Capítulo 24

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AI MEU DEUS! Isso é o que eu te enviei por e-mail! -Meredith exclama com os olhos arregalados, ao ler o contrato sobre a mesa diante dela e eu sorrio: − Era uma piada, Addison! Uma piada! Você não pode realmente querer assinar isso, né? -Olha para mim, de pé, ao seu lado, e eu ergo minhas sobrancelhas.

− É claro que eu quero! E não é exatamente igual ao que você me mandou. O advogado fez algumas alterações, você leu tudo?

− Não! Parei na parte que diz que o objetivo da coisa é concordar que a contratada desempenhe seu papel, garantindo assim a satisfação da contratante, porque foi eu quem escrevi essas besteiras!

− Então leia tudo, Meredith. Sem pressa, e pergunte, não assine nada sem tirar todas as suas dúvidas...A base é o seu contrato sim, mas, na verdade, esse é um contrato, legalmente válido, de prestação de serviços entre pessoas físicas. Depois que assinar isso, você será oficialmente minha assistente pessoal. Todas as informações sobre o seu horário de trabalho, residência, salário, tudo está descrito ao longo dessas páginas, e o anexo um é um termo de confidencialidade. -oriento enquanto Meredith olha para os papéis sobre a mesa redonda do seu quarto como se eles fossem dragões austríacos, ao ouvir minhas últimas palavras, uma expressão apavorada toma conta de seu rosto.

− Confidencialidade? -Seus olhos estão arregalados, fazendo-me franzir as sobrancelhas.

− Sim, Meredith... Confidencialidade, eu sou uma figura pública... Não acho que você queira sair por aí espalhando as particularidades do que estamos fazendo, mas é algo exigido pelo meu departamento jurídico. -minto, porque não quero dizer para ela que minha preocupação não é que ela venda a história, mas sim o que as pessoas próximas dela podem fazer com a informação se a receberem... Meredith morde o lábio e passa alguns segundos alternando seu olhar entre mim e os documentos diante de si. Inclino minha cabeça, analisando o óbvio desconforto em seus olhos.

− Fala, Meredith...

− É que... é que... -gagueja, antes de levar as mãos ao rosto, escondendo-o de mim. Puxo a cadeira ao seu lado e me sento. Depois, levo minhas mãos às suas, impedindo-a de continuar a esconder o rosto.

− É que o quê?

− É que pode ser tarde demais pra isso! -fala rápido, fazendo com que as palavras saiam atropeladas de sua boca e meu cenho se franze em preocupação.

− Como assim, tarde demais?

− Eu contei pra Amélia. -Meredith fecha os olhos com uma expressão de culpa que quase me faz sorrir. É exatamente por esse tipo de atitude que eu tenho certeza de que, não importa o que aconteça, ela nunca vai contar essa história para alguém com a intenção de me prejudicar. Já a tal Amélia...

− Entendi. O que exatamente você contou pra ela? -questiono, cautelosa.

− Tudo!

− Tudo? -A revelação me deixa surpresa, não achei que Meredith fosse do tipo que compartilha detalhes sórdidos. Ela percebe minha surpresa.

− Eu precisava contar pra alguém, ou ia explodir, Addison! Eu tava enlouquecendo! Queria te ligar desde o minuto em que você saiu da minha casa, mas, ao mesmo tempo, não queria... -Começa a falar rápido e, conforme vai chegando às últimas palavras, o tom da sua voz muda, ficando baixa e espaçada.

− Desde que eu saí? – Eu me divirto com sua admissão e seus ombros abaixam quando ela faz uma expressão de cansaço.

− Sério? Sério que, de tudo o que eu disse, foi só nisso que você prestou atenção? -Sorrio e aproximo meu rosto do dela. Deslizo meu nariz por sua pele e ela fecha os olhos.

Contrato de Prazer || MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora