Contrato de Prazer || Meddison

Capítulo 11 - Parte 1

Esse capítulo e dividido em duas partes a segunda parte da enorme mas afins, sejam felizes.

Boa leitura meddizetis <3

MEREDITH ME ENCARA com olhos anuviados, ainda processando minhas palavras. Deus sabe o quanto estou me esforçando para não a despir e fazer com ela tudo o que disse que fizemos em seus sonhos. Que mulher maluca da porra! O rosto sonolento e os cabelos bagunçados tinham deixado claro desde o momento em que apareceu na porta que eu a havia tirado da cama, mas daí a achar que ainda estava sonhando e desembestar a falar tudo aquilo? Ainda que eu não tivesse me decidido no momento em que a vi, teria me decidido assim que ela disse que sonhou estar transando comigo todas as noites desde que nos conhecemos.

O fato é que eu quero essa mulher. Quis desde o primeiro momento em que a olhei, com roupas gastas, cabelos mal tratados e os olhos mais transparentes que já vi na vida. Tentei ignorar isso, tentei muito. Mas por que eu deveria? No caminho do escritório para cá tentei listar motivos para não a reivindicar, e, bem, não encontrei nenhum que realmente valesse a pena. Ainda assim, eu não tinha a intenção de fazer qualquer movimento nesse sentido, até ela abrir a porta. Bastou vê-la e a sensação de ser atraída por um imã despertou como um dragão adormecido. Eu a quero, e ela vai ser minha, ah se vai!

Talvez eu não esteja cansada de não ter tempo para algo. Talvez eu esteja cansada de não querer alguma coisa. Passei tanto tempo me dedicando e desejando a presidência do grupo Forbes, que agora que a conquistei, a vida parece vazia, sem propósito. Ou, pelo menos, parecia, até a pequena mulher desaforada irromper pela minha porta a dentro com seus olhos, ao mesmo tempo, assustados e obstinados.

O corpo pequeno aninhado em meus braços parece perfeito encaixado em mim. Sinto sua pele macia sob o toque dos meus dedos, sua respiração quente sobre os meus lábios, seus cabelos balançando sobre o meu braço, seus seios, espremidos no meu. Ela inteira é uma delícia, mas a boca?. A boca perfeita é fodidamente gostosa e eu só não a tomei inteira ainda, porque quando eu fizer, quero que ela saiba exatamente o que isso significa. Passo meu nariz pelo seu rosto, aspirando seu cheiro gostoso, e provocando-a com o toque suave. Meredith estremece em meus braços mais uma vez e meu pau fica ainda mais duro, insano com a forma que ela reage aos meus toques.

Respiro profundamente e me afasto, deixando seu corpo livre dos meus braços, calor e contato. Como se tivesse tomado um choque, Meredith se desequilibra e precisa se apoiar na porta para permanecer de pé. Estendo minha mão para ela; que olha desconfiada; como se agora, que não estamos mais grudadas, ela tivesse voltado a pensar e então se lembrado de que eu sou a inimiga.

− Meredith, eu não sou sua inimiga. - digo baixo e calma. Eu sei que irritá-la vai ser inevitável, mas se eu puder adiar isso...

− E o que você é, Addison? Porque com certeza não é minha amiga. - A resposta me faz sorrir, primeiro, porque ela simplesmente decidiu me chamar apenas pelo meu primeiro nome, quando meus pais são os únicos a fazerem isso, e depois, pela sua sagacidade em notar algo óbvio.

− Não, eu não sou. E nem quero ser. Vou ser outra coisa, Meredith. Mas, primeiro, nós precisamos conversar, e eu preciso entender o que foi que aconteceu.

− Na entrevista?

− Também. Tem algum lugar aqui que a gente possa sentar, ou vamos precisar fazer isso em pé? -questiono e ela desvia os olhos para um banquinho plástico encostado ao lado da pequena geladeira. Aproveito não ser mais o alvo da sua atenção para olhar o lugar em que ela mora. O lado de fora é lamentável. A rua é escura e estreita, mal passa um carro. A casa é espremida entre outras duas e tem a fachada pintada em um horroroso tom de verde limão, se é que se pode chamar isso de casa, provavelmente tem um outro nome, é pequeno demais. Os muros estão descascados e a falta de uma proteção entre ela e a rua é inaceitável. Exceto por uma varanda que, na verdade, nada mais é do que um pequeno corredor, a porta de sua casa abre praticamente na calçada.