04 - o problema do pai ausente

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Oi, meus amores!
Hoje a gente vai conhecer um pouco mais sobre a família do Kihyun que não é tão às mil maravilhas como a gente pensou...
Boa leitura!!!

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— O que está fazendo aqui?

Hyungwon talvez nunca tivesse escutado minha avó usar um tom de voz como aquele, alto, forte e cheio de uma raiva contida, então quando ele arregalou os olhos ao fitar a cena, tudo o que eu pude fazer foi segurar uma de suas mãos por precisar de apoio.

Acho que ele entendeu de imediato quem aquele homem era e seus dedos apertaram os meus, sem saber ao certo como eu me sentia já que tínhamos conversado sobre meu pai pouquíssimas vezes.

A verdade era que nem eu sabia.

— Eu o convidei — foi minha mãe quem respondeu e tive a impressão de que minha avó soltou um palavrão, mas eu não consegui continuar prestando atenção.

Apesar de tudo, meus pais nunca perderam o contato e, vez ou outra, minha mãe me contava alguma coisa sobre meu pai e a esposa dele. Obviamente ela se sentia mal quando eu me recusava a falar com Namjoo, mas me ensinou a não odiá-lo por ter se mudado para longe quando eu era bem pequeno. Eu até mantive as fotos em família nos porta retratos e gostava de olhar para elas, mas a verdade era que eu não sentia muitas coisas por meu pai além de um respeito ordinário e uma ligeira decepção por ele nunca ter estado comigo nos momentos em que mais precisei.

Foi por isso que decidi não convidá-lo para o casamento. Quando Hyungwon me questionou sobre isso, há meses, eu lhe expliquei que fazia anos que eu não conversava realmente com meu pai e que eu talvez pudesse me distrair demais, de forma negativa, se ele estivesse presente.

Escutei meu nome ser chamado por minha mãe, mas eu não estava em condições de lidar com aquele baque, então me levantei, soltando minha mão da de Hyungwon, e me retirei depois de pedir licença.

Escutei os passos de Hyungwon subindo as escadas atrás de mim, por isso deixei a porta aberta quando entrei no quarto. Ele a fechou e me abraçou por trás em seguida, perguntando se eu estava bem.

— Eu não sei, Wonnie, eu... realmente não sei.

Ele me apertou contra si com um pouco mais de força e fechei os olhos, respirando fundo. Não estava com vontade de chorar, mas sentia meu corpo todo tremer, e nós ficamos assim por um tempo até que eu estivesse mais calmo.

Hyungwon e eu nos sentamos na cama e ele me encorajou a contar o que estava acontecendo. Deixei claro que não odiava Namjoo e que tinha certa consideração por ele, mas que minha decisão de não querer que ele estivesse presente no casamento ainda estava firme, afinal, ele nunca esteve presente em nenhum outro momento importante de minha vida.

— Mas minha mãe o chamou... O que eu vou dizer pra ele agora? Que ele não pode ficar?

— Bom, foi o que a sua avó disse lá embaixo — ele contou e eu me surpreendi, explicando que tinha parado de raciocinar, portanto não tinha conseguido prestar atenção à nada do que estavam falando.

— Jihan o detesta — eu falei, sabendo que ela teria praticado a alienação parental se não fosse por minha mãe, que a repreendia sempre que ela tentava falar mal de Namjoo. — Aliás, ele é uma das únicas pessoas que não gostam da geleia de pêssego dela, o que é outro grande motivo para duvidar do seu caráter.

Hyungwon riu baixinho, o que me aliviou um pouco.

— É uma droga que eu tenha problemas com meu pai agora que você está de bem com o seu — lamentei e ele tentou me consolar, dizendo que eu poderia resolver as coisas com Namjoo e que ele estaria ali para me ajudar.

Nothing In Common 2 | HyungKiOnde histórias criam vida. Descubra agora