Eurotrip

An unusual way to find a sugar daddy

Eu passei o resto da semana na agradável companhia de Kiba.

Acabei me divertindo muito com ele e Akamaru. E é claro que transamos até ficarmos cansados. Foi perfeito.

Porém, meus pais chegaram e eu tive que me despedir. Como estávamos bem amigos, decidimos nos adicionar nas redes sociais e trocamos números de telefone. Era praticamente impossível nos vermos outra vez, mas dava para manter contato e... trocar nudes.

Depois da Espanha, nosso destino era Portugal. Nossos colonizadores tem gírias e palavras com significados bem diferentes. Lembro de alguns como bicha, que é fila; ou pica, que é injeção. "Eu gosto de pica no rabo" seria uma frase bem sem noção por aqui.

Ao me separar outra vez, fui direto para Lisboa. Me parecia um lugar top para conhecer um cara gato.

Aproveitando o verão, escolhemos um hotel mais perto da costa, então eu poderia aproveitar um dia de praia.

Há cassinos nessa região e eu pretendo passar em um deles hoje à noite. Nunca tentei a sorte assim, mas já vi como funciona.

Minha sunga vermelha ultra chamativa era a única peça em meu corpo enquanto eu caminhava pela areia. O sol está forte, mas nem se compara a um verão no Rio.

Pensei em dar um mergulho e fui em direção à água. Foi quando avistei um cara bem bonito. Ele usava óculos escuros redondos e tinha uma cara bem séria.

Quando me avistou, ele deu um sorriso discreto. Acho que já encontrei minha próxima foda.

— Oi — cumprimentei, bem oferecido mesmo.

— Olá.

— Me chamo Naruto — falei, fazendo uma pose sexy.

— Prazer. Sou Shino. — Ele tinha um sotaque forte.

— Você é da região?

— Sim. Mas tu não.

— Todo mundo percebe de primeira.

— Corrija-me se eu estiver errado: tu estás de férias e quer um amor de verão.

— Hm, mais ou menos. Eu queria algo mais casual mesmo. — Estamos sendo francos.

Isso tira a magia da coisa, mas tá valendo.

— Estás em busca de sexo.

— É...

— Eu adoraria transar contigo, mas saibas que tenho gostos peculiares.

— Hein? É algum fetiche? — perguntei curioso.

— Oh, sim. Quero que vista-se de coelhinho, usando orelhas e cauda. Pode ser na minha casa, tenho muitos brinquedos por lá. Vibradores, cordas, chicotes...

— Eh, tá legal, Shino. Essa não é a minha praia. — Coço a nuca sem graça.

— Que pena, achei que quisesse experimentar.

— Não, valeu. Eu passo.

— Está bem, boa sorte com sua transa.

— Obrigado — murmurei sem graça.

Ok, isso foi muito esquisito. Desisti de achar pessoas na praia e resolvi curtir o dia nadando e pegando um bronzeado.

[...]

O sol já se punha quando cheguei ao hotel. Tomei um banho e me vesti com roupas sociais. Eu queria parecer um cara chique que sempre apostava em Vegas.

Fui até o grande cassino, sentindo-me meio perdido. Já estive em um desses antes, mas fui com meu pai. E eu não cheguei a jogar nada.

Olho em volta, buscando por algum jogo de cartas, pois eu conhecia alguns. Ao menos sei como funciona o vinte e um.