The sexiest of twins

71 4 0
                                    


Após uns dias em Roma, envolvido com aqueles dois, era hora de embarcar para a Alemanha.

Meus pais chegaram há três dias e foi quando me despedi daquela família de safados. Devo dizer que foi constrangedor rever Madara, mas apesar de ele me tratar com certo carinho, não nos pegamos novamente. Seria estranho, visto que eu estava com seus sobrinhos. Aliás, era meio bizarro de qualquer forma aquela situação.

Bom, agora eu estava deixando de vez a terra de César e rumando para Berlim. Meus pais desceriam antes, para visitar pequenas cidades pelo caminho, como sempre.

Após horas de viagem de trem, enfim chego ao meu destino, indo direto para o hotel.

Berlim foi palco de uma parte cruel da história, mas hoje é uma capital rica em cultura, cheia de museus e galerias de arte.

Não dá para estar aqui e não dar uma olhada nos restos do muro... Porém, deixarei isso para o final. Agora quero passar longe da parte triste e focar nas coisas boas dessa bela cidade.

A princípio, decidi visitar uma galeria famosa. Imaginei que talvez encontrasse um artista bonitão disposto a ter um breve affair.

Em meu passeio artístico, vi muitas obras que minha mãe adoraria, mas não rolou nada demais. Nenhum gatinho alemão à vista.

Mais tarde resolvi ir ao shopping. Era um bom lugar para conhecer alguém, com sorte. Fora que eu queria comprar alguma roupa nova.

Fato curioso: no verão, o sol nasce às quatro da manhã e se põe às dez da noite por aqui! Então, mesmo que já fosse tecnicamente noite, o sol brilhava no céu tornando o dia muito longo.

Ao chegar no shopping, fui em várias lojas. Acabei comprando apenas duas blusas de bandas locais e um óculos escuro. Passei também em uma farmácia perto da praça de alimentação, pois meu estoque de preservativos estava chegando ao fim.

Eu estava com fome, então fui até minha rede de fast-food favorita e pedi um combo padrão. Escolhi uma mesa qualquer e comecei a saborear meu lanche, distraído.

Qual não foi a minha surpresa ao ver uma loira puxar a cadeira ao meu lado e se sentar.

— Oi, gato. Quer companhia?

Levei meio segundo para compreender que ela estava flertando comigo. Dei um meio sorriso e fui direto:

— Você é muito bonita, moça, mas acredite em mim quando digo que da fruta que você gosta, eu como até o caroço. — Pisquei em seguida e ela suspirou frustrada.

— Scheisse! Eu não dou sorte! Meu irmão vai comemorar ao saber disso.

— Irmão? — perguntei interessado.

— Sim, ele também é gay e acabamos de fazer uma aposta. Eu disse que conseguiria ficar com você, mas ele apostou que eu falharia, porque você era muito bonito para ser hétero.

— Isso não faz muito sentido — murmurei. — Mas ele acabou acertando, sinto muito por você. Apostou o quê?

— Um mês fazendo as tarefas domésticas todas.

— Uh, isso foi péssimo.

— É.

— E onde está esse irmão misterioso?

— Foi comprar sushi. Acho que vou comer uma salada, então... foi um prazer, gato.

— Espera! Por que não comemos juntos?

— Está querendo ver meu irmão, né?

— Bem, acho que seria legal conhecer pessoas novas — falei meio afobado.

EurotripOnde histórias criam vida. Descubra agora