Nothing In Common 2 | HyungKi

10 - o problema das alianças

Oi, meus amores!
Parece que o Ki se resolveu com o pai dele, mas ainda há coisinhas acontecendo antes do casamento...
Boa leitura!!!

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Vovó estranhou quando respondi ao bom dia de meu pai e me fitou com aquele olhar feroz que ela me direcionava quando eu a desobedecia, algo que não acontecia há um tempo. Nós esperamos que ele saísse para poder explicar que tínhamos conversado e que Namjoo tinha se redimido não apenas comigo, mas também com os Chae. Claro que Jihan continuou desconfiada, mas pude notar que também estava aliviada com isso, talvez segura de que meu pai não aprontaria mais nada dali em diante.

Se ela conhecesse as razões pelas quais ele se afastou e tudo o mais, talvez parasse com a birra que tinha, mas os segredos do meu pai eram apenas dele e, se ele preferia mantê-los como sempre o fizera, eu o respeitaria.

Meia hora depois, Jooheon, Changkyun e Minhyuk apareceram para o café da manhã, muito mais calados do que o habitual, o que foi chamativo o suficiente para que minha avó soubesse que alguma coisa tinha acontecido. Nenhum deles queria falar, mas ela os obrigou a abrir a boca depois de um pouco de insistência, e foi então que meu sangue começou a ferver.

Faltavam apenas três dias para o casamento e, com a correria, Hyungwon encarregou os padrinhos de ir buscar as alianças na joalheria. As peças tinham sido encomendadas com antecedência, mas o dia acordado para retirá-las tinha sido uma data próxima, exatamente para evitar que algo ruim acontecesse.

Quando meu primo me disse que elas tinham sido perdidas, achei que teria um treco bem no meio da cozinha. No entanto, consegui manter a calma e respirei fundo aguardando por uma explicação.

— Nós fomos até a joalheria e retiramos as alianças. Depois fizemos as compras com a lista da vovó e retornamos — Jooheon começou a contar, sua voz trêmula, certamente com medo de levar bronca. — Quando tiramos as sacolas, ficamos curiosos e com vontade de ver as peças, mas a sacolinha da loja tinha caído do banco e estava vazia...

Senti uma vontade enorme de gritar, mas os olhos marejados de meu primo me impediram. Eu sabia que ele estava se sentindo culpado com o ocorrido e a última coisa que precisávamos era de um desentendimento maior. Respirando fundo, sugeri que fizéssemos uma busca pelos lugares onde eles passaram e Changkyun achou melhor que eu não me preocupasse com essa varredura, insistindo que ele, o namorado e Minhyuk se encarregariam de encontrar os anéis.

— Nós vamos achá-las, hyung, eu prometo — e praticamente fugiram da cozinha antes que eu me transformasse num dragão soltando fogo pelas ventas.

— Vó, por que a gente não pode ter um dia de paz? — reclamei e ela se aproximou, passando um dos braços por meus ombros.

— Eles vão encontrar as alianças, Kiki, provavelmente deixaram a caixinha cair no carro ou no meio das compras...

Mas até o final da tarde, não havia nem sinal das jóias.

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Hyungwon tentou me animar, dizendo que podíamos comprar outro par de alianças, mas o problema não estava no valor e sim no que o sumiço delas significava.

— Ah, não, não vai me dizer que você acha que isso é um sinal ruim — ele pediu e me calei, porque era exatamente o que eu estava pensando. Agora que tinha me acertado com meu pai, nada parecia fora do lugar, mas o destino decidiu que não seria piedoso conosco - principalmente com a minha paranóia, que tinha crescido de forma absurda.

Insistindo que tinha que me levar num lugar para eu espairecer e ficar menos nervoso, Hyungwon me fez entrar no carro no início da noite e dirigiu em silêncio sem responder à minha pergunta sobre para onde estávamos indo. Achei que me levaria novamente ao mirante - e eu já estava cogitando gritar poucas e boas para o universo estando lá no alto da cidade -, mas ele tomou o rumo da praia e estacionou bem perto da areia, descendo e tirando uma bolsa de ginástica de dentro do porta malas.