Nothing In Common 2 | HyungKi

06 - o problema dos ternos

Oi, meus amores!

Eu nem acredito que a gente já chegou nesse capítulo, essa fic tá acontecendo rápido demais kkkk

Enfim, boa leitura!

· · • • • ⋈ • • • · ·

A cor da minha roupa era diferente da do sonho, o que me deixou mais seguro. Tínhamos ido com Goeun até a alfaiataria do centro para os últimos ajustes nos ternos e eu mal tinha vestido a minha camisa quando alguém invadiu o provador e puxou a cortina depressa.

— O que está fazendo? Você não pode me ver! — reclamei, mas Hyungwon riu baixinho, tirando das minhas mãos a peça que eu usei, em vão, para me cobrir.

— Vai me dizer que acredita nessa superstição de que não podemos ver as roupas um do outro porque dá azar? — ele indagou e eu dei de ombros porque não exatamente acreditava, mas era algo que praticamente todo mundo tinha dito antes de sairmos de casa naquela manhã.

— Sua mãe acredita — eu falei e tentei empurrá-lo para fora, mas não consegui. — Se ela te vir aqui dentro, vai ter um treco.

Hyungwon abriu uma fresta da cortina que nos protegia e deu uma espiada do lado de fora, constatando que a mãe estava distraída demais para perceber a nossa movimentação. Ele voltou a prestar atenção em mim e sacou o celular do bolso para tirar uma foto minha.

— Ei! — ralhei, mas ele rapidamente tapou minha boca com a outra mão, não permitindo que eu chamasse a atenção. Guardou o celular no bolso e me soltou, então pude finalmente olhar para ele e meu queixo caiu.

Hyungwon usava um conjunto preto que o deixava mais perfeito do que já era. Sua gravata era num tom vinho para combinar com a minha roupa e foi nela que minha mão se agarrou quando ele veio para tão perto que não pude me afastar mais.

— Dar uns amassos usando essas roupas também dá azar? — ele perguntou e eu não tinha resposta para isso, o que o fez morder o lábio enquanto afastava minha mão para poder me empurrar contra a parede. — Porque eu acho que dá sorte, muita sorte.

— Aposto que veio aqui para fazer um teste? — Ergui uma das sobrancelhas e ele imediatamente concordou, me beijando logo em seguida, sem nem pensar muito na bagunça que faria. Senti suas mãos me tocarem por debaixo da camisa que eu não tinha abotoado por completo, amassando parte do tecido, mas então ele parou alguns instantes depois, ofegante, e se afastou explicando que não dava pra continuar.

— A menos que você queira que eu te mostre como isso fica marcado nesse tecido — ele apontou para baixo e me calei, concordando que definitivamente não era uma boa ideia já que estávamos no meio de uma loja. Hyungwon sorriu e tirou meu colete do cabide, pedindo para que eu terminasse de me vestir. — Eu quero ver como você fica.

Ele me ajudou a fechar os botões e também a ajeitar o terno em meus ombros; quando estava inteiramente vestido, olhei para o espelho e ver nossos reflexos me deixou estremecido.

— Você está lindo — ele sussurrou e tirou o celular do bolso para nos fotografar juntos. Botou a mão esquerda na minha cintura e me puxou para perto, me fazendo ficar encantado pela imagem que eu via no espelho.

Ouvimos duas vozes se aproximando dos provadores e ele rapidamente saiu do cubículo, por pouco não sendo pego por Goeun. Escutei os elogios dela na cabine ao lado e depois ela pediu licença para também poder ver como havia ficado a minha roupa.

— Ah, Kihyun-ssi! Você está maravilhoso! — eu tenho certeza de que meu rosto ficou vermelho diante de sua euforia.

— Isso não é justo, mãe, eu também quero ver como ele ficou — Hyungwon reclamou e tive que conter o riso diante de seu falso lamento para que Goeun não percebesse que tínhamos desrespeitado uma das "regras" do casamento. Hyungwon até tentou invadir novamente a cabine, mas sua mãe o impediu, rolando os olhos.