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︻デ═一

Capítulo 18

Como quem acorda de um sono profundo, Hoseok recobrou sua existência física e abriu os olhos contra o desconforto da claridade. Os ouvidos pareciam cheios de ar e captavam apenas o som pulsante de suas artérias.

Em seguida, notou que encarava sua calça gasta, respingada de sangue seco e suor. Fez menção de erguer o pescoço, mas a nuca e os ombros estavam rígidos a ponto de fazê-lo soltar um grunhido e desistir. Deveria ter ficado muito tempo naquela posição.

Por reflexo, quis apalpar a região e foi impedido por um metal gelado que mantinha suas mãos bem juntas, assim como seus joelhos na cadeira em que sentava.

Hoseok estava preso.

Era difícil dizer ao certo onde estava, devido sua visão limitada. Constatou uma mesinha de escritório sustentando várias pastas e papéis, grudada na parede à sua frente logo ao lado da porta.

Nas laterais, tinham armários cinzas comuns e, girando sua cadeira com muito custo, não viu nada à sua retaguarda, exceto o rodapé encardido da parede.

Podia tentar se erguer junto com a cadeira, mas o material de ferro pesava mais que seu próprio corpo e o garoto não conseguia ao menos recordar-se de sua última refeição.

Apesar dos punhos e joelhos estarem amarrados, não ataram sua boca, portanto Hoseok poderia gritar por ajuda. Mas isso seria estúpido demais.

O tempo correu até que a luz escapando entre as brechas da persiana da janela perdesse intensidade, enquanto o rapaz ia e vinha de cochilos involuntários. Pensou que fosse continuar abandonado ali, até que o som de um solado gasto e oco aproximou-se da porta.

Hoseok sentiu suas entranhas vazias se remexerem, como se seu corpo estivesse prevendo perigo. Deixou a cabeça pender novamente e cerrou os olhos com força.

A porta foi aberta com certa hesitação, acompanhado de passos miúdos cada vez mais nítidos ao rapaz. Sugeriu serem de uma mulher.

A mulher levou os dedos ao seu pescoço para checar o pulso, depois ergueu seu rosto para que pudesse examiná-lo. Ainda tentando manter as pálpebras trêmulas fechadas, Hoseok suprimiu a dor do toque da mulher, e então ela com os dedos em pinça abriu o olho esquerdo do rapaz.

Uma forte luz branca preencheu sua visão e o menino recuou pelo incômodo. Assim, a mulher percebeu que ele estava consciente e desviou de modo sutil a lanterna. Fez o mesmo movimento com o olho direito e derrotado pela dor da claridade, Hoseok enfim percebeu que quem o examinava era, na verdade, um homem.

Um homem pequeno, de rosto achatado que se esticava para cobrir todo o campo de visão do garoto e impedir que o soldado na porta notasse que já havia acordado.

A Ordem É SobreviverOnde histórias criam vida. Descubra agora