menino era muito pesado ou se era o peso de seus próprios braços, letárgicos pelo medo e a culpa de abandonar um amigo.

Sabia que em menos de um minuto alguém ia aparecer por aquelas portas para checar a movimentação do lado de fora e precisava estar o mais longe dali quando isso acontecesse.

Com o menino nos braços, Hoseok dava um passo de cada vez, as pernas trêmulas se arrastavam incertas e fracas quanto mais se aproximavam daquela entrada. Olhou o caçula novamente, esperando uma melhora súbita ou ter uma ideia genial para que pudesse desistir no meio do caminho. Entretanto, a ferida ainda vertia sangue vermelho vivo e pulsante.

Desabou sobre os joelhos naquela calçada e pousou o amigo ali que vez ou outra abria os olhos enquanto murmurava palavras desconexas.

— Ir...pode, tudo bem — Jungkook tentava pender o rosto na direção de Hobi, mas estava débil.

— Me desculpe Jungkook. Por favor — sussurrou baixinho, passando as mãos sangrentas pelos cabelos do rapaz.

A imagem do menino se tornou um borrão nos olhos cheios de lágrimas do mais velho, voltou à atenção em direção ao carro, esperando-o ali com as engrenagens funcionando prontas para levá-lo para casa. Atrás da porta de entrada, Hoseok conseguia ver uma figura aparentemente feminina se aproximando.

A Ordem É SobreviverOnde histórias criam vida. Descubra agora